A saga já tem umas semanas mas pelos vistos não está encerrada. Trata-se de saber se uma deputada eleita nas listas do PS, por Lisboa e com residência aqui neste burgo, tem direito a que a AR lhe pague as idas a Paris, todos os fins-de-semana, para ir ao supermercado e para arrumar a casa onde moram os filhos.
Segundo o «i» de hoje, os deputados que pertencem ao Conselho de Administração «decidiram não decidir» e caberá a Jaime Gama a última palavra.
Entretanto, Inês de Medeiros deu uma entrevista à Sábado, com uma extraordinária displicência que o Vasco Barreto sublinha bem. Depois de a ouvir, registo três coisas:
- que, sobre Sócrates e a TVI, pensa o seguinte: «Olhe, não sei se mentiu mas, se mentiu, nem acho que seja assim muito grave»;
- que estamos certamente a caminho do verdadeiro socialismo;
- que, felizmente, os filhos de Inês de Medeiros não moram em Luang Prabang.
10 comentários:
Joana Lopes: Deve saber,melhor do que eu, que todas estas Cenas são flagrantes epifenómenos da politica à Portuguesa. A menina Margarida é muito insinuante, a irmã é actriz e realizadora cheia de sorte e contratos e a geração delas,a dos anos 80, recheada de filhos-família do PCP, do PS e do PSD- enfim a nata do Regime -comungam de um realismo cruel e cínico pelos efeitos do sistema de carreira e de promoção pessoal.
Neste caso preciso,o GP socialista parece ter-se rendido - por hipocrisia e estultícia marialva pequeno-burguesa - aos encantos de imagem e de mundanismo da vampe do clã dos Saint-Maurice e Vitorino de Almeida. Niet
business as usual
... outra vez ?!
Tenho 5 anos. Alguém me explica, para eu entender, qual é o princípio na base das ajudas de custo aos deputados para deslocações ao local de residência tal como consta do regimento da AR? Qualquer argumentação fora desta bitola são balellos...Mas devem acrescentar-se outros ingredientes - (primeiro o ovo ou a galinha): qual é o princípio na base da escolha de seja quem for para integrar as listas à AR dos diferentes círculos eleitorais? É a representatividade do respectivo círculo eleitoral não é? Então e a globalização, e a mobilidade dos trabalhadores, etc e tal? Se eu decido trabalhar em Paris, porque tenho trabalho em Paris, e não em Portugal, em princípio compensa porque pagam-me a carte orange e junto uns trocos para ir a Portugal de vez em quando e com muuuita sorte também posso negociar uma viagem ou outra como PARTE do pacote salarial...se não compensasse não ía para Paris.
Ah e esqueci-me de dizer que antes de ir para Paris, tomo uma decisão racional com base no que foi previamente negociado no meu contrato ou nas possibilidades que a legislação que o rege podem vir a oferecer. Se tiver pouca latitude e/ ou estiver no desespero arrisco e vou e fio-me no contrato de boca.
Niet,Que eu saiba, não há nenhuma Margarida nesta história. Deve estar a fazer uma estranha síntese entre duas famílias :-)
ac,
se bem percebo, o «espírito» da regra segundo a qual são pagas aos deputados as despesas de regresso a casa aos fins-de-semana é dar-lhes oportunidade de contactarem os seus eleitores.
Joana Lopes: Estou a ficar passado.Sem Hash, claro. Era sobre a senhora deputada Inês,pois então! Eu vi chegar a Maria Medeiros a Paris com duas amigas e colegas do Liceu Charles Pierre. Eram lindas ,argutas e iconoclastas: diziam muito mal dos profs.nacionais. Por isso, " fugiram " para a Sorbonne. Niet
Errata: o liceu chama-se( agora empresa) Charles Lepierre. Niet
inacreditável. simplesmente inacreditável. até dói.
Dói... a alguns.
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