tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post6945051159222190659..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: O que é um poder destituinte?Vias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-73463772776027312532014-02-23T16:14:01.853+00:002014-02-23T16:14:01.853+00:00A ver se nos entendemos: não tenho vida para aprov...A ver se nos entendemos: não tenho vida para aprovar ou desaprovar comentários e esqueço-me com frequência da própria existência de semelhante tarefa. Quanto ao resto e uma vez que não vislumbro propriedades terapêuticas no acesso à internet, confesso que me custa compreender as razões pelas quais o seu psiquiatra lhe recomenda que passe tanto tempo na caixa de comentários de um post que não aprecia, escrito por alguém que é isto e aquilo, senão mesmo outra coisa qualquer. Considero esta questão encerrada e juro que não volto a vir cá ver que outros epípetos me reserva, enquanto não substituir os comprimidos vermelhos pelos azuis.Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-34698491155167436052014-02-23T08:52:40.218+00:002014-02-23T08:52:40.218+00:00 72 horas à espera de ver publicada a minha réplic... 72 horas à espera de ver publicada a minha réplica ao seu mais que infeliz comentário: onde mostrou toda a sua miserável arrogância e ignorância ao tentar, sibilina e crapulosamente, dividir e justificar a oposição ( imaginária, direi eu!)entre a putativa qualidade dos textos dos postadores do Blogue e a dos comentários dos ilotas que aceitam aparar esse jogo inacreditável e insustentável a todos os titulos! Percebe a sua maldade e estupidez? Foi um erro capital! Não seja cobarde nem prepotente e publique a minha réplica, sff. NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-43875340129792546832014-02-23T00:17:17.491+00:002014-02-23T00:17:17.491+00:00Sr. Noronha de altissima Ronha: Só tipinhos como o...Sr. Noronha de altissima Ronha: Só tipinhos como o sr. cometem a arbitrariedade letal e fatal de adiar a publicação dos comentários sine die. Publique a minha resposta ao seu último comentário, sff. Assuma a sua terrivel e crassa ignorância do dever e do sentido da democracia em acto,que V. Excia teve o arrojo de queimar e deitar por terra ao defender a diferença qualitativa entre textos e comentários, e entre postadores e leitores/participantes. É uma falta gravissima e intolerável, e que pode colocar em dúvida o futuro do Vias! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-3275923879209372532014-02-22T14:28:44.253+00:002014-02-22T14:28:44.253+00:00OH.sr. Noronha: Publique oa minha resposta ao seu ...OH.sr. Noronha: Publique oa minha resposta ao seu lamentável e funesto texto, a todos os titulos! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-45688295479724285492014-02-21T21:18:05.518+00:002014-02-21T21:18:05.518+00:00DE um texto que coloquei na Net, selecciono: "...DE um texto que coloquei na Net, selecciono: " Leram bem a resposta do sr. R.Noronha? Não desmente nenhuma das minhas acusações de enorme acutilância no que se prende com a representatividade politica pessoal e as funções gerais do Blogue.<br /><br /> Eu nunca pensei que fosse possivel encontrar alguém tão agrilhoado a uma retórica ambiciosa, despudorada e elitista no sentido mais cruel e reaccionário que se possa ler!<br /><br /> Que lindo enterro que esses aprendizes de feiticeiro vão fazer ao Vias. Ou melhor, irão concluir.<br /><br /> É PRECISO SER-SE MESMO O PIOR DOS CRÁPULAS E IGNORANTES PARA DIFERENCIAR A QUALIDADE DOS TEXTOS E A DOS COMENTÁRIOS.<br /><br /> COMO SE,APRENDIZ DE BUROCRATA; ELE SE ACHASSE POSSUIDO DE UMA SUPERIORIDADE DIFERENCIADORA E HIERAQUIZADA DO SISTEMA.<br /><br /> Pobre diabo, e quem vai no seu mavioso canto ainda parece ser pior e mais rasca!