tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post1360360804924664907..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: A Proposito de jornalismo"civilizado"...Vias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-23198275487549177322011-01-10T20:01:42.094+00:002011-01-10T20:01:42.094+00:00C.Vidal e todos em geral: A sua veia surrealista e...C.Vidal e todos em geral: A sua veia surrealista está cada vez mais " schizo ". O G. Bataille acusava o Breton de não seguir à risca o Hegel da " Ciência da Lógica", nós, acusamos o C. Vidal -com nonchalence e amizade- de correr à frente de questões dificilímas de resolver e questionar...O Castoriadis diz que Heidegger tentou tudo para " destruir a Ontologia ",voilà.E que cada filósofo deve ser avaliado em relação a esse processo de destruição( " o termo de deconstrução foi fruto mais tardio..."). " Isso significa que é preciso, em cada caso, demonstrar: 1) que todos os filósofos do passado participam da " metafísica ", entendida como recuperação da " diferença ontológica ", o esquecimento do Ser, preocupação com o ser dos étants e inatenção diante da questão do sentido do Ser; e que (2°), apesar disso e curiosamente, esse " esquecimento " de uma certa maneira " avança "( i.é, regride) num movimento hegeloide através da história em direcção de formas cada vez mais completas, de maneira que a conclusão e o acabamento da metafísica, como o esquecimento do Ser, estão já lá de imediato com Platão( e talvez mesmo os pré-socráticos), mas são ainda melhor determinados com Hegel e depois Nietzsche ", C. Castoriadis, CL.III. Logos,227/246.<br /> Salut! NietNietnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-28155673974588972642011-01-10T19:22:39.476+00:002011-01-10T19:22:39.476+00:00A entrada é livre, Carlos Vidal. O Vias de Facto e...A entrada é livre, Carlos Vidal. O Vias de Facto esforça-se por observar as leis da hospitalidade e eu, falando por mim, acho que na ágora (a praça do mercado, pejorativamente entendida pelo sacerdote da diferença ontológica, mas incluindo também os cafés, os blogues, os lugares associados ao exercício da convivialidade informal) se pode e faz por vezes, no dia a dia, bem mais do que "tagarelar".<br />Creio que algo do que nos opõe passa por aqui (oposição homóloga e tão irredutível como a que existiu, digamos, entre Lefebvre e Althusser - apesar do "leninismo" herético do primeiro e do desconcertante último texto - L'Avenir dure longtemps - do segundo).<br />Mas pode sentar-se, por favor. E sossegar um pouco.<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-90877656736956955982011-01-10T19:05:58.000+00:002011-01-10T19:05:58.000+00:00(Uma vez que MSP acha a conversa fora do tom do po...(Uma vez que MSP acha a conversa fora do tom do post, eu estou apenas a falar com o meu amigo FAR/Niet.)Carlos Vidalhttp://5diasnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-81059519367991889312011-01-10T19:03:53.085+00:002011-01-10T19:03:53.085+00:00Niet, releia, sff:
0. A conversa começou comigo a ...Niet, releia, sff:<br />0. A conversa começou comigo a apontar mais do que prováveis concordâncias de Badiou em relação ao texto do post, post que MSP disse poder "pôr o Badiou em sentido". Eu disse que essa leitura era um erro.<br />1. A conversa continuou com MSP apontando Rancière como autor mais interessante que Badiou.<br />2. Depois, MSP trouxe argumentos de Rancière criticando a política de Badiou depois de lhe criticar a ontologia.<br /><br />3. Invocadas questões de ontologia, entrámos no terreno da filosofia.<br /><br />4. Repito, Rancière critica a política de Badiou criticando a ontologia do autor de "Ser e Acontecimento". Limitei-me a dizer que essa "mistura" não fazia sentido.<br />5. Porque, recorrendo a Derrida, expliquei o plano em que se coloca ou deve colocar uma discussão sobre ontologia, ciência do ser-enquanto-ser (e não da política quotidiana). Ou seja, em concreto, caro Niet, disse eu que era pouco proficiente criticar a ontologia de um autor para lhe criticar a "prática" ou "teoria política quotidiana".