tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post3390581490530869825..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Algumas notas muito breves sobre o sistema financeiro – IIVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-12450332664423704702013-01-10T11:04:29.802+00:002013-01-10T11:04:29.802+00:00Anónimo das 13:57 de 7 de janeiro,
em primeiro lu...Anónimo das 13:57 de 7 de janeiro,<br /><br />em primeiro lugar, peço desculpa pelo esquecimento na resposta.<br /><br />Aqui fica o link: http://5dias.net/2012/05/09/a-via-nacionalista-de-saida-do-euro/<br /><br />Na segunda figura aparece uma rede de conexão das várias transnacionais.João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-46257088316178491722013-01-09T16:19:51.365+00:002013-01-09T16:19:51.365+00:00alf,
«O problema não está nos instrumentos financ...alf,<br /><br />«O problema não está nos instrumentos financeiros criados, está na falta de regulação dos mesmos».<br /><br />Concordo com o que diz neste trecho mas não com o resto do comentário. Não é o Estado que está num lado e o que chama de "ricos" do outro. O Estado é uma organização das classes dominantes e está ao serviço destas, independentemente da figura mais ou menos ética ou mais ou menos competente e isenta que lá estiver. Outra coisa é a propaganda secular de que o Estado seria o garante do bem-estar de toda a população...<br /><br />Por outro lado, a bolsa, os derivados, etc. não estão desvirtuados dos seus objectivos. No caso dos derivados estes servem como eu disse no post para ajudar a regular a incerteza associada aos investimentos produtivos. Como qualquer instrumento financeiro estão associados a riscos e, por conseguinte, a especulações de diversos agentes competidores. Mas a sua função primordial é a de regulação e não a da especulação. O que nos traz de volta à questão da regulação. Do que se sabe existem instituições transnacionais (nomeadamente os bancos centrais, entre outros) que desejam regular e controlar mais de perto os procedimentos associados aos contratos que estão na base dos vários produtos financeiros de alto risco. Essa regulação, a concretizar-se, será apertada e dotará os gestores dessas instituições transnacionais com um poder de supervisão sobre os bancos e sociedades financeiras particulares.<br /><br />Por isso é que a circunscrição da crítica à finança ou à banca é muito parcelar e perigosa. Ela deixa de lado não apenas os capitalistas e empresários como deixa de lado os gestores e tecnocratas. Curiosamente os capitalistas privados só são criticados à esquerda em situações particulares quando um tipo daqueles leva uma empresa à falência ou quando mudaram a sede fiscal do seu grupo para outro país porque supostamente apenas estariam interessados em fugir aos impostos... Também curiosamente a esquerda só critica os gestores e os tecnocratas quando estes se lembram de aparecer na praça pública e porque não foram eleitos, reduzindo assim uma classe social e os seus efeitos de dominação a uma mera figura político-eleitoral.João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-46462531902753237712013-01-09T15:36:48.441+00:002013-01-09T15:36:48.441+00:00parece-me que a análise está equivocada em relação...parece-me que a análise está equivocada em relação ao real problema. O problema não está nos instrumentos financeiros criados, está na falta de regulação dos mesmos, o que permite que sejam usados em manobras especulativas que só servem para desviar dinheiro para o bolso dos ricos. A bolsa, as sociedades anónimas, são excelentes criações; porém, estão desvirtuadas dos seus objectivos porque assim se permitiu; o mesmo com os "derivados".<br /><br />E porque é que isto acontece? Porque os grandes interessados são muito ricos e poderosos e controlam as regras e sistemas que os deviam controlar a eles. E aqui é que está o problema, que se resume à velhíssima luta entre os ricos e os Estados, cujo papel é essencialmente defender o povo dos abusos dos ricos. Penso que o reinado de D. João II é o melhor exemplo desta luta.alfhttps://www.blogger.com/profile/07001836938009552719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-90602394370850542522013-01-07T20:38:41.809+00:002013-01-07T20:38:41.809+00:00valeria talvez a pena reler um pequeno livrinho ma...valeria talvez a pena reler um pequeno livrinho mas julgo que já não existem muitos exemplares<br /><br />Paul Sweezy e Charles Bettelheim, Sociedades de transição: luta de classes e ideologia proletária, Porto, Portucalense, 1971fechttps://www.blogger.com/profile/05271958924563713953noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-80062838687959181282013-01-07T18:10:20.010+00:002013-01-07T18:10:20.010+00:00Caro miguel,
