tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post7094377282619912493..comments2023-12-08T17:05:22.577+00:00Comments on Vias de Facto: Mythos vs. Logos?Vias de Factohttp://www.blogger.com/profile/17208417609194364156noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-83117586047193493132010-10-22T18:35:28.774+01:002010-10-22T18:35:28.774+01:00Caro Luis,
Sim, o que dizes agora (e o que não di...Caro Luis,<br /><br />Sim, o que dizes agora (e o que não dizes) tem tudo a ver com a nossa conversa a proposito do outro post. Mas sera mais apropriado falar por enigmas. Então é assim. O que tu dizes é que o primeiro de todos os mitos, é a frase biblica (do novo testamento, mas salvo erro ja vinha no antigo) :<br /><br />"A verdade libertar-vos-a"<br /><br />Uma crença religiosa judaico-cristã essencial... mas um mito !joão viegashttps://www.blogger.com/profile/09562212654138060079noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-63085827764577360032010-10-21T19:42:28.852+01:002010-10-21T19:42:28.852+01:00Oop di la
Rainha, mas nunca te esqueças do seguin...Oop di la<br /><br />Rainha, mas nunca te esqueças do seguinte: podes explorar os mitos de Israel, submete-los à mais rigorosa apreciação filosófica yada yada yada...podes falar na "plasticidade" das origens...in fact, podes falar do que te apetecer. Israel está no lugar certo. E jamais dali sairá. :) :)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-25032671379468809722010-10-21T19:38:46.592+01:002010-10-21T19:38:46.592+01:00Ou Até Loginho, se preferires.
Fica bem.Ou Até Loginho, se preferires.<br /><br />Fica bem.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-79821048950544229022010-10-21T19:37:20.188+01:002010-10-21T19:37:20.188+01:00PS: a meu ver, a melhor forma de abordar esta fasc...PS: a meu ver, a melhor forma de abordar esta fascinante questão é a da tipologia analítica dada a variedade de mitos. Elaborar uma lista extensiva de vários mitos. Compará-los. Discernir as variedades de fundamento histórico ou, melhor, distinguir as condições diversas de possibilidade dos diferentes mitos. (sim, até as fábulas tem um fundamento no real, como diria o venerável Freud)<br /><br />Excelente post, Rainha. <br /><br />Shalom :)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-57952205247120903022010-10-21T19:30:23.346+01:002010-10-21T19:30:23.346+01:00A existência dos mitos é trágica: ou são demolidos...A existência dos mitos é trágica: ou são demolidos ou persistem inalterados. São criados pela história mas não são por ela alterados. A praxis associada a um mito pode ser modificada. Todavia, um mito cuja essência (essência) seja submetida às vicissitudes históricas deixa de ser um mito e passa a ser um conjunto de interrogações, uma narrativa ou uma história (que confere integibilidade a um mundo contraditório e confuso) com pontos de interrogação. O mito não é feito de pontos de interrogação. Pode suscitar interrogações, mas jamais sucumbe à indeterminação filosófica que acompanha a interrogação. Ora, como é sabido, os mitos são "assertivos", normativos, como diz, e muito bem, o Miguel. Se o nucleus de um mito é posto em causa, interrogado, a sua força expressiva-normativa dissolve-se. <br /><br />Quanto ao resto, parece-me que Luís e Miguel estão ambos correctos: a praxis associada a um mito muda mas o significado do mito não. Esta persistência do inalterável na mudança histórica engendra um paradoxo: é uma essência que emana da existência histórica (concreta, portanto: ex. a perseguição de Judeus)mas que, uma vez constituído, resiste, persiste, orienta e confere inteligibilidade...