tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post39611869108804423..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: José Manuel Pureza vs. Alexis Tsipras: um breve exercício comparativoVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-42538217656578580802014-02-03T19:47:40.184+00:002014-02-03T19:47:40.184+00:00Tudo muito coerente com o que se tem praticado: te...Tudo muito coerente com o que se tem praticado: tenham superavit para aí seus pronazis que nós somos umexemplo de boa gastança dodinheiro produzido pelos "outros". bast aver os 240 mil milhoes que a UE já introduziu em Portugal e o grande "progresso" conseguido. So para o Porto são tres autoestradas. e O grande progresso obtido com a excelente força de investigadores. Novas empresas com criação de emepregos de alto rendimento são muitas novas todos meses(na Alemanha claro). Por isso aqui estamos nós para gastar essas verbas.!!!!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/05485023401502083828noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-17653682937591976492014-02-02T18:44:02.083+00:002014-02-02T18:44:02.083+00:00Ola a todos,
Vejo que afinal a frase citada não t...Ola a todos,<br /><br />Vejo que afinal a frase citada não traduz bem o estado de espirito do seu autor, o que me parece de saudar. Para quem se reclama da democracia efectiva e dos ideais igualitarios da esquerda, como penso ser o caso de todos por aqui, não é dificil compreender que tanto a questão da "Europa" como a questão do "Estado nacional" são meramente instrumentais.<br /><br />Em teoria, posso imaginar situações em que a democracia e os objectivos da esquerda estariam objectivamente servidos pelas forças que pugnam pela emancipação dos Estados nacionais em relação a uma União hegemonica e opressora.<br /><br />No entanto, na realidade, não vejo absolutamente nada que nos permita a afirmar que nos encontramos hoje numa dessas situações. A integração das economias europeias foi escolhida democraticamente e é hoje uma realidade ; como foram reais os beneficios que dai resultaram para todos os povos europeus, inclusivamente nos paises periféricos. O enquadramento politico da Europa, assumidamente incipiente, reclama-se muito claramente da democracia, e até (numa proporção mais pequena) da democracia social.<br /><br />Querer voltar atras, ou inverter o processo a pretexto do respeito das regras democraticas nacionais afigura-se me como um duplo logro :<br /><br />1. A independência nacional ja não corresponde a nenhuma realidade economica, nem consta que possa vir de novo a corresponder a uma realidade economica, a menos que estejamos preparados a suportar custos enormes - tão elevados que ninguém pode imaginar que eles sejam politicamente aceites pela grande maioria dos Portugueses.<br /><br />2. O déficit democratico a nivel europeu existe e é uma realidade admitida por todos os responsaveis, de todos os quadrantes politicos, assim como a necessidade de o corrigir. Bloquear o processo a pretexto de proteger "independências nacionais" que, nos paises periféricos pelo menos, são completamente fantasmagoricas, apenas representa hoje, de um ponto de vista pratico, um obstaculo para o aprofundamento da democracia europeia. E' precisamente isto que querem aqueles que acham que a Europa economica esta muito bem como esta, mas que ninguém precisa de uma Europa politica verdadeiramente democratica (ou seja, a direita...).<br /><br />Julgo que as citações do Tsipras mencionadas pelo Miguel mostram que ele integrou perfeitamente esta dificuldade.<br /><br />Abraços democraticosjoão viegashttps://www.blogger.com/profile/09562212654138060079noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-77181684819701031902014-02-02T09:01:20.071+00:002014-02-02T09:01:20.071+00:00Caro José Manuel Pureza,
teremos outras ocasiões ...Caro José Manuel Pureza,<br /><br />teremos outras ocasiões de continuar a discutir, sobretudo se a roda do debate se alargar, como gostaria de poder esperar com mais verosimilhança no imediato… <br />Para já, limito-mr às seguintes observações esquemáticas: <br />1. Não vejo porque é que será "mais plausível uma modificação da relação de forças em cada Estado 'memorandado' da periferia do que no conjunto do campo comunitário". E alegar que na periferia a degradação das condições é maior não é um argumento válido. <br />2. Se entendermos a autodeterminação como a extensão do exercício do poder por parte da grande maioria dos cidadãos sobre o governo das suas condições colectovas de existência, tendo ao mesmo tempo presente que o "ataque (…) arrasador" à democracia tem uma lógica e uma condução claramente transnacionais, tudo leva a crer que, justamente, a conquista de meios de controle e de participação activa dos cidadãos nessa dimensão europeia, será a melhor via de transformar os efeitos locais ou nacionais da austeridade, bem como as relações de forças que os engendram.