30/04/10

Jornalismo Económico

Eu até tenho uns amigos que são jornalistas económicos e não é deles que estou a falar porque eu sou como o Rui Pedro Soares e não deixo cair os meus amigos. Mas, com efeito, não evito o apelo generalizado: os jornalistas deveriam fazer aos jornalistas económicos aquilo que durante muito tempo fizeram - por snobismo e ignorância, mas fizeram - aos jornalistas desportivos: considerar que um tal jornalismo não é jornalismo. Isso ou o Sócrates mandar o Rui Pedro Soares correr com o Camilo Lourenço. Juro que de mim não ouvirão nenhuma crítica.

1 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimo Zneves- O artigo-manchete do dia" económico", no Primeiro Mundo- via Financial Times -pertence ao prof. Nouriel Roubini, da Uni. New York e guru das previsões pré-catastrofistas à volta do Mundo. Logo pelas 7 da matina, o redactor-de-faxina no " Negócios "- jóia da coroa do grupo C. da Manhã - fornece uns " pingos " do artigo, que depois se evapora na nora do ritmo do tempo. Roubini advoga o trabalho e a colaboração entre o BC Europeu e o FMI para tentarem, a dois,combater a crise da dívida " soberana " da Grécia- a primeira do género de que há memória num país " rico" e na Eurozone ainda menos... Qual o plano que ele propõe, de verdade? Que o jornalista obliterou por causa do peso da entropia matinal? Um semelhante ao que foi aplicado- noutros tempos e noutro contexto regional e mundial- na República Dominicana, Uruguai, Ucrânia e Pakistão, por exemplo, há cerca de uma década atràz. Marcado pelo re-escalonamento da dívida orçamental,deve implicar um plano fiscal fortíssimo para todos os PIIGS,impôr as reformas estruturais de longo curso; e solicitar um grande e incomensurável investimento da dupla FMI/BCE na Grécia para evitar o " contágio " a Portugal e à Espanha; e adicionalmente tornar o crédito e o acesso ao dinheiro mais em conta, baixar a cotação do Euro ( face ao dólar), medidas também a serem prodigalizadas pelo BCE, tudo para espevitar e produzir também efeitos na retoma da Alemanha e países do Norte da Europa, contribuindo com determinação para dinamizar as fraquezas institucionais da economia e do sistema monetário da U. Europeia... Está-se mesmo a ver: os ricos e poderosos vão ficar mais fortes ainda e os PIIGS vão ter uma década a sangue,suor e lágrimas, se tudo correr bem. Salut et égalité. Niet