tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post4294273042046711417..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Mistificações pouco ecológicas: a propósito dos textos "contra a ecologia" de João BernardoVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-90011353729836764702013-09-17T14:48:59.282+01:002013-09-17T14:48:59.282+01:00A PETA não é uma organização ecologista, é uma org...A PETA não é uma organização ecologista, é uma organização de defesa dos direitos dos animais.<br /><br />No caso da Greenpeace, sim, é uma organização ecologista, e confesso que não conhecia a sua posição (ainda que a posição - se ainda é <a href="http://www.greenpeace.org.uk/toxics/animal-testing-position-statement" rel="nofollow">esta</a> - também não me parece muito radical: basicamente é "se houver alternativas, somos contra os testes em animais")Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-8287718714526063442013-09-17T14:40:20.073+01:002013-09-17T14:40:20.073+01:00Miguel Madeira,
basta ir à PETA ou à Greenpeace, ...Miguel Madeira,<br /><br />basta ir à PETA ou à Greenpeace, só para citar algumas das maiores transnacionais do ecologismo, e encontrar inúmeras referências contra os testes clínicos em animais. E nem sequer vou às organizações mais pequenas que pululam por todo o lado. Se o ecologismo só existisse nos livros...João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-18863575359319111622013-09-17T14:30:59.019+01:002013-09-17T14:30:59.019+01:00Pedro (V) e João (VA),
já na caixa de comentários ...Pedro (V) e João (VA),<br />já na caixa de comentários po post do João, que, ao retomar parte de um ensaio do João Bernardo em curso de publicação no Passa Palavra, serviu de ponto de partida a este debate, tive ocasião de protestar contra certos golpes polémicos ad hominem, cujos efeitos estão à vista e sobre cuja toxicidade para a troca de razões entre iguais me dispenso de insistir. Pensei que as coisas se recompusessem por si, mas enganei-me. Só tenho isto a dizer-vos: o último comentário do Pedro e a réplica do João são inaceitáveis, comportam juízos de intenções abusivos, viram-se contra os seus autores e distorcem fatalmente as razões e a expressão da faculdade de julgar de cada um deles. Vejam, por favor, se conseguem retomar "o fio de linho dapalavra", cuja tecelagem é a que mais convém entre iguais que lutam pela liberdade de uma sociedade de iguais. Desculpem o sermão… e aqui fica um forte abraço para ambos<br /><br />miguel(sp)<br /><br /><br /><br />Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-49268101075127380152013-09-17T13:39:30.375+01:002013-09-17T13:39:30.375+01:00A respeito da referência do JVA aos produtos testa...A respeito da referência do JVA aos produtos testados em animais:<br /><br />eu tenho em casa vários livros sobre "ecologia", "poluição", "protecção às espécies ameaçadas", etc. e em nenhum vi qualquer critica aos testes em animais.<br /><br />Parece-me que, neste ponto, o JVA está a confudir "ecologistas" como "defensores dos direitos dos animais" (duas correntes independetes, ainda que com algumas áreas comuns)Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-44640785562057785022013-09-17T13:14:19.211+01:002013-09-17T13:14:19.211+01:00A deferência a que o Pedro Viana se deve estar a r...A deferência a que o Pedro Viana se deve estar a referir é aquela que se limita a distribuir salamaleques e aplausos, como o seu último comentário demonstra. Aliás, quando o Pedro Viana se revela incapaz de discutir as teses ecologistas e passa à pessoalização e à comportamentalização da política só demonstra o quanto ele projecta nos outros o autoritarismo de que padece.<br /><br />Felizmente esta gente não está no poder senão ainda acabávamos todos numa hortinha a cultivar mezinhas com as mãos e uma sachola, mirando ao longe as maravilhas das cidades desertas e do PIB reduzido a pó. Que felizes viveríamos sem vacinas, sem tecnologia e sem animais testados para criar novos medicamentos.<br /><br />Bem-aventurados os que crêem no decrescimento económico e na mãe natureza, pois deles será o reino dos céus. Amen!João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-5722158146918370062013-09-17T04:14:43.772+01:002013-09-17T04:14:43.772+01:00De acordo, Miguel, nada a acrescentar.