<br />6. Não entrei em detalhes sobre a ontologia de Badiou (multiplicidade pura, multiplicidade impura, conjunto vazio...). Portanto, não me afastei, caro Niet, do sentido essencial do post. Que, insisto, nada intimidará - ao contrário do que afirma MSP - uma pessoa ou pensador como Badiou.<br />7. Releia, amigo Niet, e verá que tenha razão. (Alguma, pelo menos.)<br />CVCarlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-3972630068554174282011-01-10T18:30:35.006+00:002011-01-10T18:30:35.006+00:00Obrigado, Niet. Mas não me parece que seja a caixa...Obrigado, Niet. Mas não me parece que seja a caixa de comentários deste post o local mais indicado para a discussão da questão ontológica e da sua "prioridade". Claros, outros entenderão de outro modo: a entrada aqui é livre, mas não obrigatória. Saúde e liberdade<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-34286671177040741042011-01-10T18:03:33.604+00:002011-01-10T18:03:33.604+00:00C. Vidal e todos em geral, meus caros: Acho que se...C. Vidal e todos em geral, meus caros: Acho que se está a desviar um pouco do tema que se pretende examinar derivando para Derrida- de que periodo? dos anos 70 e da Tel Quel de Sollers, da " Escrita e a Diferência"... pelo que me parece...Eu já tinha enviado um SOS anterior a solicitar pedagogia e demonstração sobre a filosofia de Badiou.O MS Pereira traçou muito bem os limites da eficácia política do discurso de Badiou. Confesse que anda a ser levado para um labirinto pelo jogo heidegeriano-lacaniano de um Badiou -II, como distingue o Fabien Tardy? Já indicou Baudrillard nos comentários anteriores também. Por acaso Rancière fala criticamente de Baudrillard no livro referido pelo MS Pereira, mas refere-se a um trabalho antigo do pensador post-moderno mais hegeliano-que-ele-é-impossível...Bom Vento !NietNietnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-28089414212596412642011-01-10T13:45:44.610+00:002011-01-10T13:45:44.610+00:00(apagar meus comentários repetidos, sff - problema...(apagar meus comentários repetidos, sff - problema técnico)Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-18824096228275576152011-01-10T13:43:33.958+00:002011-01-10T13:43:33.958+00:00Este comentário foi removido por um gestor do blogue.Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-54780362531756235322011-01-10T13:43:30.335+00:002011-01-10T13:43:30.335+00:00Este comentário foi removido por um gestor do blogue.Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-42101705509879167012011-01-10T13:43:25.737+00:002011-01-10T13:43:25.737+00:00Meu caro Niet, vamos aos factos:
- quando Rancière...Meu caro Niet, vamos aos factos:<br />- quando Rancière, o neodemocrata, chegar a elaborações minimamente perto disto, então falaremos e ele falará do que entende por "fórmula geral do ser"; até lá, fiquemo-nos por Derrida, que sobre o ser é isto que tem a dizer a ensinar (-nos); quem quiser perceber.....<br />(Não há Derridas todos os dias:)<br /><br />«costuma-se dizer que quando um filósofo inicia um curso, ele começa sempre pela colocação da questão “o que é?” – trata-se, como se sabe, da questão do Ser, daquilo que inaugura a filosofia. (...) Mas, na base disto, chamemos-lhe assim, há uma primeira questão sobre a questão, e esta questão anterior tem duas partes. Em primeiro lugar, trata-se de interrogar o carácter questionante privilegiado da forma filosófica.<br />Questionar este privilégio da forma filosófica é querer saber se o pensamento interroga e como. Não existirá, antes de começarmos a questionar, não existirá algo mais antigo e anterior do que a questão central?, algo mais profundo e radical, que coresponda a um movimento que não é apenas o de “questionar”, mas que é, acima de tudo, já uma afirmação? Esta afirmação seria então a primeira questão sobre a questão (do Ser). Depois, mesmo aceitando que a primeira questão da filosofia diz respeito ao Ser – o que é o Ser? O que é existir? O que queremos significar com a palavra Ser? – mesmo aceitando esta como a primeira questão, não estaremos já a antever uma resposta, a condicioná-la?, não estará já desde aí como que condicionado o caminho em direcção ao Ser?».