01/07/10
Contra a cadaverização ideológica da memória da Comuna - e de Durruti, seu continuador - como a que um anónimo que (ab)usa (d)o nome de uma e de outro promove ao serviço da primeira vanguarda antidemocrática que se ofereça nas caixas de comentários deste e de outros posts e neste ou noutros blogues
por
Miguel Serras Pereira
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6 comentários:
M.S. Pereira, o seu caso é único, no mau sentido. Uma leitora interessada vem aqui desprevenida e dá com este título totalmente disparatado para atacar autores de comentários que desconhece. É a inversão total entre essencial e acessório. Mas que disparate e que mau gosto! Passem bem, eu não volto cá.
Sr. MS. Pereira: O que o senhor faz por este processo de fait-divers - que me dispenso de qualificar-consuma todo um complexo abuso de Poder e Autoridade que, V. Excia,se atreve a formular e a jogar no âmbito de um espaço público onde detém o controlo e o resgaste, a tesoura e o sabre... Ainda me lembro de o ler, no blogue Cinco Dias, a pedir para que o deixassem só, ou sobretudo, exprimir-se na " janela " dos comentários despoletando, como quem não quer a coisa, a " questão " do estatuto democrático da sua prestação num colectivo de que era membro. Bons tempos! Eu tentei comentar o seu texto-de anteontem- que estava há cerca de 24 Horas sem réplica de espécie alguma... E fi-lo com diplomacia e brandos modos. V. Excia- que age como o capitão-mor tirano e prepotente do Blogue - ampliou o raio de acção da sua réplica e tentou baratinar o incauto leitor. A que se junta uma carambolage inqualificável de protecção de um dos seus mais recentes aficionados. O sr. que sempre me rotulou, ou de anarquista, ou de libertário- que poucos dias apòs a abertura do Blogue me " julga " por desvios " bakouninistas " na praça pública, vem agora atirar-me para o regaço dos estalinistas.Que tragi-comédia! Discutimos a Comuna até por e-mail, se se recorda. E, como os tempos eram de implantar o pensamento de Castoriadis, não tivemos oportunidade de aprofundar tal via. Eu tenho continuado a fazer o meu trabalho de casa.E já dei com muitos textos sobre a Comuna, em livro." A Comuna chegou muito tarde. Teve todas as possibiidades de tomar o poder, a 4 de Setembro de 1871. E isso teria permitido ao proletariado de Paris de se colocar de um só golpe à cabeça dos trabalhadores de todo o país na sua luta contra todas as forças do passado, contra Bismarck assim como contra Thiers. Mas, o poder caiu nas mãos dos tagarelas democratas, os deputados de Paris. O proletariado pariseense não tinha nem um partido,nem chefes aos quais estivesse ligado por lutas anteriores. Os patriotas pequeno-burgueses, que se julgavam socialistas e procuravam o apoio dos operários, não tinham em verdade nenhuma confiança neles. Só conseguiram abalar a fé do proletariado nele-próprio, estavam continuamente à procura de advogados célebres, de jornalistas, de deputados, cuja única bagagem consistia, tão-só, numa dúzia de frases vagamente socializantes, com o fito de lhes cnfiar a direcção do movimento ", Trotski. Niet/Durruti
PS: Além do mais,os problemas de identidade com o controlo prévio dos textos e e-mails não têm sentido,só por má-fé os invoca. Eu adverti- meio a sério, meio a brincar- há meses que usava dois pseudónimos, se se recorda...
Teresa Salavisa,
muito obrigado pela sua atenção e desculpe o incómodo.
Atentamente
msp
Anónimo que assina Trotski, que assina Durruti, etc.
As suas razões não existem, pelo que não posso discuti-las. Quanto às expressões "capitão-mor" e outras que me aplica, bem como quanto às suas referências grosseiras (na caixa de comentários do meu outro post) aos meus "colaboradores", o único comentário que posso fazer é que você não concebe que haja um blogue, um grupo, um projecto comum, uma sociedade, seja o que for de humano e histórico que possa não se governar em termos de hierarquia, que não tenha chefe, nem guia, nem tribuno, que seja feito por iguais e entre iguais, por camaradas.
Passe de largo - que é o menos mau para si e para os outros
msp
A citação era de Trotski, claro. Existia ponto final.É só má-fé, deuses! Niet/ Durruti
Caros,
Sem ofensas, não vou procurar compreender o backgound, por mera falta de tempo e paciência.
Eu tinha esse disco espectacular e ainda hoje tenho saudades da versão do Temps des cerises por Mouloudji (e também de outra "ah je l'attends, je l'attends, je l'attends, l'attendrai-je encore longtemps...").
Que saudades. Isto existe em CD ?
So um pequeno reparo, a 4 de setembro de 1871, era mais do que tarde para a Comuna fazer o que quer que fosse. Penso que o Niet quer dizer 4 de setembro 1870...
Tout ça n'empêche pas Nicolas, qu'la Commune n'est pas morte...
Mas ainda assim, "on l'a tuée à coup de chasse-peau, à coup de mitrailleuse" porque, como se explica noutra cantiga, "Au mur ! criait le capitaine".
"... et le souveniiiir, que je garde au coeur".
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