<br />3. Apostar simultaneamente no reforço das fronteiras e das prerrogativas di Estado-nação e, por exemplo, no reforço de um controle através do voto (insuficiente, claro — mas quem quer o mais, quer o menos…) das instituições governantes da UE, parece-me uma tentativa da quadratura do círculo, antecipadamente votada ao fracasso. E, de resto, não vejo como — excepto tornando ainda mais arrasador o ataque à democracia — será possível uma maior integração fiscal e orçamental da UE sem uma integração/federação política também mais avançada. Daí que a via a seguir, no combate à oligarquia e às raízes e organização do seu poder, não possa deixar de ser, tanto quanto vejo, a reivindicação de mais Europa para mais democracia, e mais democracia para mais Europa.<br /><br />Um abraço<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-22711150927338246662014-02-01T23:13:38.687+00:002014-02-01T23:13:38.687+00:00Caro Miguel Serras Pereira
O primeiro parágrafo d...Caro Miguel Serras Pereira<br /><br />O primeiro parágrafo do seu último comentário faz-me usar com convicção uma frase que tem sido muito usada nos últimos dias: "É mais o que nos une que aquilo que nos separa".<br />Quanto ao mais, que é secundário, tem razão em afirmar que o "reaccionarismo (...) dos governos 'memorandados' ou subalternos" não é "menos tacanho e bem real" que o dos poderes europeus atuais. É verdade. Mas não só é mais plausível uma modificação da relação de forças em cada Estado 'memorandado' da periferia do que no conjunto do campo comunitário, como é realmente em escala nacional que o ataque à democracia está a ser arrasador (até pela simples razão de que em escala comunitária nunca houve institucionalidade democrática que possa agora ser alvo de ataque...). <br />É por isto que não vejo contradição entre europeismo de esquerda e luta pela autodeterminação. Ao contrário, acho que são duas maneiras de lutar pelo mesmo reforço da democracia completa.<br />Outro abraço. JMPJosé Manuel Purezanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-56885171793303820492014-02-01T20:31:56.252+00:002014-02-01T20:31:56.252+00:00Caro José Manuel Pureza,
se, em suma, o que escre...Caro José Manuel Pureza,<br /><br />se, em suma, o que escreve significa que a integração política da UE deve ser acompanhada pelo reforço do controle dos cidadãos sobre as instâncias de decisão, plenamente de acordo. E plenamente de acordo, também, quanto à necessidade de nos opormos a qualquer "federalismo" que se faça restringindo ainda mais os direitos dos cidadãos, o seu controle sobre as instâncias governantes.<br />Mas sustentar que o reforço da soberania — ou "autonomia" — dos Estados-nação da UE pode ser uma via de democratização, ou sequer uma linha defensiva consequente, parece-me absurdo. E o argumento que invoca o reaccionarismo tacanho e, hélas, bem real dos actuais dirgentes e orientações da UE, afigura-se-me, não só tacticista, como cego à realidade do reaccionarismo não menos tacanho e bem real dos governos "memorandados" ou subalternos. (Acresce que em termos geoestratégicos ou globais qualquer enfraquecimento da Europa será, apesar de tudo, um obstáculo de monta às perspectivas imediatas e a prazo de mudar as relações de força presentes num sentido menos adverso à mundialização da democracia, se assim me posso exprimir. Mas não vou entrar agora na análise deste aspecto.)<br />Por fim, parece-me que Tsipras tira, pelo seu lado, conclusões um pouco diferentes — quando escreve, como citei: "(…) à medida em que a recessão, a estagnação económica ou o crescimento anémico e sem criação de empregos submerge a Europa inteira, a austeridade também submerge as pessoas tanto do Sul quanto do Norte. Assim, a reação à austeridade transcende o estado-nação e alinha as forças sociais a nível europeu. A austeridade atinge o povo trabalhador independentemente do local de moradia. Por esta razão, precisamos de integrar a indispensável aliança antimemorandos do Sul num amplo movimento europeu anti-austeridade".<br /><br />Um abraço<br /><br />msp<br /><br />Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-6069127603815275762014-02-01T20:30:07.424+00:002014-02-01T20:30:07.424+00:00Caro Miguel Serras Pereira,
Nas condições polític...Caro Miguel Serras Pereira,<br /><br />Nas condições políticas concretas em que estamos, com a UE transformada numa máquina disciplinar e punitiva das suas periferias internas e com uma relação de forças totalmente adversa à necessária inversão dessa condição, eu acho que temos que saber combinar todas as iniciativas a que pudermos dar força em escala europeia (a candidatura de Tsipras à presidência da Comissão é um excelente exemplo disso) com tudo o que soubermos fazer para resgatar a democracia de onde ela está a ser subtraída pelo cânone disciplinar de Bruxelas e de Berlim, e isso traz para o centro os espaços nacionais. Europeísta que sou, é em nome da Europa - de uma Europa democrática e batalhadora por um contrato social amplo - que entendo que tudo o que contribua, neste momento, para esvaziar a autonomia mínima de decisão dos Estados nacionais é um favor que se faz ao rolo compressor punitivo que é hoje a UE concreta que temos.<br />Um abraço. José Manuel Purezanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-40696267421338287882014-02-01T19:55:58.281+00:002014-02-01T19:55:58.281+00:00Caro Miguel Serras Pereira