<br /><br />Dito de outro modo:<br />«Não estaremos nós, por vezes, na nossa interpretação do Ser, a privilegiar uma modalidade do tempo que é o presente, a presença do presente. A partir do momento em que suspeitamos dessa presença do presente que consequências retiraremos daí? (...) Tudo o que escrevi sobre o “traço” na escrita refere precisamente uma condição de não-presença do presente. E no sentido de aceder a esse presente é necessário uma experiência do “traço”, é necessário uma ligação a algo diferente, ao Outro, a algo diferente do Ser, ao Outro passado e futuro, ao Outro em geral, a uma alteridade que não apareça como a presença de um presente. (...) em tudo há um “traço”, que é a experiência de regressar a algo, de regressar a um outro passado, presente e futuro, a uma temporalidade ainda mais velha do que o passado e que está igualmente muito além do futuro» (de uma entrevista inédita inserida como Extra à edição DVD do filme de Kirby Dick e Amy Kofman, «Derrida», 2002). <br /><br />(Com um abraço, caríssimo Niet)Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-89276547581455261622011-01-10T12:16:59.741+00:002011-01-10T12:16:59.741+00:00Caríssimos: Ao que tudo indica, o Carlos Vidal s...Caríssimos: Ao que tudo indica, o Carlos Vidal serviu-se de alguns conceitos de Badiou para falar de Arte e da sua interpretação nos seus,dele, C.Vidal,trabalhos universitários. Estas questões de Ontologia - e o que quererá ter dito Castoriadis ao dizer que tudo se posiciona em torno de...- são de ordem conceptual-linguística e científica. Willard O. Quine tem um livrinho muito interessante sobre isso. E convém não esquecer o uso da lógica matemática no conceptualismo de Badiou, que é um quebra-cabeças de dimensão piramidal para um não-especialista. E isso tem consequências políticas inexoráveis,claro! O Rancière tem uma postura " militante " muito mais aberta e escreveu, nos anos 70, aquele precioso tratado de anti-althusserianismo absolutamente divino, justamente, chamado " A Lição de Althusser ".A categoria de Ontologia tem três-3-séculos de existência e gerou sempre uma polémica aterradora e entusiástica...NietNietnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-72698738054067001212011-01-09T23:34:18.859+00:002011-01-09T23:34:18.859+00:00Um último post scriptum:
Fica muito mal a um não f...Um último post scriptum:<br />Fica muito mal a um não filósofo, a alguém que nenhuma reflexão ontológica desenvolveu, que não tem nenhuma concepção sobre a "questão do ser" (questão que une Parménides a Derrida - a "questão" e não forçosamente os "resultados" -, passando por Badiou, claro) desatar a denegrir ou criticar o edifício ontológico de um "colega". Faz levantar a questão: então, falamos ou não de filosofia? Ou melhor, assim: que fala sobre a política é a de Rancière que aqui se funda na crítica da ontologia de Badiou?<br />Não faz sentido, meu caro.<br />Cumprimentos.<br />CVCarlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-33214897785677407032011-01-09T23:12:31.542+00:002011-01-09T23:12:31.542+00:00Há qualquer coisa de leitor fiel do Pequeno Livro ...Há qualquer coisa de leitor fiel do Pequeno Livro Vermelho nesta ofensiva avassaladora de citações vocalizadas pelo CV. Paradoxalmente, apesar de tantas referências - ou não-paradoxalmente e por causa delas -, o pensamento continua a ser para ele o intervalo mais curto entre duas citações de autoridade.<br /><br />O problema não está na matemática ou na poesia e nas relações entre ambas, mas na concepção que se faz delas e, em última análise, da história e do real - reduzindo a política à aplicação, transposição, o que se queira chamar-lhe, de uma verdade elaborada, enunciada, autorizada, alhures. Ou - para acabar com esta discussão deslocada -, como diz Rancière: "Badiou (…) concebe a filosofia como um sistema em que as racionalidades destas práticas [ciência, política, poesia…] dependem de uma ontologia que dá a fórmula geral do Ser (…). Esta fórmula é para ele prescritiva - quer dizer: podemos deduzir dela o dever da arte ou da política (…) Eu penso, pelo contrário, que não há fórmula geral do Ser da qual se poderiam deduzir as práticas da arte e da política (…) <br />[A fórmula prescritiva de Badiou] equivale, para mim, à figura hierárquica do discurso que diz a verdade de um outro. O que me importa, pelo contrário, é mostrar como o próprio discurso filosófico releva (…) de um discurso sem privilégio, que trabalha com os recursos partilhados do pensamento e da linguagem" (J. Rancière, Et tant pis pour les gens fatigués, Paris, Éditions Amsterdam, 2009, pp.476-571).