tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post5037362079461971012..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Identidade(s): classe e proximidadeVias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-41312237511230671252011-01-21T17:48:07.035+00:002011-01-21T17:48:07.035+00:00Bem respondido, Pedro. Subscrevo e sublinho.
Abrç...Bem respondido, Pedro. Subscrevo e sublinho.<br /><br />Abrç<br /><br />miguel (sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-15750545775843770342011-01-20T08:28:47.225+00:002011-01-20T08:28:47.225+00:00No texto do Pedro Viana falta do meu ponto de vist...No texto do Pedro Viana falta do meu ponto de vista uma abordagem da Lógica Totalitária nas suas implicações sociais-históricas sincrónicas e diacrónicas. Trabalho de Sísifo? Como pensar o trabalho de " unificação " política, simbolica e repressiva do estado/partido e da Nação incarnada pelo bolchevismo, por exemplo, e onde circula o perverso conceito de nacional patriotismo! Há textos incontornáveisde Marcuse, Lefort e Castoriadis sobre os efeitos e as funções sociais e políticas da Lógica Totalitária, e que se tornaram decisivos e incontornáveis para fazer avançar a libertação e o processo autonómico de todos e de cada um. " Os oprimidos, que lutam contra a divisão da sociedade em classes, lutam contra a sua própria opressão sobretudo; de mil maneiras restam tributários do imaginário que eles combatem por seu turno em diversas expressões( cultura dominante, nacionalismo, patriotismo); e muitas vezes o que visam não é senão uma permuta dos papéis no mesmo cenário. Mas muito dedepressa também, a classe oprimida responde negando em bloco o imaginário social que a oprime, opondo-lhe a realidade de uma igualdade essencial dos homens, mesmo se mantém em torno desta afirmação um envolvimento mítico.(...) o funcional está suspenso/dependente do imaginário: a economia do capitalismo moderno não pode existir senão respondendo às necessiades que ela própria engendra ",C.Castoriadis, I.I. de la Société. NietNietnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-80414372056222026512011-01-19T23:58:14.339+00:002011-01-19T23:58:14.339+00:00Caro Miguel Abrantes,
O seu comentário prova o qu...Caro Miguel Abrantes,<br /><br />O seu comentário prova o que escrevi. Claramente não reconhece, como o Capitalismo pretende, a existência, hoje, "duma casta de (...) servos perante a oligarquia (...) sem qualquer tipo de identificação colectiva, sem noção da sua condição comum." É servo sem o saber. Confunde liberdade de opinião com consciência da realidade. O Capitalismo não tem qualquer problema com a primeira, que permite a ilusão de se ser (totalmente) livre, desde que a segunda não exista. Não duvide que assim que uma massa crítica de "servos" tomar consciência da sua condição, o Capitalismo acaba logo com a liberdade de opinião, metamorfoseando-se em Fascismo.<br /><br />Quanto aos "países onde abundam bandeiras vermelhas com estrelas, foices e martelos", infelizmente, em todos eles foi instaurado o que habitualmente se designa de Capitalismo de Estado: efectivamente a propriedade de todos os meios de produção, antes privada ou pública, foi apropriada pela oligarquia que obteve o controlo do Estado. Ou seja, em tais países a propriedade privada dos meios de produção não foi de todo abolida, como é necessário para acabar com o Capitalismo, mas sim apenas transferida na sua totalidade para as mãos da oligarquia que passou a controlar o Estado. A exploração continuou, e tentou-se efectivamente aprofundar a constituição duma casta de servos obedientes. Mas, para infelicidade dessas oligarquias, não foram capazes de colocar em prática a sua estratégia de dominação de modo subtil. Esqueceram-se que servos conscientes da sua condição são o primeiro passo para a sua emancipação. No Ocidente, o Capitalismo é muito mais súbtil na sua estratégia de dominação. E por isso tem conseguido evitar até agora, mas talvez não por muito mais tempo, que a consciência da servitude ultrapasse o ponto crítico.Pedro Vianahttps://www.blogger.com/profile/00246186627900871576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-6994970866734946052011-01-19T23:33:01.989+00:002011-01-19T23:33:01.989+00:00Percebo o que dizes, Miguel, quanto aos argumentos...Percebo o que dizes, Miguel, quanto aos argumentos do Manuel Gusmão. Que realmente não partilho, apesar de assentarem num raciocínio paralelo ao meu. Onde diferimos é no facto dos argumentos do Manuel Gusmão assentarem no pressuposto de que a realidade das relações de proximidade é imutável, e que portanto ou defendemos o patriotismo (porque nos é estrategicamente útil) ou somos "apenas" internacionalistas, descurando o desenvolvimento de alianças de proximidade. Não acho que assim seja. É possível substituir o patriotismo, tal como é entendido, por múltiplas relações de proximidade, em particular de natureza territorial - redes de comunidades locais, tolerantes e democraticamente governadas.Pedro Vianahttps://www.blogger.com/profile/00246186627900871576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-14141728571866766712011-01-19T20:30:03.479+00:002011-01-19T20:30:03.479+00:00O Capitalismo tem como objectivo último a criação ...O Capitalismo tem como objectivo último a criação duma casta de autómatos, servos perante a oligarquia, que assegurem Poder crescente para esta. Em particular, uma casta subalterna sem qualquer tipo de identificação colectiva, sem noção da sua condição comum. <br /><br />No ocidente o capitalismo falhou estas intenções by a long shot: não há 'sítio' no mundo onde se tenha mais liberdade de opinião, inclusive liberdade para reclamar quando se acha que falha essa liberdade.