tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post8417130154494791097..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Jacques Rancière: sobre algumas falácias que "o ódio à democracia" inspiraVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-57876703189105265302014-10-15T21:40:37.621+01:002014-10-15T21:40:37.621+01:00Excelente post.
Caro João Valente Aguiar
"N...Excelente post.<br /><br />Caro João Valente Aguiar<br /><br />"Não há sociedade sem instituições, e não há a construção de alternativas políticas sem instituições. "<br /><br />O que entende o Sr. por "instituição"??????<br /><br />melhores cumprimentos<br />ezequiel<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-85117458734770335022014-10-10T10:30:49.986+01:002014-10-10T10:30:49.986+01:00Socialização negativa ou estado de incandescência ... Socialização negativa ou estado de incandescência são alguns dos tópicos em que gira o processo de construção da criação histórica, segundo Castoriadis.Advertindo , para o bem e o mal,que no circulo da praxis, da acção e da transformação social," não existe interpretação que não se relacione com um projecto e uma vontade ".E para o autor de " A sociedade burocrática, " A revolução socialista só pode surgir pela acção autónoma do proletariado. Só se o proletariado encontrar nele próprio a vontade e a consciência necessárias para produzir essa imensa transformação da sociedade que se poderá realizar. Um socialismo concebido " por conta do proletariado ", mesmo pelo partido mais revolucionário, é um completo sem-sentido. A organização revolucionária não é nem pode ser a direcção da classe. Só pode ser um instrumento da luta de classes.A sua tarefa principal é ajudar, pelas suas palavras e actos,a classe operária a assumir o seu papel histórico de gestão da sociedade ". " Uma verdadeira revolução- 15 dias em Maio 68, dois meses na Hungria em 1956, 3 meses em Petrogrado em 1917 - é, por definição, a constituição de orgãos autónomos de massa, que visem o poder: a Comuna, os Conselhos e os Sovietes. Isso pode tomar outras formas( milicias operárias face a um perigo de ditadura, por exemplo), mas são sempre orgãos colectivos, com formas novas de democracia, que recusam a divisão entre representantes e representados, e onde o colectivo assume sempre o poder de decisão; pois, os membros do colectivo devem fazer quotidianamente a experiência de que, segundo decidam ou o não realizem por negligência, isso produz de imediato uma diferença na sua vida do dia-a-dia ". NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-1789663605521136802014-10-09T21:57:30.872+01:002014-10-09T21:57:30.872+01:00Caro João,
inteiramente de acordo com as tuas nota...Caro João,<br />inteiramente de acordo com as tuas notas, que explicitam mais claramente as minhas intenções ao linkar esta entrevista.<br />No fundo, importa-me, como tentei deixar patente no meu recente debate com o Ricardo em torno do tema "comunismo e demicracia", que o Estado e a actual economia política governante não são as únicas formas de governo possíveis — chamando ao mesmo tempo a atenção para o facto de uma sociedade sem governo, sem exercício do poder, sem lei(s), é uma fantasia inconsistente, pois que a ideia de uma tal sociedade — de uma sociedade sem princípios de socialização — se refuta a si própria. Por outro lado, se se objectar que, na sociedade pós-revolucionária ou comunista, a socialização será tão perfeita e completa que dispensará instituições e normas explícitas, pois não haverá contestação da nova ordem, estar-se-á a falar de uma sociedade propriamente totalitária, incapaz de se pôr em causa a si própria, seja ao nível colectivo, seja no plano da reflexão individual, e de uma interiorização tão sem resto da(s) lei(s) do momento que as faz parecer naturalmente eternas: não vejo negação mais completa da ideia de uma sociedade autónoma ou daquilo a que o João Bernardo chamou há tempos "democracia revolucionária", ou, já agora, da minha própria concepção da "cidadania governante".<br /><br />Abraço<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-47359339868460530192014-10-09T18:02:27.273+01:002014-10-09T18:02:27.273+01:00Duas notas.
1) A conversa anti-instituições pode ...Duas notas.<br /><br />1) A conversa anti-instituições pode descambar num mero slogan vazio. Não há sociedade sem instituições, e não há a construção de alternativas políticas sem instituições. Em suma, uma outra sociedade não se limita a destruir instituições anteriores mas em criar novas instituições orientadas por distintos princípios de organização.<br /><br />Em última análise, se o discurso crítico focalizar ou centrar o anti-institucionalismo pode rapidamente tornar-se num mero voluntarismo destruidor. Quando os mais maluquinhos defendem a morte dos dirigentes A, B ou C ou quando defendem a pura destruição, entra-se no campo da acção pela acção. Portanto, um ponto de contacto perigoso com o legado soreliano.<br /><br />2) Já que falo em Sorel, lembrar que a exacerbação do discurso anti-democrático (especialmente quando este se demonstra incapaz de raciocinar na base das relações sociais alternativas a propor/lutar) é sempre um ponto comum com os fascismos. Aliás, o ódio, no exacto sentido da palavra, à democracia foi o que permitiu a transição de temas entre uma certa esquerda soreliana, a "nação proletária" do Corradini e a subsequente ascensão dos Fasci di Combatimento. Ora, nos dias de hoje, quando se ouve muita gente, inclusive à esquerda, defender que "nem no tempo do Salazar isto estava tão mau" ou que "estaríamos melhor fora da União Europeia", assiste-se tão-somente a desdobramentos concretos dos discursos anti-democráticos e que já colocam um pé num plano de potencial fascização.<br /><br />Uma coisa é a crítica democrática e libertária da democracia liberal existente, outra é a crítica anti-democrática. A meu ver, as fragilidades desta segunda modalidade tendem sempre a torná-la numa visão anti-democrática tout court. Portanto, inclusive contra as iniciativas autónomas e democráticas dos trabalhadores de base que de x em x tempos vão surgindo.<br /><br />Um abraçoJoão Valente Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/10073044844477720063noreply@blogger.com