<br /><br />Digamos que, do meu ponto de vista, Rancière, embora de um modo demasiado tímido por vezes, permite pensar a política democrática comum como criação responsável: liberdade de criação e criação de liberdade.<br /><br />E por aqui me fico - ou, melhor, vou indo.<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-91508098925088864322011-01-09T22:41:28.821+00:002011-01-09T22:41:28.821+00:00Então, vamos a ver se encerramos esta conversa (po...Então, vamos a ver se encerramos esta conversa (por mim, sem problemas, participarei noutras - por si, o meu caro responderá); diz-me que falamos de política, evidentemente, e não sei se eu fui suficientemente claro sobre isso, mas também era de política que eu falava; e disse: comparado a Badiou, Rancière é um simples; a política de Badiou, e os seus argumentos em torno do excesso do estado/Estado (da situação que se quer perpetuar), a forma de matizar esse "excesso" através de recorrências a Spinoza, Leibniz ou Rousseau é muitíssimo mais complexa do que a política de Rancière que se concentra num grande livro, o Mestre Ignorante, e aquilo que daí advém (esse texto e ideia, digamos, é um centro de um pensamento que também se desenrola em campos como a estética e a arte contemporânea - interrogando o lugar do espectador, por exemplo - com resultados muito aquém das minhas expectativas: eu falo das minhas, o meu caro falará, outro dia das suas); o que eu disse é que aquilo que MSP chama de "deliberação e decisão igualitárias" chama Badiou de genericidade no contexto de uma decisão (=deliberação) intrínseca ao "acontecimento". Não há grandes diferenças de argumentação ou objectivos. Foi este o motivo da minha participação neste post (e sucessiva conversa) - a similitude de perspectivas alimentadas por conceitos diversos.<br />Quando MSP fala de uma nefasta "cientificidade" da política, não sei se se refere a Badiou, talvez sim e influenciado que está pelo autor também ser um reputado matemático e um lógico. Mas aí seria interessante que averiguasse o quanto essa prática da matemática molda o método de trabalho de Badiou (digamos que molda o seu pensamento, mas não tando a sua forma de "conversar", daí o equívoco e o resumo apressado de MSP, ignorando que a matemática em Badiou não faz sentido se desapoiada da poesia, e temos os 2 "MM": Matemática e Mallarmé; e até lhe diria mais: pensadores não simplistas, próximos ou não de Badiou, enumeraria 2: o Sloterdijk ou o Agamben - trata-se de pensar a complexidade daquilo que é complexo, muito complexo, e com humildade). E por aqui me fico. CVCarlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-45204376825614083722011-01-09T21:46:20.376+00:002011-01-09T21:46:20.376+00:00tres interessant, mercitres interessant, merciAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-16298092382975218872011-01-09T19:14:12.458+00:002011-01-09T19:14:12.458+00:00Ó Carlos Vidal, a gente estava a falar de política...Ó Carlos Vidal, a gente estava a falar de política e do tipo de reflexão que implica a sua democratização. Da insuficiência e, pior, mistificação que é a ideia de uma política científica, de uma política subordinada à verdade científica ou à aplicação exacta de uma teoria exacta. De uma política fundada noutro criterio que não seja o da deliberação e decisão igualitárias (isonómica, para lhe fazer o gosto pela erudição) dos cidadãos na praça da palavra, subordinando à afirmação, conquista ou defesa dessa praça, a crítica das armas.<br />Mas confesso que esclarecê-lo não é tarefa ao meu alcance. Há quem diga que os sonhos da razão engendram monstros, mas os seus pesadelos devem ser menos monstruosos do que as suas razões.<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-32163510749728972052011-01-08T16:16:25.444+00:002011-01-08T16:16:25.444+00:00Errado MSP, errado.