<br /><br /> Claro, participei num Blogue colectivo seleccionado pelos mais representativos dos seus parceiros nacionais, desde 2006. E nunca me coloquei em bicos-dos-pés ou ensaiei rábulas de entrar/sair...por motivos inconfessáveis ou chantagistas...<br /> Niet<br /><br /> <br /><br /> Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-71230850160126204582014-02-21T18:07:35.841+00:002014-02-21T18:07:35.841+00:00 Desculpe lá, oh. sr. Noronha,congratule-se por eu... Desculpe lá, oh. sr. Noronha,congratule-se por eu o ter chamado à razão em não censurar! O que é imenso, como deve realizar: era uma mancha negra que lhe colocava na pele e nada faria jamais desaparecer. Não esperava que me incensasse ou prodigalizasse: eu sei o que valho e não é qualquer Noronha que me pode incomodar. Passe bem ! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-7348831422413444732014-02-21T17:02:37.681+00:002014-02-21T17:02:37.681+00:00Não me esqueço de nada e vejo-o muito avançado no ...Não me esqueço de nada e vejo-o muito avançado no caminho sugerido por Agamben. Assim de repente, vejo-o perfeitamente destituído de interesse, inteligência ou sentido das proporções. <br />Até agora você era apenas um imbecil que habitava as caixas de comentários. Doravante é um imbecil desagradável que habita as caixas de comentários. Se alguma vez tiver oportunidade de vir a Lisboa não hesite em informar-me previamente e teremos oportunidade de conversar sobre os curiosos adjectivos que me dirigiu. Garanto-lhe que aprenderá coisas que não se ensinam no College de France. Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-48606832443123094862014-02-20T12:24:09.673+00:002014-02-20T12:24:09.673+00:00Obrigado, Ricardo Noronha! NietObrigado, Ricardo Noronha! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-60270224500445989192014-02-19T20:29:32.004+00:002014-02-19T20:29:32.004+00:00 Ricardo Noronha: Agradecia que se não esquecesse ... Ricardo Noronha: Agradecia que se não esquecesse da minha resposta, sff. É importante, do meu ponto de vista para esclarecer a necessidade de mudar as regras dos Blogues, claro. Thanks. NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-52936356292638112352014-02-19T05:18:49.731+00:002014-02-19T05:18:49.731+00:00Ricardo Noronha,como sublinhou H.Putnam num livro ... Ricardo Noronha,como sublinhou H.Putnam num livro ditirâmbico sobre o eclipse da razão, " justificar e explicar não são sinónimos; todavia nos debates politicos passamos de um ao outro, como se fossem a mesma coisa ". E depois não deixa de aprofundar essa tese: " A política não é uma arte, é qualquer coisa como a Gastronomia, como dizia Platão: dá prazer/estimula sem ser boa para o corpo: Aqui é a ignorância ou a inconsciência que são bajuladas. Como as bajular? Fazendo passar as opiniões por valores, quando não são senão ignorância, tanto quanto seja considerado verdadeiro o assunto da opinião ". O R. Noronha por certo já muitas vezes meditou naquela injunção do Freud de que " nada é terno ", muito menos em ciência e politica...Salta-lhe, é evidente, na sua resposta, um reflexo para tentar menorizar o que apresento de forma fragmentária ou parcial,descurando malevola e acintosamente mais uma tese de Putnam: " a descoberta do último conceito- mesmo se foi produzido por nós-próprios - não suprime jamais o mistério, que é a caracteristica do trabalho quando é bem feito ". Rorty bem justifica, por outro lado, que a filosofia e a sociologia são géneros de escrita, isto é, assumem tanto por bem como por mal a sua afirmação tentando deslocar os vocabulários,os problemas, os critérios,etc que são admitidos para inventaroutros novos e mais interessantes ". NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-22993034328758435392014-02-18T18:24:30.284+00:002014-02-18T18:24:30.284+00:00Niet, sou efectivamente um palhaço, mas não assim ...Niet, sou efectivamente um palhaço, mas não assim tão feioso e apenas tão merdoso como qualquer outro ser humano. Não tinha reparado que era necessário aprovar comentários. <br />Os seus são particularmente interessantes e estimulantes. Queira desculpar a minha pretoriana distracção e volte sempre.Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-64914147896075831822014-02-18T18:06:55.512+00:002014-02-18T18:06:55.512+00:00 Ricardo Noronha: A coisa devia ser discutida sobr... Ricardo Noronha: A coisa devia ser discutida sobre a situação politica e cultural que envolve os blogues com caixas estanques.Eu afoitava-me a mantê-las sempre abertas. Como fizeram avant la lettre a Constança e o VP. Valente no<br /> por eles concebido, e que o FG Viegas tinha em arquivo. Se bem me lembro... Aparecia lá o Manuel Vilaverde Cabral a escrever em alemão macarrónico. Vão lá mais de<br />8 a nove anos. Como diz sibilinamente o grande poeta Miguel Serras Pereira, o vinho produzido pelo Henrique Granadeiro na Herdade de Évora anda-me a fazer mal. Gostei do seu gesto de abertura! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-1441861785950913142014-02-18T08:11:01.131+00:002014-02-18T08:11:01.131+00:00Oh, senhor Ricardo Noronha von Ronha!
Quando sai ...Oh, senhor Ricardo Noronha von Ronha!<br /> Quando sai o meu comment que V. Excia se permitiu censurar reaccionariamente? Vai ser lindo, vai... NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-68721216178600653362014-02-18T04:10:33.559+00:002014-02-18T04:10:33.559+00:00Sr. Noronha de ronha : Publique o meu comment, con...Sr. Noronha de ronha : Publique o meu comment, conforme o dava realizado ontem, dia 17 pelo Meio-Dia-Menos Dez, o sr. poeta Miguel Serras Pereira. NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-1686098324769936462014-02-18T04:08:06.073+00:002014-02-18T04:08:06.073+00:00 O MS. Pereira alertou-me ontem - 17 do corrente p... O MS. Pereira alertou-me ontem - 17 do corrente por volta do Meio Dia Menos 10 ...- Que o meu comment já tinha sido publicado! Parece ter sido ou um engano ou uma péssima manobra de diversão, a certificar o carácter anti-democrático dos Blogues com caixa fechada e equipagens pretorianas blindadas numa hierarquia de interesses inconfessáveis! Fico a aguardar, antes de tomar outras iniciativas, sr. Noronha de Ronha!. NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-80763517696660605692014-02-17T20:17:12.499+00:002014-02-17T20:17:12.499+00:00Curioso, meu caro, o símile do poema. E, com efeit...Curioso, meu caro, o símile do poema. E, com efeito, eu creio que o pensamento e a acção política muito terão a aprender com a frequentação da poesia. Um dia, voltaremos ao assunto em si mesmo, pois penso que vale a pena. <br />Mas — e isto vale mais para o Aamben do que para o Foucault, sobre o qual não tenho muito, de momento, a acrescentar — o poema não se limita a destituir e a inoperar, a ficar-se pelo chamado estado de "inspiração", nem se furta a essa "longa paciência" que, segundo Rilke, é o seu génio (ou geração criadora). A "destituição" da linguagem já dita ou já feita é, no fundo, subsidiária de recriação da linguagem que, dizendo e fazendo o que nada dissera ou fizera ainda, que o poema opera na linguagem, justamente lá onde ela é essa metamorfose interna ao real que, corpo a corpo com ele, o ilumina, e, a uma luz que não preexistia nem como origem nem como destino antecipado, reconhece. <br />Ou engano-me muito, pá?<br /><br />Abraço<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-20100252176975303482014-02-17T09:48:29.201+00:002014-02-17T09:48:29.201+00:00 Oh, sr. COBARDE E FALSISSIMO ESQUERDISTA, AGORA J... Oh, sr. COBARDE E FALSISSIMO ESQUERDISTA, AGORA JA CENSOR INVETERADO AO SERVICO DO SISTEMA.<br />PUBLIQUE O MEU COMMENT E DISCUTA-O! <br /> SEU PALHACO FEIOSO E MERDOSO.<br /><br /> FUI Auditor Livre do Foucualt no Collège de Francxe nos anos 80; e ALUNO de Deleuze, LYOTARD, RANCIÈRE,JA. MILLER, POULANTZAS !