Apesar de tudo, saiu a sorte grande ao Bloco. O homem do PCP não conseguirá colocar ainda mais a nu o passo em falso que foi o extemporâneo apoio ao candidato de Sócrates. Francisco Lopes, mais o seu discurso robótico e infectado por uma estranha deriva patrioteira, irá congregar o entusiasmo dos militantes fiéis e pronto. Imagine-se agora alguém menos parecido em tom e catadura com o imperador Palpatine, como Bernardino Soares, a aproveitar meses a fio de vergonha silenciosa do BE para corroer o eleitorado bloquista (isto para nem sonhar com Carvalho da Silva). Safaram-se de boa.
Por mim, era bem capaz de votar naqueles candidatos; agora em Alegre ou neste operário (tinha 19 anos quando passou a funcionário do partido) recém-chegado das catacumbas da Soeiro e terminalmente incapaz de acrescentar uma vírgula ou um sorriso que seja ao que já sabemos e esperamos do PCP... antes deglutir uma dúzia de batráquios.
26/08/10
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8 comentários:
Mas,Rainha, olha que o enunciado patriótico, que me lembre, sempre fez parte do discurso do PCP. Não há aqui novidade nem deriva nenhuma. Diga-se, aliás, a esse propósito, igualmente de Alegre, a quem o discurso patriótico nunca causou pruridos!!
Alegre é o candidato de Sócrates? Há na ala direita do PS quem o acuse de ser o candidato do BE. Não podem ter todos razão...
Ricardo,
Alegre é o candidato de um partido que tem por chefe, imagine... o Sócrates. O resto é conversa.
Justiniano,
Nunca tinha ouvido ninguém do PCP proferir tanta vez, em tão pouco tempo, o adjectivo "patriótico".
Não sei bem, Luis. De há já algum tempo para cá, a "independência nacional", o "nosso país", os temas soberanistas, etc. têm-se acentuado. Já há tempos eu tinha chamado aqui a atenção para isso - ao mesmo tempo que para o carácter suprapartidário da insistência na retórica nacionalista ou "patriótica" ( http://viasfacto.blogspot.com/search?q=frente+nacionalista ). E o Zé Neves também previu o que se está a passar ( http://viasfacto.blogspot.com/2010/04/carlos-carvalhas.html ).
Mas, claro, não é uma objecção de fundo - apenas uma precisão de quem entende que fazes bem em sublinhar a coisa.
Abraço
miguel sp
Rainha, os temas nosso povo e nossa pátria foram constantes com Cunhal e Carvalhas!!! É um elemento discursivo típico do PCP!!!
Justiniano,
Não posso responder como deve ser, pois tenho um acesso à net manhoso. Mas sempre te digo que é diferente falar do nosso povo ou do nosso paíe e proclamar que a nossa candidatura é um imperativo patriótico. Destes imperativos já nos fartámos há muitos anos; não preciso que me salvem e não reconheço a este candidato qualidades para sequer perceber como é que isso se faria.
Ricardo Alves tem razão. É que enquanto uns repetem até à exaustão que Alegre é o candidato de um partido que tem por chefe Sócrates, outros fazem igual, repetindo que alegre é candidato de um partido que tem como chefe Louçã (isto para além de ter abandonado a companhia na mata e ter passado informações aos turras, claro).
Não podem mesmo ter todos razão
Rainha, então a/o expressão/conceito "imperativo patriótico"!! Essa é mesmo habitual do PCP!! A nossa candidatura é um imp. patriótico, a EDP é um imperativo patriótico, a GALP, a PT, a Agricultura, as pescas, a indústria....- Este discurso não te é familiar!!??
Não me interpretes mal!! Nunca me passaria pela ideia nele votar, por muitas mais razões!! Apenas te dizia que não há, ali, nenhuma deriva patriótica, ou pelo menos novidade nesse ponto!! (Ou seja, se fosse o C. da Silva também essa candidatura seria um imperativo patriótico....e olha que o C. da Silva também é habitualmente dado aos imperativos patrióticos discursivos, do nosso Povo e da nossa pátria. Ao que, diga-se, nada tenho a opor senão o facto de preferir outros imperativos patrióticos.)
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