tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post8418089613119432856..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: O Passa Palavra reitera a sua carta de princípios e explicita as suas propostas de acçãoVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-65182678979871735632012-11-06T01:14:01.982+00:002012-11-06T01:14:01.982+00:00Devo dizer que estou nem comento no Passa Palavra ...Devo dizer que estou nem comento no Passa Palavra pois estou muito desiludido com um artigo que nem em forma nem em conteúdo tem algo de "programático". Como tal, não há coisa nenhuma a propor dentro do quadro do possível e das instituições que estão estabelecidas, e aqui já nem falo dentro de Portugal, mas ao menos dentro da UE, e com um nível de maior emergência, dentro da zona euro.<br /><br />Limita-se a mencionar uma articulação da luta dos precários, desempregados e restantes trabalhadores. Muito bem, de acordo. Mas depois de estarem a malhar durante tantos parágrafos na transnacionalização do capital, a articulação dos trabalhadores de que falam terá de existir em que escala? Portuguesa? Zona euro? UE? Parece-me que dada a transnacionalização do capital (ainda para mais toyotista-leninista!) isto não será suficiente... Teremos de esperar que a massa crítica exista em torno de um projecto global e que tenha apoiantes na China, na Coreia do Norte e nos Estados Unidos?<br /><br />E depois vem o parágrafo do sindicalismo alemão (com a devida vénia ao tovarich António Chora). Colocar nos píncaros os tais modelos de co-gestão, é apoiar o sindicalismo não-revolucionário que, ao se focar num horizonte "possível", ao longo do século XX deitou por terra a teoria marxista que previa que os trabalhadores dos países mais avançados, dada a melhoria da educação e condições de vida, iriam facilmente derrubar o capitalismo. Muito pelo contrário, como a história se tem encarregado de mostrar.<br /><br /><br /><br />Temos de reconhecer que não é possível fazer uma transição para uma sociedade mais igualitária de um dia para o outro. Partindo do dia de hoje e das instituições que o moldam, eu penso que a única jogada que pode levar a uma onda de solidariedade na Europa só pode aparecer no dia em que se colocar em causa a dívida existente. Isso acontecerá provavelmente mais cedo do que se pensa, como escrevi em comentário anterior. A verificar-se, na Grécia, o cenário NOVO MEMORANDO NÃO É ASSINADO + GOVERNO CAI + SYRIZA GANHA ELEIÇÕES + SYRIZA SUSPENDE PAGAMENTO DA DÍVIDA, o mais provável é que a Grécia levará um pontapé no cu e sairá do euro. E só nesse dia de pós-balcanização estarei eu, MSP, passa palavra e o PCP no mesmo saco. Até lá dá-me a impressão que o MSP nem acha desejável que o Syriza tome o poder se efectivamente este partido defender a suspensão do pagamento da dívida, se a consequência for a saída do euro. Logo, MSP e passa palavra defenderão implicitamente que aceitar a austeridade é o caminho a seguir?Fernandonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-77602349887222618972012-11-05T20:11:37.845+00:002012-11-05T20:11:37.845+00:00A Grécia arrisca-se a implodir na quarta-feira, po...A Grécia arrisca-se a implodir na quarta-feira, pois podem não reunir assinaturas suficientes para o novo memorando. Caso isso suceda, não há dinheiro nos cofres para pagar os salarios de Novembro e a haver eleições será o Syriza a ganhar, de acordo com as mais recentes sondagens. Nesse caso, a bola estará do lado de permanecer no euro sem um tostão furado, coisa que mal sonhamos no que pode dar (provavelmente no contrário daquilo que o Passa Palavra e MSP defendem, isto é, saída do euro ao fim do mês).<br /><br />Li o texto do passa palavra na diagonal, assim que o ler melhor voltarei para comentar. É um bom debate, apesar de eu ainda me sentir mais do lado da barricada do PCP, com razões que mais tarde exporei.Fernandonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-87817629211168866152012-11-05T18:36:41.871+00:002012-11-05T18:36:41.871+00:00Este colectivo activo e muito estéctico, o" P... Este colectivo activo e muito estéctico, o" Passa Palavra ", é um poderoso dispositivo de criar sentido(s)na via da libertação mais pura e transparente.Com uma pedagogia subtil e muito determinada, demarcando-se dos estigmas do obsoleto marxismo e do anarquismo de pechisbeque, este novo aditamento ao seu programa de acção privilegia a critica à lógica transnacional do capitalismo, o que me encanta por vir ao encontro daquele recente conceito-táctico que J-L. Mélenchon denunciou( e revelou...) ao aludir ao grande complot politico euro-americano( a Social Democracia e as variantes liberais e cristãs-democratas das oligarquias no poder) para a constituição do Grande Mercado entre as duas margens do Atlântico Norte, a que conferi importância num comentário do passado dia 29 Out, se bem se recordam. O nó górdio da questão reside no magma de tensão e drama que Castoriadis tão profundamente analisou e tentou caracterizar: " A Economia em tanto que Economia ultrapassa a Economia, o balanço de lucros e perdas em qualquer tipo de sociedade não é nem pode ser pura e simplesmente económico, é social e portanto inclui o custo de todas as condições criadas da existência e da sociedade.(...) Esta construção do conceito de exploração só tem, por conseguinte,acima de tudo, valor como denúncia das contradições internas, da incoerência e hipocrisia da ideologia burguesa.É um conceito polémico, não teórico. Como conceito teórico, o conceito de exploração não se pode basear senão que sobre o projecto de uma outra sociedade possível. Deve necessariamente apelar para uma visão global do ser da sociedade ". NietAnonymousnoreply@blogger.com