o que escrevi não era uma objecção, m...Caro miguel,<br />o que escrevi não era uma objecção, mas uma observação que o teu comentário me sugeriu. E, depois de ler o que escreves, parece-me que ainda mais razão há para insistirmos na redução do "público" ao "estatal", do "poder político" ao "Estado", da "democracia" à "eleição de representantes", da "política" aos profissionais ou especialistas da mesma, e por aí fora.<br />Quanto à "via Internet", de acordo - contanto que não queiras que seja a única possível e necessária.<br />Diz sempre.<br />Cordialmente<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-7120377730472190052013-01-07T17:42:14.276+00:002013-01-07T17:42:14.276+00:00miguel serras pereira, quando falas em "a dil...miguel serras pereira, quando falas em "a dilatação ou expansão dos aparelhos de Estado" é claro que também torço o nariz.. dito assim, parece que é um passo até à KGB. <br /><br />mas quando penso em alternativas públicas ao sistema financeiro, penso numa imensidão de diferentes implementações. por exemplo, e que tal um sistema financeiro mantido pela academia, pelas áreas de economia? <br /><br />se o problema é essa definição de estado/público, não há divergência nenhuma, por mim sou cem por cento a favor de democracia directa a todos os niveis, e abolição da profissão de politico, via internet westersonhttps://www.blogger.com/profile/04173099039749754755noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-90499279358000486312013-01-07T17:16:21.759+00:002013-01-07T17:16:21.759+00:00Caro miguel,
a observação que V. me sugere é margi...Caro miguel,<br />a observação que V. me sugere é marginal à análise do sistema financeiro, e de ordem preliminar. No entanto, julgo que será útil introduzi-la no debate, para clarificar os problemas.<br />Trata-se do seguinte: a oposição "privado" e "estatal" é insuficiente, e torna-se enganadora quando se confunde o estatal com o "público", na sua acepção democrática. O "público" propriamente dito implica a regulação através do exercício democrático do poder político, ou seja o exercicio e a instituição do poder político como participação, em condições iguais para todos, do conjunto dos cidadãos auto-organizados.A dilatação ou expansão dos aparelhos de Estado, num sentido restrito, não é a alternativa democrática ao regime actual em que os aparelhos de direcção da economia exercem uma fracção crescente e decisiva do poder político, nem a via que nos poderá conduzir à devolução da direcção da economia ao espaço público, igualitarismo definido e governado. Reduzir, como geralmente se faz, a alternativa à oposição "privado"/"estatal" (ainda que rebaptizando este de "público") é excluir da discussão política a possibilidade de um regime diferente, efectivamente democrático, cuja fórmula tenho definido como "cidadania governante".<br />Já me alonguei demasiado, mas creio que o debate sobre o capitalismo se tornará mais preciso tendo em conta este aspecto prévio da questão.<br /><br />Cordialmente<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-22342973116303004822013-01-07T13:57:08.966+00:002013-01-07T13:57:08.966+00:00miguel pergunta "beneficia o sector financeir...miguel pergunta "beneficia o sector financeiro de uma natureza competitiva e evolutiva, à semelhança do que acontece noutro tipo de produtos e serviços, especialmente tecnológicos?"<br /><br />Numa primeira fase sim, a competição faz com que as empresas mais fracas deixem de existir no sector. A segunda fase é a fusão de bancos, tomando proporções de tal modo que se chega a um oligopólio (ou pelo menos um mercado pouco competitivo). E todos sabemos que o mercado deixa de funcionar bem nesses termos.<br />Além disso, como disse o primeiro comentador Mário Heleno e muito bem, os accionistas das empresas financeiras são os mesmos das indústrias, e por vezes tudo se encontra fundido nos trusts. Ou seja, você não consegue separar e falar concretamente de um "sistema financeiro". O JVA publicou há uns meses, algures, um diagrama sobre a fusão das grandes multinacionais, e seria de grande utilidade postar o link, o que desde já agradeço.<br /><br />Essa do "too big to fail" é uma mentira que passou a verdade por ser repetida mil vezes pela imprensa (ou pela propaganda da classe dominante, se preferir).