Notícia necrológica de Jorge Semprún, assinada por Javier Rodríguez Marcos e publicada em El País. O mesmo jornal publica também uma importante entrevista com aquele que, ao despedir-se antecipadamente da viva claridade (Adieu vive clarté, 1998) para melhor lhe ser fiel até ao fim, escrevia que, apesar de tudo e contra tudo, continuaria a ser para sempre, continuaria para sempre a ter sido, "um vermelho espanhol".
Jorge Semprún ha muerto en París este martes, según han informado fuentes próximas a la familia. Tenía 87 años. Con él se pierde para siempre parte de los recuerdos del preso número 44.904, su matrícula en Buchenwald, el campo de concentración alemán en el que vivió deportado entre los 20 y los 22 años. Semprún construyó su obra literaria con los fragmentos de su propia memoria y en ella queda, pues, el recuerdo de los hechos y de los sentimientos de una vida marcada a fuego por todas las barbaries modernas.
Con él, sin embargo, desaparece un recuerdo que no cabe en los libros: el del olor a carne quemada. Lo dijo él mismo en 2000, en una entrevista. Lo que más le preocupaba del porvenir era esa precisa memoria: "Están desapareciendo los testigos del exterminio. Bueno, cada generación tiene un crepúsculo de esas características. Los testigos desaparecen. Pero ahora me está tocando vivirlo a mí. Aún hay más viejos que yo que han pasado por la experiencia de los campos. Pero no todos son escritores, claro. En el crepúsculo la memoria se hace más tensa, pero también está más sujeta a las deformaciones. Luego hay algo... ¿Sabe usted qué es lo más importante de haber pasado por un campo? ¿Sabe usted qué es exactamente? ¿Sabe usted que eso, que es lo más importante y lo más terrible, es lo único que no se puede explicar? El olor a carne quemada. ¿Qué haces con el recuerdo del olor a carne quemada? Para esas circunstancias está, precisamente, la literatura. ¿Pero cómo hablas de eso? ¿Comparas? ¿La obscenidad de la comparación? ¿Dices, por ejemplo, que huele como a pollo quemado? ¿O intentas una reconstrucción minuciosa de las circunstancias generales del recuerdo, dando vueltas en torno al olor, vueltas y más vueltas, sin encararlo? Yo tengo dentro de mi cabeza, vivo, el olor más importante de un campo de concentración. Y no puedo explicarlo. Y ese olor se va a ir conmigo como ya se ha ido con otros". Hoy esas palabras son más ciertas que nunca.
10 comentários:
os ícones de revoluções burguesas e de literaturas de élites muito reduzidas apagam-se e morrem
ou suicidam-se como o Primo Levi
e isso de voz única
houve tantas com o mesmo estilo
antes e depois dele
quanto às convicções semi-fossilizadas
é normal
ao menos o Primo Levi suicidou-se quando viu que as suas conferências e os seus livros já nada diziam à juventude italiana
ou a qualquer outra
não há obras nem autores intemporais
excepto o Seis pires e o gajo que escreveu a bíblia
o corão tamém anda na moda
Surata 66? Temos prescrito a cada povo ritos que devem ser observados.
Que não os refutem...
ou surata 104
Aqueles cujos esforços se desvaneceram na vida terrena, não obstante crerem haver praticado e divulgado o bem
forças do mal só os irmãos metralha
quem é este idiota?
Acho que é ele mesmo, Ana - só pode ser ele mesmo.
não é ele é outro por ele
seu MSP (Marxismo Solipsista Pantomineiro?
infelizmente é raro encontrar um idiota que o admita ser
7.000 milhões de idiotas pensam não o ser
tenho de Semprún a ideia de ser um odre inchado pela sua própria soberba
mais ou menos como dizem ser
António Lobo Antunes
mas desse nã posso dizer nada nunca tive a infelicidade de o conhecer
ao espanhol afrancesado
já nã posso dizer o mesmo
assinado um imbecil assumido
num oceano de imbecis
também não gosto de askenazis mas os sefarditas sã geralmente gente fixe
idiotas assumidos têm graus variados de aceitabilidade
bôces são uns animaizitos dibertidos
como de resto todos nóis
Miguel Serras Pereira disse...
Acho que é ele mesmo, Ana - só pode ser ele mesmo.
Obviamente que não ó Mensageiro Saci-Pererê
todos nós somos múltiplos na nossa unicidade
e mesmo sem o conforto do lítio
mudamos um pouquinho todos os dias
entram 2 quilos de água e carbono
saem 2 quilos de células mortas e CO2 com água em vários estados e alguns sais
somos idiotas diferentes em cada segundo que passa
obviamente há alguns idiotas que preferem pensar que têm uma idiotia relativamente estável
geralmente são funcionários ou profissionais ditos liberais que mamam na teta estatal
um homem que diz que a Pasionaria era de uma vulgaridade intelectual insuportável
ou que crisma um pobre homem cego pela sua ideologia
como uma esterqueira mental
até pode ser uma voz única
mas um vermelho espanhol então deve ser caracterizado pela soberba
néstlé pas?
ó
Militão Sokratismus Pequerruchinho
no fundo provavelmente Semprún y....
que disse que o Absalom, Abalom foi o seu livro de refúgio pregava aquilo que não praticava
devem ter visto nele uma alma gémea
ó pessoas que pensam que idiota é insulto
são os idiotas que gravam a história
que derrubam e erguem impérios
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