tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post4820223519162769644..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Desalienação do trabalho ou abolição do trabalho?Vias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-73953935539238632332010-10-31T23:36:37.871+00:002010-10-31T23:36:37.871+00:00"por exemplo , um Workaholic , dado adorar , ..."por exemplo , um Workaholic , dado adorar , estar vociado em trabalho , não é um trabalhador ? é antes um tipo que vive para o prazer ?"<br /><br />Há sua maneira, pode ser considerado como "um tipo que vive para o prazer".Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-77581298584037166032010-10-31T23:24:51.965+00:002010-10-31T23:24:51.965+00:00"eu acho é que Trabalho ganhou uma conotação ..."eu acho é que Trabalho ganhou uma conotação negativa ( marxista?)"<br /><br />Penso que a conotações negativa do trabalho até vem mais da "economia clássica", que vê o trabalho como uma desutilidade; pelo contrário, é no marxismo (não apenas, mas largamente aí) que surge a ideia que o trabalho é naturalmente a actividade pelo qual o homem se realiza, e que o facto de a maior parte das pessoas não gostarem de trabalhar e o resultado da organização social, não algo que pertença à natureza das coisasMiguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-32272408309669648512010-10-30T21:09:13.456+01:002010-10-30T21:09:13.456+01:00peço desculpa ser chata.
por exemplo : gosto imens...peço desculpa ser chata.<br />por exemplo : gosto imenso de receber pessoas em casa , fazer o jantar , dar-lhes mimos e tal. é uma trabalheira. é mesmo trabalho. mas compensa. apesar de no dia seguinte ter uma pilha de pratos e a casa de pantanas e ter de a limpar e arrumar , passei uma noite bem boa e vejo uma serie de amigos contentes e desejosos da repetição da festa. <br />suponho é que há trabalhos cuja compensação supera o esforço que fazemos.marianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-46774116467671473882010-10-30T20:57:26.409+01:002010-10-30T20:57:26.409+01:00penso que conta . eu adoro apanhar amoras , ainda ...penso que conta . eu adoro apanhar amoras , ainda hoje de crescida. e fico cheia de arranhadelas e tal. e às vezes lá calha um trambolhão no meio das silvas. e tb adoro cozinhar , mas não deixo de ficar cansada.<br />e ele há muitas pessoas que detestam cozinhar.<br />cozinhar é trabalho para quem não gosta e não é trabalho para quem gosta ? as tarefas são as mesmas.<br />vai ficar difícil definir o assunto..<br />por exemplo , um Workaholic , dado adorar , estar vociado em trabalho , não é um trabalhador ? é antes um tipo que vive para o prazer ?<br />eu acho é que Trabalho ganhou uma conotação negativa ( marxista?) não merecida. não confundir com exploração do trabalho de outrém..marianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-15092054818993819142010-10-30T01:26:22.898+01:002010-10-30T01:26:22.898+01:00"porque ainda não se inventou batatas que se ..."porque ainda não se inventou batatas que se autoplantem"<br /><br />Não tenho tanta certeza disso - a batateira é um rizoma, que se auto-propaga debaixo do solo, através de rebentos que vão dando origem a novas batateiras (conta como autoplantação?)<br /><br />"nem que se autocozinhem."<br /><br />Pois (embora creio que as descascar, e sobretudo colher, dará mais trabalho que as cozinhar).<br /><br />"sempre podemos viver de amoras , (...) e mesmo assim temos de as apanhar."<br /><br />Os meus sobrinhos adoram ir <a href="http://maps.google.pt/maps?hl=pt-PT&ie=UTF8&ll=37.180399,-8.2005&spn=0.004727,0.008272&t=k&z=17" rel="nofollow">aqui</a> apanhar amoras, e eu na idade dele adorava ir ao caracol; e tenho um colega que adora ir à pesca.<br /><br />Agora a questão - se "adoramos" conta como trabalho? No fundo, é a questão que levanto no penúltimo parágrafo.Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-17759952697027277912010-10-29T23:18:26.531+01:002010-10-29T23:18:26.531+01:00sendo certo que cada um é cada qual e valorizamos ...sendo certo que cada um é cada qual e valorizamos o que nos dá na "psicologia" , convém não esquecer que todos , todos , precisamos de almoçar e não há almoços grátis..todos temos obrigação e direito a exercer um trabalho que nos permita cuidar de nós próprios. suponho que a abolição do trabalho é brincadeira , porque ainda não se inventou batatas que se autoplantem , nem que se autocozinhem. ok , sempre podemos viver de amoras , mas só no verão , e mesmo assim temos de as apanhar.marianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-63193292028877959872010-10-28T11:45:21.077+01:002010-10-28T11:45:21.077+01:00Olá,este pragmatismo esquemático, redutor e, irrem...Olá,este pragmatismo esquemático, redutor e, irremediavelmente,ambivalente- usado no seu texto, M. Madeira- só nos pode levar a um impasse onde se apagam e camuflam os traços essenciais de uma sociedade dominada pelo Modo de Produção Capitalista, fase III ou IV. O que nos força a mergulhar na teoria marxista e seus continuadores no " terreno da luta de classes"-Rosa Luxemburg, Trotsky,Baran/Sweezy, C. Bethleim, por exemplo. Marx bem dizia- como o sublinha Castoriadis-que " de todas as forças produtivas da sociedade, a mais importante é a classe revolucionária ", a que ligava , sem saber como isso iria gerar o monstro burocrático de uma nova classe de exploradores,ao significado totalmente novo da alusiva ditadura do proletariado na forma de poder de Estado( " o poder das massas armadas ").Ora, embora haja outros pontos de interacção,paralelos e concomitantes a respeitar,e aqui o reducionismo branqueia toda a possibilidade de análise; Castoriadis resume bem o nó górdio da conjuntura: " A tendência profunda do capitalismo mundial precipita ,por intermédio da concentração total das forças produtivas, a supressão da propriedade privada enquanto função económica essencial para a exploração, e a fazer da gestão da produção a função que distingue os membros da sociedade em exploradores e explorados. Pelo efeito do mesmo desenvolvimento, o aparelho de gestão da economia, a burocracia estatista e a inteligentsia tendem a fusionar organicamente, a exploração tornando-se impossível sem a ligação directa com a coerção e a mistificação ideológica. Por conseguinte, a supressão da exploração não pode ser efectuada senão- e unicamente tendo isso em conta- se a supressão da classe exploradora se acompanhar da supressão das condições modernas de existência de uma tal classe; e essas condições são cada vez menos a " propriedade privada ", o " mercado ", etc, ( suprimidas pela própria evolução do capitalismo) e cada vez mais a monopolização da gestão da economia e da vida social, gestão que resta uma função independente e oposta à produção propriamente dita ".Salut! NietNietnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-13428664696010897502010-10-28T10:37:08.979+01:002010-10-28T10:37:08.979+01:00a questão é - e isto fazendo uma ponte com o post ...a questão é - e isto fazendo uma ponte com o post anterior - que na prática as economias de escala também podem existir no socialismo, pelo que a alienação do trabalho em nome de uma abordagem tecnocrática (planificação socialista) poderá levar a uma maior facilidade em abolir o trabalho no futuro (automatização de grande parte da produção, etc.)<br />quanto a mim são duas posições distintas. a primeira levaria à outra assim que se passasse a chamada fase de penúria de bens. e aí concordo com o primeiro comentário, o determinismo é um ponto contra - ex: na urss acreditava-se que o socialismo poderia ser atingido nos anos 50 e o comunismo nos anos 80 ou algo que o valha. o que acontece é que havendo progresso os parâmetros da penúria também se vão alterando. i.e. o problema do capitalismo em nos aguçar desejos de consumo recorrendo à publicidade pode ser, em grande parte, um reflexo do ser humano independentemente daquela coisa de "relações sociais". (isto claro sem cair no erro bacoco do jmf de dizer que todo o progresso é emanado do capitalismo; o que estou a dizer é que a atitude "proletária" de chamar burguês a qualquer coisa de conforto é uma espécie de ascetismo que só encontra paralelo na religião e.g. budistas ou monges eremitas)LFnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-66162320410311439992010-10-28T03:22:27.629+01:002010-10-28T03:22:27.629+01:00o objectivo do ser humano é fazer aquilo que quer....o objectivo do ser humano é fazer aquilo que quer. O seu objectivo é seu e só a ele lhe pertence. Todas as teorias simplistas de catalogação do objectivo do homem caiem nesse erro - no simplismo contra a complexidade natural de cada individuo. Todas as teorias politicas baseadas em pressupostos deterministas do Homem falham, e embora todos esses resquícios continuem verdadeiros no nosso tempo, eles não têm capacidade face à única verdade do homem - liberdade.<br /><br />quando compreendermos isto talvez possamos viver harmoniosamente com todas as nossas diferenças.Tiagonoreply@blogger.com