Nas condições política...Caro Miguel Serras Pereira<br /><br />Nas condições políticas concretas em que vivemos, com a transformação da UE numa instância disciplinar e punitiva das suas periferias internas e com uma relação de forças totalmente adversa à inversão dessa tendência, a "natureza incindivelmente europeia da política da crise e das alternativas a ela" exige que saibamos combinar a teimosia de tudo fazer para, em escala europeia, combater este estado de coisas, com um investimento redobrado no resgate da democracia onde ele é mais possível e necessário - e esse é o espaço nacional. Europeísta que sou, estou profundamente convicto de que o esvaziamento das capacidades de decisão nacional nas periferias só facilita esta desconstrução europeia conduzida pelo rolo compressor disciplinar e punitivo de fé neo-liberal. <br />Estou convencido de que Alexis Tsipras concordará comigo. Porque o sei porta-voz desta raiva e deste projeto.<br />Um abraço.José Manuel Purezahttps://www.blogger.com/profile/11663817482093169533noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-54627385363599064552014-02-01T15:00:08.403+00:002014-02-01T15:00:08.403+00:00Caro Niet,
Retiro sem dificuldade a qualificação ...Caro Niet,<br /><br />Retiro sem dificuldade a qualificação de prima donna dada ao Pureza, que não conheço e que admito seja uma pessoa interessante.<br /><br />Se o é, como acredito que seja, mais lamentavel ainda se torna a bacorada citada pelo Miguel...<br /><br />Abraços parisiensesjoão viegashttps://www.blogger.com/profile/09562212654138060079noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-38895454227827463112014-02-01T14:55:31.216+00:002014-02-01T14:55:31.216+00:00Caro João,
o mais confrangedor de tudo isto no qu...Caro João,<br /><br />o mais confrangedor de tudo isto no que se refere a José Manuel Pureza. é a impressão que este dá de ter capitulado perante o que parece ter-se tornado a corrente dominante e/ou a nova ortodoxia do BE. Há bem pouco tempo, com efeto, o mesmi JMP ainda escrevia afirmando aa "natureza incindivelmente europeia da política da crise e das alternativas a ela", e a necessidade de "[a]rticular a contestação em escala europeia contra a fragmentação nacional das políticas de empobrecimento", em resposta à "estratégia de confinamento nacional das crises e das políticas oficiais" (Cf. http://viasfacto.blogspot.pt/2012/11/jose-manuel-pureza-sobre-uma-outra.html).<br />Marginalmente, também se poderia observar a este propósito que o crime nem sempre compensa, ainda que, caso fosse compensador para os seus autores, não deixasse de ser crime, degradando as condições da existência comum. Mas, no caso vertente, enquanto o BE corre os risco de perder a sua razão de ser em benefício do PCP e, de algum modo, cometer um suicídio político assistido por este segundo partido, vemos que o Syriza se confirma como principal partido da oposição na Grécia, reduzindo a forças cada vez menos credíveis quer o PASOK, quer o KKE…<br /><br />Abraço<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-84202943852578154732014-02-01T12:41:10.139+00:002014-02-01T12:41:10.139+00:00Oh, grande J.Viegas! O meu caro, que vive em Paris...Oh, grande J.Viegas! O meu caro, que vive em Paris, por certo sabe que, as primas donas, tornaram-se um fenómeno larvar e insustentável da politica profissional na Europa- mesmo no leque da Esquerda da Esquerda! Assistimos agora ao descalabro dos Verdes na França e na Alemanha, dois grandes " partidos-coligação ",que alimentaram as maiores esperanças para o futuro da Europa. O caso Mélenchon- com " saques " falhados junto do eleitorado dos Verdes e do PCF- é também reveladore sintomático. O Pureza parece-me ser um " intelectual " muito cauteloso e com regras...Salut! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-64168437981294700532014-02-01T09:35:58.337+00:002014-02-01T09:35:58.337+00:00Ola Miguel,
Ainda so vou na primeira linha e poss...Ola Miguel,<br /><br />Ainda so vou na primeira linha e posso ja afirmar que o que me parece "equivoco", ou estupido mesmo, não tenhamos medo das palavras, é acreditar que é possivel ter uma discussão aberta e construtiva com quem coloca os termos da alternativa desta maneira perfeitamente redutora, parcial e infantil.<br /><br />E' que não ha paciência. Debate precisa-se, urgentemente. Mas para haver debate, têm de existir pessoas minimamente interessadas em debater, o que implica fazer um esforço, por pequeno que seja, para tentar compreender o ponto de vista do outro.<br /><br />Abraços democraticos<br /><br />PS : Sei que o Pureza é uma prima dona do BE, mas isso so me parece agravar a situaçãojoão viegashttps://www.blogger.com/profile/09562212654138060079noreply@blogger.com