<br /><br /> TENHAS VERGONHA! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-3575750799977814632014-02-17T05:53:29.718+00:002014-02-17T05:53:29.718+00:00 Não seja COBARDE, PUBLIQUE O MEU TEXTO: FAR/Niet Não seja COBARDE, PUBLIQUE O MEU TEXTO: FAR/NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-5927546658405017122014-02-17T01:10:46.222+00:002014-02-17T01:10:46.222+00:00Caro Miguel,ainda sobre o poder destituinte,parece...Caro Miguel,ainda sobre o poder destituinte,parece-me que a metáfora do poema é feliz a mais do que um nível. Para o que nos interessa, oferece-nos a imagem de uma operação que abre um dado fazer a múltiplas possibilidades e usos, cujo "valor" é intrínseco e imanente. Eu leio tudo isto como uma aproximaçao à filosofia da história que busca reinventar uma tradição do oprimidos em torno da noção de "singularidade". Os seus limites não te terão porventura passado despercebidos, mas eu estou interessado num pensamento que parece partir de pressupostos consideravelmente outros que não aqueles com os quais estou familizariado.<br />Quanto a Foucault, acho que a introdução da ideia de totalitarismo não nos ajuda a compreender o seu programa (neste caso o termo parece-me funcionar melhor). Ou seja, é sempre de práticas que estamos a falar, nesse binómio poder/resistência, e as práticas decorrem sempre em circunstâncias variáveis, num campo saturado de tensões e desafios. São sistemas atravessados por estratégias e subjectividades, não mecanismos dotados de uma regularidade fechada. Acho que isso fica muito claro na estratégia de investigação e argumentação de Foucault relativamente às práticas disciplinares. Ler o poder como um conjunto de relações é o contributo fundamental do seu trabalho. Eu não vejo (nem procuro) ali nenhuma "saída". Apenas uma cartografia do conflito à qual reconheço um elevado nível de rigor. <br /><br />Um abraço.Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-20345170325047058682014-02-16T22:35:33.033+00:002014-02-16T22:35:33.033+00:00OH.Sr.Noronha: Tenha vergonha na cara. Você anda h... OH.Sr.Noronha: Tenha vergonha na cara. Você anda há anos a colocar-se em bicos de pés para se " governar " à custa dos bons sentimentos de quem ilude. Em que bases se permite censurar o meu apontamento? Não percebe? V. usa e abusa de um comportamento de comissário super-estalinista de museu de cera.. O que é de um ridiculo atroz, a todos os niveis. E agora lançou mão COBARDEMENTE da censura mais rasteira,pifia e senil. Pobre diabo. Jamais esquecereio seu reles e inacreditável servilismo quando foi representar- eleito por quem?- o blogue Cinco Dias num programa de Tv sobre Blogues...Os seus fretes hediondos mascarados por uma linguagem pseudo-revolucionária fizeram-me temer o pior, que culminou agora. Vá Badamerda! NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-53866306464310227912014-02-16T20:18:18.499+00:002014-02-16T20:18:18.499+00:00Ola aos dois,
Bom, tal como o Miguel, também não ...Ola aos dois,<br /><br />Bom, tal como o Miguel, também não vejo em Foucault nada que consiga sustentar uma ética, nem estou alias convencido de que ele proprio tenha acreditado que a ética dele, por exemplo a subjacente às suas intervenções politicas, fosse apenas um prolongamento das suas analises teoricas.<br /><br />No entanto, estas ultimas não deixam de ser interessantes e muito esclarecedoras. "Les mots et les choses" peca provavelmente por excesso de sistematismo, mas em contrapartida a analise que ele fez do discurso cientifico sobre a loucura a partir do século XVII (Histoire de la folie à l'âge classique), ou ainda sobre a prisão como pena principal a partir do século XIX (surveiller et punir), são muitissimo interessantes e ensinam-nos de facto algo de inédito sobre a sociedade onde ainda vivemos hoje, e talvez mesmo sobre a ordem social em geral. Mesmo no "Les mots et les