Em 2002, foi atribuído a Oswaldo Payá, um opositor que pretendia uma revisão constitucional pacífica. Em 2005, calhou às “Senhoras de Branco”, familiares de presos políticos. Este ano, o escolhido para receber o “Prémio Sakharov” (atribuído pelo Parlamento Europeu) foi Guillermo Fariñas, dissidente cubano famoso pelas greves da fome com que costuma pontuar as suas indignações face à tirania castrista. Era tempo de Cuba passar a coleccionar outro género de prémios e condecorações.
(publicado também aqui)
21/10/10
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5 comentários:
O nome do prémio tem muito a dizer sobre a sua finalidade.
De resto, não é Cuba que colecciona esses prémios. Ou os EUA receberam o Nobel da Paz quando os seus dissidentes Kissinger e Obama foram galardoados?
Eu também tenho um projecto político que é impossível de realizar no quadro constitucional português. Vou fazer uma greve de fome a ver se denunciam internacionalmente a democracia portuguesa e me dão um prémio de dissidente do ano. Compreendo que Cuba padece de males democráticos, mas semelhantes "prémios" mais não servem para enaltecer, por contraste, um modelo de sociedade actualmente falido. É um verdadeiro prémio de consolação: baixamos as calças à banca, mas pelo menos somos uma democracia.
Só mais uma coisa, um tal de Armando Valladares chegou a receber esse prémio?
PRÉMIO SALAZAR PARA KIM JONG-HUN
Aqui: http://bit.ly/bIZm5M
Apesar de não modificar em nada a natureza do regime norte-coreano, essa notícia sobre o treinador em trabalhos forçados já foi desmentida.
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