<br /><br />Finalmente, se voltarmos a falar de "nacionalizações" da banca, não tenha dúvida que o capitalismo tenderá a abrandar o seu desenvolvimento, já que a sua dinâmica assenta na deslocalização de capitais para zonas onde lhes é mais fácil aumentar a taxa de lucro (transnacionalização). E muito perigosamente, se o socialismo não for o objectivo dessa política, cairemos simplesmente no nacional-socialismo e numa guerra de nações contra nações, como JVA tem alertado. Onde as nações maiores tenderão a acumular mais, tal e qual acontece com as empresas maiores.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-86149992955043032892013-01-07T13:00:15.617+00:002013-01-07T13:00:15.617+00:00"É possível argumentar que o sistema financei..."É possível argumentar que o sistema financeiro tem uma velocidade de inovação mais baixa do que no sector industrial. Mas isso decorre mais da dinâmica própria da competição no mercado de bens e de serviços."<br /><br />Mas a inovação existe se existir um ambiente de competição darwiniano. O que não é o caso com o sistema financeiro actual, que vê a sua sobrevivência garantida pelo sistema político. É este o problema. E se a inovação obtida pela competição deixa de existir nestes "instrumentos de regulação do capitalismo", porque é que uma solução pública não competitiva irá ser inferior? (e que traz vantagens óbvias)westersonhttps://www.blogger.com/profile/04173099039749754755noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-4080744520696231742013-01-07T12:16:28.949+00:002013-01-07T12:16:28.949+00:00Mário Heleno,
totalmente de acordo consigo.
Migu...Mário Heleno,<br /><br />totalmente de acordo consigo.<br /><br />Miguel,<br /><br />«as suas instituições tornaram-se imprescindíveis ao normal funcionamento das sociedades que na prática não existe nenhuma pressão evolutiva a funcionar».<br /><br />É possível argumentar que o sistema financeiro tem uma velocidade de inovação mais baixa do que no sector industrial. Mas isso decorre mais da dinâmica própria da competição no mercado de bens e de serviços. Todavia, parece-me que o capitalismo necessita agudamente de instrumentos de regulação, mesmo que estes sejam alvo de especulação. Mas a sua principal aplicação foi e continua a ser a tentativa de permitir o funcionamento dos investimentos. Que o capitalismo não conseguiu criar novos e melhores produtos face à actual conjuntura essa é outra história.João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-78842772126765970352013-01-07T09:48:10.670+00:002013-01-07T09:48:10.670+00:00"Ora, a verdade é que os investimentos produt..."Ora, a verdade é que os investimentos produtivos transnacionais necessitam de um volume maciço de capital-dinheiro que só pode ser colocado através do sistema financeiro. "<br /><br />A questão é: pode esta função ser desempenhada por uma entidade pública, eficaz, regulada, e imune a ser corrompida?<br /><br />Se a resposta é afirmativa, então a vantagem desta alternativa é óbvia: a grande fatia de capital que é comida pelo sistema financeiro actual seria libertada para o sistema social público. Sugiro também que existe um excesso de capital humano no sistema financeiro, que seria usado outras funções. <br /><br />Isto levanta outra questão: beneficia o sector financeiro de uma natureza competitiva e evolutiva, à semelhança do que acontece noutro tipo de produtos e serviços, especialmente tecnológicos? aceito que a resposta seja positiva - mas de qualquer maneira não é essa a natureza actual do sistema financeiro: as suas instituições tornaram-se imprescindíveis ao normal funcionamento das sociedades que na prática não existe nenhuma pressão evolutiva a funcionar, ou se existe é muito fraca: tornaram-se entidades "too big to fail" cuja sobrevivência é assegurada pelo sistema político. o panorama é desanimador. Agora, quem levanta o argumento da maior eficácia do sector privado para fornecer serviços financeiros tem que assumir que a vantagem intrínsica da natureza privada de um sector, o facto de ser evolutiva, competitiva e onde os elementos fracos são eliminados, não existe no sistema financeiro actual. <br /><br />Cumpswestersonhttps://www.blogger.com/profile/04173099039749754755noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-49119478972345807092013-01-07T08:39:32.325+00:002013-01-07T08:39:32.325+00:00Se as empresas financeiras fossem antagónicas das ...Se as empresas financeiras fossem antagónicas das "produtivas" não teriam os mesmíssimos grandes accionistas. E têm.<br /><br />Mário J. HelenoAnonymousnoreply@blogger.com