26/03/10

Como se levanta um Estado


O jornal i noticia, na sua edição on-line, uma ambiciosa medida do governo para combater o desemprego e dar um sinal esclarecedor em tempo de crise. Mais pobres e explorados, seremos cada vez melhor vigiados.
"O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou, esta sexta-feira, que vão «desencadear-se imediatamente» os procedimentos necessários para a admissão de dois mil novos elementos para as forças de segurança. «Vamos desencadear o processo concursal para admissão de novos elementos na PSP e na GNR. Haverá um concurso, formação e depois serão incorporados», afirmou Rui Pereira.
O ministro afirmou igualmente que as políticas do Ministério da Administração Interna estão “estrategicamente orientadas” para “prevenir e reprimir a criminalidade”, especialmente a violenta, e o aumento da segurança através de politicas de policiamento de proximidade e comunitárias, além da proteção civil e da segurança rodoviária. 
Sobre a principal conclusão do estudo, de que a maior parte dos portugueses se sente seguro na zona onde mora, mas 41,6 por cento não se sentem seguros em Portugal, Rui Pereira referiu que tal se deve “à sensibilidade que as pessoas têm às notícias sobre crimes”.
Quando se fala da possibilidade de um contágio do «fogo grego» em Portugal, a notícia revela todo um programa, bem ilustrado por uma outra relativa a estas magníficas «jornadas de segurança». Parece que metade dos jovens das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto são «potenciais delinquentes». Serão dois mil novos polícias suficientes para tanta gente?

3 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

em não havendo guerra, que tb. é muito bom para as crises, contratem-se polícias

Tiago Ribeiro disse...

Só não vale a pena chamar ladrões aos pobres e idealistas aos gunas.

António Geraldo Dias disse...

Uma visão securitaria degradada ...quando é consentida ...degradante quando é imposta...a visão que nos querem impôr é tão frágil.. apesar de virem para nos quebrar