A fórmula "interesse nacional" tem ocupado a linha da frente das palavras que nos governam. A expressão é de uso recorrente por quem subscreve as medidas de austeridade implementadas ao longo do último ano. Para estes, o "interesse nacional" é quem mais ordena. Em seu nome justificam-se medidas tidas como as menos desejáveis pela população que habita o território do país por cujo interesse se pretende zelar. O poder da fórmula "interesse nacional" é, porém, especialmente assinalável por fundamentar o próprio discurso de muitos dos actores políticos que têm combatido as medidas de austeridade.
o resto do meu artigo no jornal i pode ser lido aqui.
6 comentários:
Palavras que nos desiludem
A demagogia militante utiliza sempre frases similares
proteger os interesses de alguns
é o que faz a Intersindical
ou o Bloco ou o Partido Comunista
tornaram-se os partidos que defendem o funcionalismo instalado
e os que vivem das prebendas do estado
Defender aqueles que precisam?
Esses são indefensáveis e nem sequer votam...ou pagam cotas ao sindicato
são minorias muito minorcas e muito mudas
mas são tantas
um par de milhões...
curiosamente preferem apoiar o pessoal com problemas em dormir ou em fazer exercício para regular o excesso de calorias
são os partidos e os escribas
do status cu....
A maior parte da população realmente necessitada não paga SNS
nem tem 13º mês para cortar
A maioria da população necessitada
2 milhões de velhadas a 200 euros por mês
e 1 milhão de desempregados e pessoal nos biscates
e 2 milhões de trabalhadores com o salário mínimo
pouco são afectados com essas medidas
dá 5 milhões de pategos e 1 milhão de crias
excepto os poucos milhares
que vivem nos pontos com os melhores salários médios e mínimos do país....
Caro Zé Neves,
Fiz link.
Obrigado.
Abraço.
Apesar do inegável interesse do artigo escrito pelo José Neves ele fica muito aquém do que pode, ou deve, ser dito: não há «interesse nacional», mas «interesses de classe(s)».
Se obviamente este «interesse de classe» e a respectiva «consciência de classe, como se dizia no passado, não é fácil de reconhecer nas actuais classes subalternas - para lhes chamar alguma coisa...- nas classes dominantes a «consciência de classe» é bem explícita.
Ou seja,a luta de classes ainda existe, mas hoje quem está na ofensiva dessa guerra são as classes e grupos dominantes. E isso está á vista desarmada nesta Europa da crise até para os mais cegos!
Só que os complexos «pós-modernos» leva o José Neves e tantos figuras intelectuais da velha esquerda, tal como os militantes do PC,e do BE, a evitar hoje em dia usar tais conceitos «malditos» e não reconhecidos pelo discurso dominante. Mesmo que hoje, mais que nunca, fosse importante retomar a ideia de que «os debaixo e os de cima não têm interesses em comum».
Através de um post da Joana, no Brumas (http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2011/08/um-castelo-medieval.html), deparei com esta significativa ilustração que aqui deixo como adenda ao teu brilhante post:
Una antigua técnica defensiva para poner coto a un fenómeno global del siglo XXI. Como si fuera un castillo medieval cercado por hordas de bárbaros, Grecia acaba de completar el primer tramo (14,5 kilómetros) de un foso que blindará su frontera terrestre con Turquía, en la región de la Tracia, según ha informado el diario To Vima. Cuando esté terminado, medirá 120 kilómetros de largo -casi en paralelo al río Evros, que zigzaguea entre los dos países-, por 30 de anchura y siete de profundidad. El hoyo estará sembrado de alambradas, cámaras térmicas y sensores de movimiento.
El Gobierno de Atenas esgrime razones de estrategia nacional en una frontera tan sensible como la que le une a su enemigo histórico, pero la idea maduraba desde diciembre de 2009 con fines esencialmente antimigratorios. En un país de geografía variable, con miles de kilómetros de litoral y fronteras terrestres más que porosas, el 90% de los inmigrantes que entraron el año pasado en el país (128.000 en total, la cifra más alta de la Unión Europea), lo hicieron por la región donde se levanta el foso.
El trazado de la "trinchera anticarros" -es la denominación oficial- depende materialmente del Ministerio de Defensa, y, aunque no se ha hecho público su coste, supone un dispendio en tiempos de crisis como la que asfixia al Estado griego, con una deuda de 350.000 millones de euros y pendiente de un segundo rescate de la Unión Europea y el Fondo Monetario Internacional. El foso es también una solución pírrica, porque no parece que pueda atajar el flujo migratorio, en gran parte en manos de grupos organizados. (Cf. http://www.elpais.com/articulo/internacional/foso/medieval/ultima/frontera/Europa/elpepuint/20110804elpepuint_8/Tes )
Aquele abraço
miguel (sp)
o interesse nacional é que a nação não se desfaça para a poderem continuar a governar. e a "aparecerem" na cena internacional. coisinhas de cagança de governantes. nada tem a ver com as pessoas que continuamos a fazer as nossas vidinhas. a plantar , a transaformar , a trocar. e a ser chuladas pelos que andam preocupados com o interesse nacional: que é que vai ser deles?
suponho que o maior mito das sociedades cientificas é a cena da dívida. até parece que a terra vai deixar de dar batatas. e as macieiras maças. e que os carpinteiros vão desaparecer. e o vinho e o pãp e as azeitonas.
caguei prós vendilhões. a mim não me fazem falta.
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