Pedro, ser...De acordo, Miguel, nada a acrescentar.<br /><br />Pedro, seria algo a que não me oporia, e acho que essa hipótese até podia ser considerada para lá da internet. Por outro lado, também encontro coisas que me agradam neste lado autoral da escrita, e, acima de tudo, desejo que não tenhamos que chegar a esse ponto, pois quero crer que é possível debater sem qualquer tipo de deferência.<br /><br />Um abraço aos doisDiogo Duartehttps://www.blogger.com/profile/18361793334389193271noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-989721510546770612013-09-17T00:11:05.658+01:002013-09-17T00:11:05.658+01:00Caro Diogo,
Concordo, claro, com tudo o que aqui ...Caro Diogo,<br /><br />Concordo, claro, com tudo o que aqui escreves. Por vezes acho que as discussões deviam ser feitas no mais completo anonimato, que é aliás um dos aspectos que me atrai na blogosfera. Tenho a certeza que mais rapidamente se conseguiria chegar a um consenso sobre a qualidade argumentativa de textos propostos para discussão e reflexão. A deferência voluntária perante a autoridade é mais perigosa do que a sua imposição na ponta duma espingarda.<br /><br />Um abraço,<br /><br />PedroPedro Vianahttps://www.blogger.com/profile/00246186627900871576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-50096712615739868232013-09-16T20:27:15.784+01:002013-09-16T20:27:15.784+01:00Caro Diogo,
bem-vindo a bordo desta nave blogosfé...Caro Diogo,<br /><br />bem-vindo a bordo desta nave blogosférica.<br /><br />Creio que, no essencial, subscrevo a tua análise. A verdade é que não admiro menos do que tu o conjunto da obra do João Bernardo e que sinto por isso mesmo uma perplexidade desconfortável perante as suas teses sobre a "questão ecológica" (digamos assim, de momento, para simplificar), em que não consigo encontrar a mesma lucidez que, ainda quando possamos divergir aqui ou ali, me parece timbrar inconfundivelmente outros seus escritos. <br />O problema parece-me ser o seguinte: o João Bernardo descreve em termos penetrantes, com erudição e agilidade raras, o modo como a "questão ecológica" pode ser inflectida como argumento ou elemento da dominação hierárquica e da sua ressacralização ou naturalização ressacralizante. Lamentavelmente, no entanto, parece não querer conceber que é possível formular a questão noutros termos - em termos alternativos e solidários de uma perspectiva de democratização radical. É como se levantar a questão da "relação com a natureza", das condições ambientes ou, para citarmos Sophia, de uma política da paisagem como "invenção atenta do que foi dado", fosse aos seus olhos a mesma coisa que a apropriação da "questão ecológica" nos termos que justificadamente ele denuncia, mas injustificadamente tende a considerar os únicos possíveis. <br />Esta é a minha posição, que julgo muito próxima da tua. Claro que é possível que estejamos a deixar escapar alguma coisa na leitura que fazemos do JB. Mas, a ser assim, resta-nos esperar que ele nos chame a atenção para esse facto e nos esclareça melhor. <br /><br />Abraço para ti<br /><br />miguel(sp)<br /><br />Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-67886387764404645382013-09-16T19:15:45.536+01:002013-09-16T19:15:45.536+01:00João,
Eu preferi aquilo a que tu chamas uma “diss...João,<br /><br />Eu preferi aquilo a que tu chamas uma “dissertação hermenêutica” (e que de hermenêutica não tem nada, é só o resultado duma leitura dos textos que o JB dedicou ao assunto) porque, honestamente, não sou muito versado na ecologia, nem esta faz parte dos meus interesses prioritários. No entanto, minha ignorância ecológica não me impede de ver que o que ali está só muito vagamente corresponde à ecologia. Seja como for, deixo a tarefa de discutir as questões concretas da ecologia para quem saiba mais do assunto do que eu. Tenho, no entanto, um grande interesse por essas formas insidiosas do autoritarismo, especialmente quando aparecem em textos que procuram denunciar autoritarismos. Junta-se a este interesse a enorme urticária que me causa ler textos que tratam o mundo inteiro como um conjunto de papalvos alienados e que procuram transformar as suas obsessões pessoais no “zeitgeist”.<br /><br />Quanto ao resto, para além de não ter visto grandes referências a esses “modelos alternativos da ecologia” (mas… se são alternativos não são hegemónicos, não?), mesmo que eles lá estivessem em grande número e não se diluíssem em toda a narrativa que nos é apresentada, a selectividade arbitrária do JB tornava-os em grande medida obsoletos.