<br /><br />O mesmo não se pode dizer, sem se ser hipócrita, dos países onde abundam bandeiras vermelhas com estrelas, foices e martelos.M. Abrantesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-59253938237737903682011-01-19T15:59:46.922+00:002011-01-19T15:59:46.922+00:00Claro, Pedro, muito bem. No entanto, o post do Man...Claro, Pedro, muito bem. No entanto, o post do Manuel Gusmão, se o li bem, procede a uma justificação do patriotismo diferente e, a meu ver, abusiva: deduz do facto de a exploração ter um quadro nacional e ter de ser combatida também nesse quadro a importância ou necessidade do patriotismo. Num segundo momento, adianta o argumento das alianças a que a classe operária deve proceder para conquistar a hegemonia como justificação suplementar - sugerindo que o patriotismo deverá ser uma espécie de cimento ou agente aglutinador, a figura de um interesse comum progressista, entre grupos sociais diferentes. Ora, nem um nem outro destes dois argumentos, ou linhas de argumentação, me parece aceitável (acrescendo, à margem do tema principal em debate, que o segundo argumento pressupõe uma concepção objectivista e fixista da "classe revolucionária" e do "bloco histórico" muito pouco convincente). Já manifestei, de resto, a minha surpresa pelo facto de o Manuel Gusmão não ter procurado uma argumentação afim da que tu próprio usas, para justificar uma versão mais aceitável de "patriotismo": valorizando a língua e o imaginário histórico, o vocabulário dos usos e costumes, etc.,sempre particulares em que a "vontade revolucionária" de democracia se apoia, ao mesmo tempo que as reformula e transforma. Tudo isto, só para te dizer que não me parece haver, nas boas razões que apresentas em defesa da tua posição, grande coisa que conforte a tese ou leitura proposta pelo Manuel Gusmão. <br /><br />Abrç<br /><br />miguel spMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-77541801694354324812011-01-19T12:08:58.632+00:002011-01-19T12:08:58.632+00:00Caro Miguel,
Sim, também não me sinto de todo à v...Caro Miguel,<br /><br />Sim, também não me sinto de todo à vontade com o termo "patriota", devido ao significado histórico que carrega. E por isso não o uso em lado algum, a não ser para chamar a atenção para o post do Manuel Gusmão, que assim se caracteriza. O que pretendi fazer foi chamar a atenção para o que acho ser uma necessidade para a Esquerda: articular o objectivo universalista dos ideiais de Esquerda ("mundialização da prioridade da democracia"), com a consciencialização de classe como motor da mudança necessária, e com a robustez das relações/identidades de proximidade. Em termos simplistas, o universalismo é o ideal do movimento, a consciência de classe o seu motor, e as relações/identidades de proximidade a rede que induz robustez e resistência a esse movimento. Mas, acho que deixo claro, que as relações/identidades de proximidade que interessam à Esquerda devem assentar em princípios de tolerância e democracia, incompatíveis com certas leituras de conceitos como patriotismo.<br /><br />Um abraço,<br /><br />PedroPedro Vianahttps://www.blogger.com/profile/00246186627900871576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-3773573488976679162011-01-19T11:49:26.262+00:002011-01-19T11:49:26.262+00:00Caríssimo Pedro,
há muitas coisas no que dizes qu...Caríssimo Pedro,<br /><br />há muitas coisas no que dizes que eu formularia noutros termos ou teria de discutir contigo - mas sem que isso signifique que me sinto menos próximo ou dos motivos que te inspiram.<br />No entanto, a minha objecção a fazer do "patriotismo", ainda que entendido como o defines, uma palavra de ordem ou bandeira política, mantém-se - que mais não seja pela carga do termo tal como o uso o consagrou. Para te dar um exemplo, se entendo, sem dúvida, que não há antagonismo, antes complementaridade, entre a defesa da língua portuguesa ou outra e o trabalho de universalização requerido pela autonomia democrática, recuso-me a dizer que isso faça de mim um "patriota" ou a definir essa posição como "patriotismo" para não me confundir nem promover que me confundam com um partidário da "independência nacional", das virtudes do "Estado-nação", e por aí fora. Ou, por outras palavras, para manter sem equívocos a minha oposição ao nacionalismo - reverso do internacionalismo e da aposta na mundialização da prioridade da democracia. Outra maneira de dizer que aqui, como em toda a parte, a "identidade" conferida pela afirmação igualitária da "cidadania" deve prevalecer sobre quaisquer outros traços identitários ou "especificidades culturais", ao mesmo tempo que os garante e reformula no quadro geral da extensão autogoverno e da autonomia.<br /><br />Abrç<br /><br />miguel (sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.com