<br /><br />Poderemos afirmar que o mito da Terra Prometida mudou? Não, não podemos. Permanece intacto. Este mito é uma fábula?: em parte, sim. Contudo, o mito surge da projecção ou transfiguração de uma condição, absolutizando-a sob a forma de uma história que se articula no intersticio da metáfora e do mundano. O mito tem que surgir de uma condição. Se não surgir de um experiência, de uma condição existencial...não dispõe de recursos que permitam a sua transcendendalização, isto é, a sua transformação numa essência (postulada) que perdura no tempo. Não existe um único mito que tenha mudado intrinsemanente, Luís. Existem mitos que foram demolidos pelo espirito crítico e existem tambem mitos sem qualquer fundamento empirico.(Protocolos de Zião: o que é neles anunciado é uma sórdida mentira mas a condição que os suscita foi real) As mudanças históricas afectam apenas os seus modos de "corroboração." Nunca a sua natureza intrinseca.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-20225441753220974242010-10-21T16:34:06.357+01:002010-10-21T16:34:06.357+01:00Luis,
o meu comentário era muito esquemático e nã...Luis,<br /> o meu comentário era muito esquemático e não tenho tempo para aprofundar as coisas.<br />Mas, bem, sempre te digo: sim, os mitos evoluem, transformam-se, têm história, mas negam-no - ou negam que esse aspecto afecte a sua verdade essencia: a história aparece quando muito como perturbação, ocultação, aproximação de algo que já lá estava desde sempre e para sempre (e este aspecto mítico perdura em boa parte das filosofias da história que ainda hoje moldam e limitam a nossa consideração do tempo e dedo devir. O que é outro assunto importante, que terá de ficar para outra ocasião). Aqui refiro-me, é claro, aos mitos enquanto vigoram como elementos normativos nucleares: narrativas exemplares, segundo a definição de Eliade, que prescrevem e regulam a acção humana e definem, descrevem e legislam - em termos indissoluvelmente descritivos e normativos - o seu sentido "em última instância", definitivo e único, primeiro e único, antecipado e final.<br />Enfim, parece-me…<br /><br />mspMiguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-73711072698727945552010-10-21T16:18:41.381+01:002010-10-21T16:18:41.381+01:00Miguel,
Olha que o mito pode não ser coisa assim ...Miguel,<br /><br />Olha que o mito pode não ser coisa assim tão rígida.<br />por exemplo, os estudos de Robertson Smith sobre a civilização judaica demonstraram a evolução das crenças e práticas religiosas dos Judeus em paralelo com as mudanças que o seu modus vivendi foi sofrendo, da comunidade nómada que via a sua relação com Deus como um vínculo Pai-filhos, até à visão de um Deus irado e a exigir sacrifícios, em tempos de opressão e confinamento.Luis Rainhahttps://www.blogger.com/profile/07722783432826806557noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-81441385814804475992010-10-21T15:36:53.164+01:002010-10-21T15:36:53.164+01:00Caríssimo,
ora, aqui vão duas ou três achegas, que...Caríssimo,<br />ora, aqui vão duas ou três achegas, que são modestos testemunhos do gosto que a leitura do que aqui nos convidas a pensar me proporcionou.<br />Pois bem, sem dúvida que os mitos (no sentido forte que dás à palavra) são criações imaginárias - metáforas do real e metamorfoses da experiência e do corpo-a-corpo doss humanos com o real (circunstante e interior) que habitam e os habita. Metáforas, portanto, mas cujo fundo comunica com o sem-fundo metamórfico da substância humana e do tecido do real. Nesta media, quando os consideramos assim, são outras tantas "provas reais" da auto-criação humana.<br />Mas o problema - estou a esquematizar brutalmente - é que considerá-los assim, concebê-los como tu sugeres, exige a ruptura com outro dos seus aspectos fundamentais, outro dos seus traços distintivos. Porque o próprio mito não se considera assim: assinala a criação, mas fechando-a de uma vez por todas, representando-se como um universo de um discurso fechado que encerra, fecha e define, para a eternidade e esconjurando o tempo e a história, o discurso do universo (humano e natural), ditando a sua instituição e a sua lei de uma vez por todas, fechando a interrogação e recalcando-a como aberração e infidelidade. <br />Era por isso que, com uma inspiração que anima ainda o que tão bem dizes no teu post, os românticos alemães, fascinados pelo mito como potência de criação, falavam da necessidade de o libertar do "terror das origens". Ou seja, trata-se, para nós, de abrirmos a sua narrativa a essa distância ou consciência de si própria que os devolva à responsabilidade de uma liberdade de criação que se saiba e ouse ao mesmo tempo como criação de liberdade.