É muito fácil ir buscar os extremos absurdos de um tema para o ridicularizar ou rebater e esse facilitismo tem um nome: desonestidade. Seja como for, o JB até podia estar certo acerca de tudo o que diz sobre a ecologia que tal não lhe permitiria cair no essencialismo em que cai; ou seja, mesmo que tudo o que considera ser dominante na ecologia o fosse de facto, isso não significaria que não se poderia pensar outra ecologia antagónica a esses mesmos princípios (precisamente porque não há nenhum determinismo nem essencialismo na definição abstracta de ecologia que a maior parte das pessoas conhece e que o Pedro Viana ofereceu nos comentários lá em baixo) . É, aliás, o que muita gente tenta fazer. E JB ignora tudo isso, selecionando os exemplos que usa para a sua argumentação em função da tese que está a tentar provar. Desde logo, questiono-me, tal como disse algures no texto, por que é que ele recorre tanto à Janet Biehl e ao Peter Staudenmaier, duas das principais figuras da ecologia social, sem nunca se dignar a considerar tal campo da ecologia. Uma das respostas possíveis é que se o fizesse o seu quadro impressionista iria todo abaixo.<br /><br />Acho que tu percebeste o que é que eu queria dizer no segundo ponto… O JB fala duma coisa a que chama “ecologia” e é só nos próprios termos do que entende por “ecologia” que a sua tese pode ser refutada. O que torna a refutação obviamente impossível. Todos os exemplos de ecologia, diferentes daquela que ele nos apresenta, que eu procure introduzir na discussão estão condenados à partida pelo seu quadro explicativo absolutamente fechado. O último parágrafo deste teu comentário, demonstra-o, ao considerares que o entendimento distorcido (para não ir mais longe) que vocês têm da ecologia corresponde “às questões fundamentais que animam a generalidade das teses ecologistas” (curiosamente, algumas das coisas que referes nem se relacionam com ecologia).<br /><br />Quanto ao “já se percebeu”, é uma expressão retórica inofensiva, parece-me. Como se fosse preciso dizê-lo, referia-me obviamente a mim mesmo, à minha percepção, e perdoe-me o leitor se achou que estava a obrigá-lo a perceber o que não percebeu. Na pior das hipóteses, usá-la não faz de mim autoritário; apenas mostra que estou enganado, caso quem leu o texto não tenha percebido nada, tal como eu me atrevo a supor. Além disso, desculpa considerar um “quadro negro”, mesmo para um ecologista, estar perante uma ideologia hegemónica (!) que deseja o fim das cidades, da indústria, da ciência e da tecnologia, etc. etc. <br /><br />Um grande abraço<br />Diogo Duartehttps://www.blogger.com/profile/18361793334389193271noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-25525048305517591262013-09-16T18:08:26.174+01:002013-09-16T18:08:26.174+01:00Diogo,
bem-vindo.
Entretanto, li o teu texto e n...Diogo,<br /><br />bem-vindo.<br /><br />Entretanto, li o teu texto e não encontro qualquer referência a modos alternativos da ecologia que o João Bernardo critica. Enquanto ele sistematizou boa parte dos argumentos de agrupamentos ecologistas (e que eu já enumerei na caixa de comentários num post abaixo), tu pareces ter preferido uma dissertação hermenêutica e sem qualquer referência a casos concretos contrários.<br /><br />Por outro lado, escreves o seguinte: «Apenas podemos rebater as teses de JB se usarmos os seus próprios argumentos e exemplos». Essa saiu-te mal. Então se eu abordar "O Capital" vou discutir os argumentos que o Marx utilizou e plasmou no texto ou vou discutir "A Cidade de Deus" do Santo Agostinho? Em abstracto é possível ler o Marx a partir do Santo Agostinho. Duvido é que se possa descrever os argumentos do Marx sem nos referirmos ao que ele, de facto, expressou.<br /><br />Depois ainda acrescentas àquela frase a seguinte: «E o quadro que temos pela frente é negro, como já se percebeu». Como já se percebeu? Tanta crítica ao autoritarismo e afinal tu já podes perceber pelo leitor? Uma abordagem pretensamente tão aberta como a tua e já decidiste pela opinião do leitor? Creio que a tua abordagem estritamente hermenêutica te levou a encerrares o debate nesses pressupostos (e que me parecem ter-te levado a cometeres as gafes que atribuíste a outros) como forma a não discutires as questões fundamentais que animam a generalidade das teses ecologistas: o anti-industrialismo, a rejeição da utilização de técnicas modernas na agricultura, a defesa do fim das experiências clínicas em animais, as teses da finitude dos recursos naturais, o decrescimento económico, etc. Se formos a ver bem, estes são alguns dos assuntos principais que o João Bernardo (e outros) têm abordado. Serão assim tão fechados e autoritários para que todos os defensores do ecologismo não os abordem? Serão assim tão fechados para que se prefira debater hermenêutica em vez destes processos concretos?João Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.com