Esclereça-me o MSP, então, se ...Errado MSP, errado.<br />Esclereça-me o MSP, então, se quiser:<br />Disse que o Rancière é "mais interessante".<br />Em quê?<br />Se não estamos a falar de filosofia e das suas complexidades e dificuldades (o campo do Badiou), falamos de quê??<br />Muito bem, de uma outra coisa.<br />Concretamente, de quê??<br />V. é que está a comparar um filósofo (de que não estou certo que o MSP conheça a sua filosofia) com o Rancière.<br />CVCarlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-22367260758496277522011-01-08T09:43:20.269+00:002011-01-08T09:43:20.269+00:00O Carlos Vidal desmascara-se: revela o seu desprez...O Carlos Vidal desmascara-se: revela o seu desprezo de classe por alguém que "nem sequer" é filósofo. A reflexão política superior fica só para os filósofos, a direcção política para os profissionais da coisa, etc.<br />Nem mais.<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-79617230718990597432011-01-08T00:23:54.249+00:002011-01-08T00:23:54.249+00:00"(...)o Rancière é diferente e mais interessa..."(...)o Rancière é diferente e mais interessante(..)"<br /><br />MSP no seu melhor:<br />sim, Rancière sempre é um pouco mais social-democratizável.<br />Nem sequer é um filósofo, não é?<br />Sim, a filosofia pressupõe um método, o tratamento de conceitos filosóficos: ser, tempo, ontologia, verdade, acontecimento.<br />Comparado com Badiou, Rancière é um comentador generalista. 'Tá bem, pá. <br />Boa escolha.<br />(Por mim, MSP, em frente. As opções do meu caro libertário nem aquecem nem arrefecem.)Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-71784398065494338992011-01-07T16:07:07.516+00:002011-01-07T16:07:07.516+00:00Caro João, investes, parece-me, contra moinhos de ...Caro João, investes, parece-me, contra moinhos de vento. O romance interessa-me e muito. <br />Mas a lição fundamental - simplificando - seria precisamente a facilidade com que nos deixamos conduzir pelas nossas ficções até nos deixarmos aprisionar nelas. Poderias evidentemente contrapor a este argumento que também nos podemos libertar através dessas ficções, ou que não existe realidade que não seja também ela ficcionada. <br />Mas eu servia-me apenas de uma metáfora próxima para caracterizar um comportamento, ou uma atitude, de teimosa mas impotente recusa de determinada realidade. Convirás que nem tudo pode ter em conta o absoluto rigor dos estudos literários.Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-44882381809323550962011-01-07T15:52:59.374+00:002011-01-07T15:52:59.374+00:00Caro João,
a pergunta sobre o Quixote, com grande...Caro João,<br /><br />a pergunta sobre o Quixote, com grande pena minha, deve ficar só para o Ricardo.<br />Li-o - e traduzi-o - com demasiada atenção para incorrer facilmente no uso de uma versão estereotipada da figura. <br />Um dia destes, teremos uma conversa sobre o primeiro romance da Europa e a sua arte - sem esquecer as exigências políticas mínimas que a arte do romance comporta.<br /><br />Se quer que lhe diga, estou-me nas tintas para o Badiou (o Rancière é diferente e mais interessante) - o que quis foi denunciar as tentativas que por aí se fazem de, utilizando a bizantina filosofia do homem, reabilitar monstruosidades como o estalinismo ou a tradição maoísta.<br /><br />Quixotesco abraço<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-90136150770128031962011-01-07T15:17:53.093+00:002011-01-07T15:17:53.093+00:00Caros, e em especial caro Ricardo e caro Miguel,
