Os "socialistas" espanhóis, disputando a liderança do processo a outras aguerridas forças neoliberais, querem inscrever princípios de política monetária na Constituição. O paradoxo está em que se trata de impor ao nível político máximo da ordem institucional a prioridade da economia sobre a deliberação e a decisão políticas, em termos que significam a destituição constitucional da versão muito limitada e mistificada da soberania da vontade popular até ao momento consagrada.
Se os diversos mecanismos, ditos de "representação", asseguravam já na Constituição do Reino uma regulação da "soberania popular" de jure garantindo a impossibilidade do seu exercício de facto, faziam-no continuando a reconhecer à política o papel de dirigir e escolher as orientações colectivas. O que podia a todo o momento inspirar aos cidadãos comuns a ideia perigosa de que seria preferível outra economia e, a par desta, a democratização efectiva do exercício do poder político através da participação governante dos governados.
Agora, no entanto, é o que restava de controle dos cidadãos comuns sobre os seus representantes eleitos que é atacado - estes continuarão a poder ser formalmente eleitos, mas não poderão promover opções de governo que tolham o funcionamento da economia instituída ou desrespeitem os critérios da sua racionalidade. Continuarão a poder ser formalmente eleitos, até ao dia em que se achar mais económico substituir a representação por conselhos de administração de tipo novo, escolhidos pelo pseudo-mercado financeiro, economicamente mais racional, sem dúvida, do que a vontade ou aspirações dos cidadãos.
23/08/11
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4 comentários:
Pois, em tempo de férias eu trabalho desde 2002, pelo menos, nunca trabalhei na Grécia porque os gregos até quando trabalham noutros países, têm a desagradável ideia de termos de pagar luvas (vulgo bakchich, arame de passarinho, grana de chefe de fila, untar as mãos, etc)
para trabalhar para ou sob a sua duvidosa orientação...é só um bocadinho mais exagerado do que aqui com as cunhas, aqui funciona mais em prendas, automóveis, jantaradas pra pagar favores, robalos recheados de cheques...
Grego gosta de dinheiro vivo...geralmente em moeda forte, apesar de haver alguns (se bem me lembro que aceitavam xelins austríacos ou mesmo liras (italianas não turcas) nunca vi aceitarem drachmas da mão dos alemães regressados de férias, preferiam marcos mesmo...
falta de patriotismo né....
e fartam-se de falar mal dos políticos...acham que roubar nã faz mal...porque todo o político rouba
fazem-me lembrar os gregos da cova da piedade e do funcionalismo
felizmente nem todos somos gregos...
Avisa-se que o virgulismo e o paragrafismo não respeitam as normalizações estabelecidas no acordo orthographo de 1973?
quanto ao sovietismo, se os sovietes nem na união dita sovietica deram qualquer resultado
isso dos governados darem todos a sua opinião dura pouco tempo..
como dizia uma cabo-verdiana nós queixámo-nos e demos cabo do refeitório e Eles (os eles) arranjaram logo tudo...
é um bom sistema a democracia da turba multa (multas=0)
soviete é o mesmo que condomínio ou cooperativa
há sempre um cão que ladra mai alto
e põe mai ovos
e leva a cooperativa das ta vira's? à falênça mas consegue comprar uma vi
venda das raparigas
más ó menos comu aquela in Altura onde a dona levou um balázio nos cornos nus mês passados
falta de diálogo demo crata presume
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