Afirma Pacheco Pereira (cheguei lá pela Joana) que a teologia da libertação "transformava o cristianismo numa espécie de progressismo político muito influenciado pelo marxismo".
É interessante que tenha adoptado semelhante formulação, quando se poderia jurar que o catolicismo está cada vez mais apostado em transformar o cristianismo numa espécie de conservadorismo político muito influenciado pelo fascismo. Nem as crianças lhes escapam.
2 comentários:
a Opus Dei quando ascendeu ao trono de JP2 (para retirar a ICAR da falência arrastada pelo escândalo do Ambrosiano) sob o rigoroso controlo do futuro B16 na década de 90, diabolizou D. Helder Cãmara excomungou Leonard Boff e mandou assassinar o arcebispo Oscar Romero... (vem no livro do Michael Walsh, salvo erro) e de novo, como escreveu o Doblin no roteiro geral de Berlin Alexanderplatz, volta-se a colocar a questão da compreensão se o fascismo não terá saido vitorioso...
O alegado conservadorismo aborda umas poucas questões:
- aborto
- casamento (divórcio, casamento gay)
Podemos juntar mais isto e aquilo, mas é um conjunto limitado e contido.
Comparem por favor o catolicismo com as restantes religiões.
O puritanismo é "protestante", não católico. E se não é puritanismo é o "maniqueísmo" (bem, mal...),,,protestante. Dái a proibição do álcool ser característico de países protestantes.
Acho que nem vale a pena abordar o islamismo, hinduísmo... ou mesmo o judaísmo.
Por outro, faz parte do catolicismo a fruição em geral: da boa comida, vinho, da arte, da opera (a música, barroco.. digam-me com a excepção do macanicismo genial de Bach onde há um compositor que não seja católico, de cultura católica). De onde é o Barroco?
Ver as Igrejas, monumentos, etc. Os Protestantes são moralistas em si mesmo: ascéticos, como se a mera fruição fosse pecado.
E ainda temos a confissão,a aceitação do pecado é em si humanista não hiper moralista. Não como o protestantismo que não o admite. Isto para além de eu achar como me parece claro, como o mais antigo acto de psicanálise disponível.
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