<br />É por isso que, considerando a coisa - sempre demasiado esquematicamente - do ponto de vista político, essa outra criação radical, como diria Castoriadis, que é o projecto de autonomia ou ideia democrática só é possível através da ruptura da clausura do discurso mítico e do enclausuramento do universo e da história que ela comporta - ruptura que se enuncia no núcleo distintivo da democracia:: somos e queremos ser aqueles que se dão, sabendo-o e responsabilizando-se por isso, as suas próprias instituições e leis, dando conta e razão das nossas razões, afirmando a liberdade de interrogar sem tabús as nossas próprias crenças e costumes, pois estes são criações temporais e históricas, criações nossas e não lei eterna recebida de maiores asobrenaturais, da vontade divina ou de uma ordem última de determinações exterior, antecipada ou final.<br />Repara, por fim, que pretendo com isto incitar-te simplesmente a precisares melhor a tua posição: limitando-a, por um lado, e validando-a, por outro. E que o faço também tendo em conta o que me parece ser o propósito mais vivo da tua proposta de reconsideração do mito: apreender nele uma potência de imaginação ontologicamente activa e criadora que não nega, mas retempera as exigências do exercício do dar conta e razão.<br /><br />Abrç<br /><br />miguel (sp)Miguel Serras Pereirahttps://www.blogger.com/profile/15037992737494978391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-24401476697295222792010-10-21T15:02:46.887+01:002010-10-21T15:02:46.887+01:00Não concordo inteiramente com o teu post. Infelizm...Não concordo inteiramente com o teu post. Infelizmente não disponho de tempo (agora) para abordar a tese nele apresentada: manipulação da "plástica história" etc.<br />Este é assunto que merece ponderação cuidada. Para mais tarde. <br /><br />Podia escrever. Já escrevi. :)<br /><br />És um menino esperto! :Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-73476876577132758552010-10-21T14:52:19.963+01:002010-10-21T14:52:19.963+01:00Luís, devo protestar.
Não é admissível a utilizaçã...Luís, devo protestar.<br />Não é admissível a utilização da imagem do único sagrado verdadeiro neste post, criador das Montanhas, das Árvores e dos Anões num post sobre o mito.<br />Que o Sagrado Apêndice fulmine os pecadores.cjthttp://semiose.net/blognoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-58423359802558610462010-10-21T14:50:56.468+01:002010-10-21T14:50:56.468+01:00oop di la..
não vi o "ler mais"
vou já...oop di la..<br /><br />não vi o "ler mais"<br /><br />vou já ler o resto do post.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2525053614363345408.post-57052560429586923132010-10-21T14:48:26.619+01:002010-10-21T14:48:26.619+01:00Sim, Luís, é verdade que o conceito de mito é habi...Sim, Luís, é verdade que o conceito de mito é habitualmente e por vezes erradamente associado à inverdade (isto é um mito = é interpretado como = não é verdade)<br /><br />Acho até que poderias escrever um excelente post sobre mito e mitologização. O que me fascina é o processo da constituição dos mitos. Escreve algo sobre isto!! Pedido de leitor!! <br /><br />Foste sensato, Luís. Todavia, se tivesses explicitado o significado invocado concerteza que não serias mal interpretado. Os teus leitores talvez sejam mais sofisticados do que julgas. Suponho que conheças a obra Work on Myth de Hans Blumenberg. Um trabalho monumental, na minha opinião. <br /><br /><br />http://www.amazon.com/Studies-Contemporary-German-Social-Thought/dp/0262521334Anonymousnoreply@blogger.com