13/03/10

As disciplinas na escola

Agora que se fala tanto da disciplina na escola, eu venho falar das disciplinas na escola.

O caso do professor que se suicidou chamou-me a atenção para algo que ignorava - pelos vistos, agora os alunos do 9º ano têm aulas de Música, coisa que nós só tínhamos no 5º e 6º anos (eu costumava ter cerca de 12-15% nos testes, já que nos ditados melódicos acertava uma nota em cada 8); bem, talvez fosse uma disciplina optativa, e talvez no meu tempo também houvesse esse opção no 9º ano (que era quando começávamos a escolher áreas).

De qualquer forma, interrogo-me se os adolescentes actuais não terão disciplinas a mais - p.ex., no 12º ano só tínhamos 3 disciplinas (no meu caso, Matemática, História e Geografia) - creio que agora (ou pelo menos há pouco anos atrás) são mais.

Será que não seria melhor reduzir as disciplinas e o tempo em que os alunos estão em aulas e usar o dinheiro e espaço que se poupava para fazer turmas mais pequenas?

[Um exemplo hipotético - se se reduzisse as disciplinas para metade, seria possível, com os mesmos meios, fazer turmas com metade dos alunos]

8 comentários:

CF disse...

Parecia-me fantástico. Muito mesmo. Se há coisa que me transcende é o sistema educativo. Por ora badalado, pelos piores motivos. Mas por norma esquecido. Ou pouco trabalhado, talvez. Ou ainda trabalhado com pouco rigor. Cada vez mais acho, que não se olha ás evoluções da sociedade, para renovar o sistema. E depois fica tudo muito admirado.

Rita Maria disse...

Parece-me terrível. O objectivo do décimo segundo ano, ou do mínimo da escalaridade obrigatória, não deveria ser formar profissionais ou preparar os meninos para aquilo em que se vão assim como assim concentrar nas universidades, mas educar para uma cidadania crítica, activa e inteligência. Abrir horizontes, alternativas e possibilidades, não fechá-las à partida. Assim, não acho que se deva ignorar a História aprofundada do séc XX só porque se vai para Engenharia nem acho que se deva prescindir da Matemática só porque queremos ir para Literatura. Isto para nem discutir outras coisas obviamente necessárias para a sobrevivência básica, como o Inglês.

E depois, podíamos diminuir drasticamente coisas disparatadas como aulas intensivas de geometria descritiva, que só servem para poupar às universidades e escolas técnicas trabalho que seria delas.

Eu no fim do 12º tinha mais de dez disciplinas e não acho que tivesse uma que fosse a mais (mesmo que lá para oo fim fosse uma nódoa a Física e me tenha baldado a todo o último período de Desporto).

Miguel Madeira disse...

A questão do 12º ano e a da escolaridade obrigatória são questões distintas - eu não estava a sugerir curriculos "especialistas" para a escolaridade obrigatória, apenas um curriculo generalista mais reduzido.

Quanto ao 12 ano, eu tenho uma teoria muito própria - suspeito que foi criado, não tanto por razões pedagógicas, mas para os estudantes não saírem de casa dos pais e irem para a Universidade em Lisboa/Porto/Coimbra com menos de 18 anos (penso que o 12º ano foi criado mais ou menos na mesma altura em que a idade de ingresso na escola passou dos 7 para os 6 anos - durante muito tempo, só havia 11º ano)

lili disse...

Isto tudo é terrível. Primeiro o garotinho de onze anos e agora um professor de 51.
Será assim tão difícil dar atenção a estes problemas, num meio tão pequeno como é uma escola?!

Ana Cristina Leonardo disse...

http://wwwmeditacaonapastelaria.blogspot.com/2010/03/das-pessoas-sensiveis-que-leram-cormac.html

lili disse...

http://lili-one.livejournal.com/tag/bulger%20killers%20were%20damaged

asinus disse...

http://ruadopatrocinio.wordpress.com/2010/03/10/bullyng-e-o-zeitgeist/

Anónimo disse...

Nem todas as escolas têm música no 3º ciclo.
Existem opções dentro das disciplinas que fazem parte do Departamento de Educação Artística e Tecnológica de que fazem parte Música,Educação Visual e Educação Tecnológica.