choses", ha coisas muito fortes. A analise do Dom Quixote, por exemplo, é uma delas, logo nas primeiras paginas. <br /><br />Que tenha havido, depois dele, uma moda intelectual perfeitamente estéril que, em nome do "estruturalismo", se contentava com substituir clareza e discernimento por referências obscuras e ocas à linguistica, isso não ha duvida que houve. Mas o Foucault não tem necessariamente a culpa. E, se formos ver, ha autores muitissimo interessantes que souberam, cada um à sua maneira, aproveitar os seus ensinamentos, desde P. Veyne, a I. Hacking, ou mesmo a P. Hadot.<br /><br />Seja como fôr, o que é certo é que ainda não consegui encontrar nada de comparavel em Agamben (que, obviamente, se esforça muito por tentar seguir o mestre). Mas não perco a esperança...<br /><br />Abraçosjoão viegashttps://www.blogger.com/profile/09562212654138060079noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-58361904136376048622014-02-16T19:25:30.372+00:002014-02-16T19:25:30.372+00:00Paciente e intrépido camarada Ricardo,
não tenho,...Paciente e intrépido camarada Ricardo,<br /><br />não tenho, de facto, tempo para organizar um bêtisier de Foucault. Mas, para o efeito desta discussão, vou basear-me em dois ou três excertos de uma "entrevista política" do autor, concedida a Le Monde em 11-12 de Maio de 1977 e que, creio, documenta bem a moral "anto-estratégica" que o autor opõe à moral "estratégica" do poder.<br />Nessa enrevista, MF afirma: "A minha moral teórica é inversa [em relação à do poder]. É 'anto-estratégica': respeitar uma singularidade que se insurge, ser instransigente quando o poder infringe o universal". Este apoio à resistência ou emergência da singularidade enquanto tal — indiscrimnadamente — tem como contrapartida a denúncia da "grande necessidade do conjunto". Mas esta denúncia é tão indiscriminada e tão vaga que acaba por identificar a "política" enquanto tal com o "totalitarismo", ou com o exercíco (panóptico, disciplinar, gestor do bios, etc.) do poder ou a sujeição a este. Com efeito, a plebe "desde que se fixa adoptando uma estratégia de resistência" — ou seja, a própria resistência a partir do momento em que se torna "política" formulando ou desenvolvendo alternativas — vê-se reduzida a ser recuperada pelo poder. <br />É assim, porque a política é fatalmente recuperada pelo poder existente ou pelo que lhe sucede, e porque o poder omnipresente não se distingue da dominação, que o último Foucault aposta como única saída ou alternativa o "cuidado de si" , a par, quando muito, do respeito e aprovação cegos das singularidades (ou do "acontecimento" por oposição à "história", que não como manifestação da potência de autocriação desta). E se, como observa bem Vincent Descombes a este propósito, Foucault "não reconhece a validade de nenhum conjunto, nem ideal nem existente", e "não imagina que possa condenar-se o levantamento de qualquer singularidade", pelo que legitima tendencialmente o poder do "tirano" que "exerce precisamente o poder segundo as singularidades do seu desejo e não segundo 'a grande necessidade do conjunto'", é também possível que tenhamos aqui a chave do seu fascínio "racionalizado" (no sentido psicanalítico do termo) pelo "crime", bem como da sua simétrica e paradoxal criminalização do direito, da lei e da instituição enquanto tais.