25/11/11
Será que a greve o incomodou?...
por
Pedro Viana
Quando o rosto do Poder nos diz que o seu governo "respeita escrupulosamente o direito à greve", ficamos com a certeza que a greve (geral), a propósito da qual tal afirmação foi feita, pouco incomodou esse Poder. Parece óbvio, mas talvez valha a pena relembrar tendo em conta as afirmações destes senhores: o êxito duma greve não se mede em número de grevistas, mas sim até que ponto conseguiu impedir que sejam postas em prática as políticas que pretende contestar. Esperemos que as próximas movimentações sociais mereçam menos condescendência por parte do Poder. Será sinal da sua eficácia.
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3 comentários:
As greves "gerais" em Portugal, há muitos anos que são as greves dos transportes públicos.
A única coisa que mexe em Portugal, os transportes.
O resto já está tudo oarado há muitos anos.
As greves são coisa do passado. Marchas na Avenida, cartazes, palavras de ordem e canções de intervenção já deram o que tinham a dar. O Poder sorri condescendente.
Nada de combate de massas. Hoje lidamos com máfias e é com as armas delas que tem de ser travada a batalha. A luta terá de ser mais pessoal e mais letal. Os mafiosos têm de ser interpelados um a um e sem um corpo de intervenção a servir de muralha. Têm de ser procurados em casa, na barbearia, no escritório, no café ou nos greens. E que se faça justiça.
As manifestações populares, greves ou o que for, marcam o limite do seu empobrecimento.
Os ricos enriquecem aumentando a desigualdade, ou seja, empobrecendo os povos; e fazem isso enquanto estes forem consentindo.
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