...Caros, e em especial caro Ricardo e caro Miguel,<br /><br />Qual é o problema, ao certo com o Dom Quixote ? Se lerem o livro com atenção (ou seja, no minimo, uma vez todos os 5 anos de uma ponta à outra), vão descobrir que é uma magnifica e profunda meditação sobre alienação, e também sobre alienação social, e até sobre alienação nas relações de trabalho. Um assunto que devia interessar à esquerda, ou não acham ?<br /><br />Vão descobrir também que a questão de saber quem é mais alienado, se Dom Quixote se Sancho, é resolvida de forma enigmatica e que o livro não permite conclui-la como o esperariamos à primeira vista.<br /><br />Não digo que os vossos Badious e Rancières e quejandos sejam desprovidos de interesse. Se o dissesse, alias, estaria a exceder as minhas competências, porque não os li em profundidade.<br /><br />Mas, apoiando-me naquilo que aqui leio sobre eles, desconfio que não fizeram muito mais do que um palido comentario do Dom Quixote.<br /><br />Como o proprio Marx, de resto...<br /><br />Abraçosjoão viegasnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-73288331297018754422011-01-06T17:00:03.385+00:002011-01-06T17:00:03.385+00:00Sem dúvida, Ricardo, que os fenómenos a que te ref...Sem dúvida, Ricardo, que os fenómenos a que te referes como característicos da "condição pós-moderna" existem - o problema está em saber se a "pós-modernidade" os categoriza bem. Mas isso fica para outra discussão.<br />Quanto ao resto, na discussão do texto publicado pelo Jorge, que, injustamente, quase ignorei, puxei a brasa para as questões mais imediatamente políticas - como lutar e pensar a acção enquanto agimos? Mas, também sobre essas, terás outras ocasiões de tornar a falar.<br />Até lá, aquele abraço<br /><br />miguel (sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-89744321458101624692011-01-06T16:42:29.801+00:002011-01-06T16:42:29.801+00:00Não assumi nada Miguel, que ultrapassasse o post p...Não assumi nada Miguel, que ultrapassasse o post propriamente dito. Bem vos sei muito mais do que uma identidade. Mas acho que os textos políticos do século XIX - com as notáveis e evidentes excepções: Marx, Nietzsche e mais meia dúzia que me escuso de enunciar - têm quase sempre um certo tom religioso que me causa calafrios. Pelo menos soam a proclamações de fé e falta-lhes um pouco o sentido da ironia. Este parece-me um bom exemplo.<br />Quanto à pós-modernidade, continuo pouco satisfeito. Para esclarecer: acho que tomou forma qualquer coisa a que se pode chamar, sem défice de rigor, uma condição pós-moderna. Trata-se de um ciclo histórico iniciado no contexto do esgotamento do fordismo e do keynesianismo. Qualquer coisa como o que escreveu a esse respeito este senhor: http://en.wikipedia.org/wiki/Fredric_Jameson <br />Esse ciclo pode evidentemente ser julgado/avaliado de um ponto de vista moderno, ou empedernidamente moderno, mas não deve ser ignorado enquanto dado histórico fundamental.<br />Dito isto, uma parte da crítica da modernidade - nomeadamente a crítica do conceito de progresso e bem assim a auto-reflexividade que o conceito de «grande narrativa histórica» permite - parece-me extremamente certeira e um elemento fundamental para uma posição comunista no ano da glória de 2011. <br />Acho difícil, para dar um exemplo, assumir uma posição firme face à onda de islamofobia reinante, sem esse lastro teórico e conceptual. Penso que é isso que incomoda a direita trauliteira quando fala do «relativsmo multiculturalista» e etc...Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-86977077775939857212011-01-06T15:55:07.016+00:002011-01-06T15:55:07.016+00:00Meu caro Ricardo, ser modernista empedernido (até ...Meu caro Ricardo, ser modernista empedernido (até poderia dizer: "petrificado") não é uma forma de resistência (coisa passiva) nem quixotismo (irrealidade, moinhos de vento, etc). Ser modernista empedernido é dizer que a propensão para os eventos colectivos é uma invariante desde Spartacus. Logo, tão actual quanto a repetitiva lenga-lenga dos sociólogos "baudrillard de pacotilha" (não confundir co o original, que leio sempre com interesse) sobre o "triunfo do individualismo". Ora ser modernista empedernido é recusar "ser contemporâneo" de acordo com a espuma dos dias, exaltando o individualismo, porque sim, porque é isto que agora temos, etc. etc. Ora, o que temos e sempre tivemos é a propensão e desejo para os projectos colectivos. Nem tudo o que parece, é.Carlos Vidalhttp://5dias.netnoreply@blogger.com