<br /><br />Abraço extenuado<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-91499688300334513722014-02-16T10:39:22.701+00:002014-02-16T10:39:22.701+00:00A par de Agamben,Daniel Bensaid e Medhi Belhaj Kac... A par de Agamben,Daniel Bensaid e Medhi Belhaj Kacem realizaram comentários admiráveis sobre o sistema de poder em Michel Foucault. Todavia, o amplexo e a complexidade das questões já tinham sido enunciado muito antes por Baltazar Gràcian, ao sublinhar que, " hoje, são precisos mais meios para construir um sábio do que antigamente eram necessários para construir sete "... Um pouco como assistir a uma peleja interminável sobre o estatuto e funções da Katarsis e da Imaginação... " Os homens, simples pontos agenciadores no sistema das mensagens, não existem e valem senão em função dos estatutos e das posições que ocupam na escala hierarquica. O essencial do mundo, consiste na sua assimilação a um sistema de regras formais,nisso incluindo as que permitem calcular o " seu " futuro.A realidade não existe todavia senão estiver registada, no fundo o verdadeiro não é nada e só o documento é verdadeiro. E aqui surge o que se nos afigura o traço especifico, e o mais profundo, do imaginário moderno, o que possui mais consequências e promessas também. Este imaginário não tem carne própria, toma a sua matéria de outra coisa, é investimento fantasmático, valorização e autonomização de elementos que em si não derivam do imaginário: o racional limitado do entendimento e do simbólico.O mundo burocrático autonomiza a racionalidade como um dos seus momentos parciais, o do entendimento, que não se interessa senão das conexões parciais e ignora a questão dos fundamentos,da totalidade, dos fins e da relação da razão com o homem e com o mundo( é por isso que apelidámos a sua " racionalidade " uma pseudo-racionalidade); e vive no essencial num universo de simbolos que, a maioria das vezes não representam o real nem são necessários para o pensar ou o manipular. (...). Justamente, devido ao facto do imaginário social moderno fazer derivar a sua substância do racional, numa fase de racional que transforma dessa forma em pseudo-racional, que adquire a possibilidade " objectiva "de uma transformação do que foi até hoje o papel do imaginário na história.(...) Um sentido aparece na realidade histórica, desde as suas origens, que não é racional, ou positivamente irracional, que não é verdadeiro nem verdadeiro nem falso e, todavia, é da ordem da significação, e que é a criação imaginária própria da história, pela qual ela se estrutura para começar ". C. Castoriadis. Instituição Imaginária da Sociedade(1975). NietAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-81713965627655753212014-02-15T18:26:39.743+00:002014-02-15T18:26:39.743+00:00Viva, Ricardo.
A tua tradução é clara e excelente ...Viva, Ricardo.<br />A tua tradução é clara e excelente — pelo menos, tanto quanto se pode julgar sem o original.<br />Não quero nem posso perder muito mais tempo com este diferendo menor. Se dizes que o poder destituinte é consubstancial ao poder constituinte — ou, como eu preferiria dizer, à acão política instituinte como via de uma sociedade autónoma —, continua a parecer-me que interpretas mal Agamben, mas que tens razão na tua tese.<br />Quanto ao Foucault, vou ver o que se pode arranjar mais logo ou amanhã — mas sem compromisso, que o trabalho aperta. De qualquer modo, o Surveiller et punir, por exemplo, tende a sugerir que a minha leitura não é de todo desacertada… Enfim, como sabes, MF bateu-se pela abolição da pena de morte (guilhotina) em França — o que só o honra. No entanto, só pôde fazê-lo arruinando os alicerces mais profundos da sua teoria, pois, à luz desta, a alternativa ao poder que faz morrer é o poder que gere a vida da "bipopolítica". E tenho muita curiosidade em que, com notas erduditas ou não, me digas se achas que Foucault autoriza outra maneira de conceber o poder que não seja uma forma ou outra de dominação.<br /><br />Abraço e até já<br /><br />miguel(sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-29753260841744667572014-02-15T15:35:13.240+00:002014-02-15T15:35:13.240+00:00Miguel, não me revejo nessa tua descrição do traba...Miguel, não me revejo nessa tua descrição do trabalho de Michel Foucault. Quererás tu ilustrar tão severo juízo com um par de citações?Ricardo Noronhahttps://www.blogger.com/profile/04886046227693095662noreply@blogger.com