«O líder da Intersindical demarcou-se também dos incidentes nos acessos à ponte 25 de Abril, onde um grupo de aproximadamente 200 manifestantes tentou cortar a estrada.“A CGTP é estranha a esse tipo de incidentes”, afirmou».
Retirado daqui.
Seria interessante que Arménio Carlos e a CGTP comparecessem hoje às 10h no Campus da Justiça, no Parque das Nações, em solidariedade com os mais de 200 manifestantes que foram ontem cercados e identificados pela polícia por cometerem esse terrível crime de se manifestarem na rua. Quase tão grave como a actuação da polícia é a complacência de certa "esquerda" que gosta de cultivar solidariedade com as cúpulas de regimes ditatoriais e ainda mais opressores que qualquer opressora polícia ocidental (Cuba, ex-URSS, Síria, etc.) mas que se está completamente a marimbar para os trabalhadores reais que, no dia-a-dia, sofrem os efeitos da exploração e da opressão.
Quem é que ainda acha que é possível realizar alianças e acordos com esta gente? Que aliança de esquerda é possível com gente que se diz de esquerda e defensora dos trabalhadores mas que, na realidade, compactua com a criminalização dos protestos?
Solidariedade para com os 226 manifestantes que hoje irão comparecer em tribunal!
28/06/13
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10 comentários:
Essa cabeça, JVA, continua incapaz de produzir algo que me convença: é de uma pobreza franciscana... Aposto dobrado contra singelo em como o JVA que não é burocrata vai manifestar a solidariedade revolucionária que lhe é conhecida.
João Pedro
Bom post
Inteiramente de acordo.
Por alguma razão lhes chamaram social-fascistas.
Caríssimo,
mais claro não poderia ficar que a direcção da CGTP tem de mostrar que poderá ser, num eventual governo patriótico e de esquerda em que o seu motor participe, uma correia de transmissão de confiança - ou seja, um instrumento que, em sendo caso disso, se porá ao serviço de um governo pelo menos tão capaz como o actual de chefiar, representar e dirigir a "massa" dos governados.
Abraço
msp
Claro que só posso estar 100% de acordo com o JVA, sem reservas nem ressalvas. E outro tanto direi relativamente à adenda do MSP.
abraço
nelson anjos
João (comentador),
é verdade que, após o 25 de Abril de 1974, o termo "social-facista" conheceu uma grande voga e uma utilização reiterada por parte de organizações m-l e do MRPP, que assim entendiam demarcar-se do PCP. Acontece que esses mesmos grupos se reclamavam de experiências tão "democráticas" de "construção do socialismo" como as ilustradas pelos regimes maoísta e albanês, regimes que, de resto, incluíam Estaline no seu santo dos santos. E fora, com efeito, o estalinismo a forjar os termos "social-fascistas" e "social-fascismo" para, nos anos que antecederam imeditamente a tomada do poder pelos nazis na Alemanha, denunciar a social-democracia e o SPD, apresentando-os como inimigos principais, mais perigosos do que o fascismo, e constituindo a sua ala mais avançada. Tudo isto faz com que o termo "social-fascismo" seja absolutamente inutilizável por quem se reclame de uma concepção libertária do socialismo como democracia directa, e, nessa perspectiva, se oponha ao "estalinismo", que é património comum dos grupos m-l e do PCP e das suas formas de organização e "direcção revolucionária".
Saudações democráticas
msp
Ora viva, camarada Nelson!
Ainda bem que apareces, que bem tens feito por aqui falta à causa da "cidadania governante". Volta mais vezes, sempre que possas.
Abraço grande
msp
Ten toda a razão esse Lénine ou Kropotkine dos dias hoje de seu nome João Valente de Aguiar: Arménio Carlos cometeu o horrível e imperdoável crime de declarar a verdade, ou seja que «a CGTP é estranha a esse tipo de incidentes» (e mais não disse), incidentes, acrescento eu, que em dia de greve geral abriram os telejornais da noite, ora pois.
Façamos o exercício inverso. Imaginemos que a polícia reprimia a manifestação da CGTP e que outros manifestantes afirmariam o mesmo que Arménio Carlos.
Pois...
Acabo de ler um post da Paula Cabeçadas, que, além de descrever com muita clareza a acção da polícia, conclui com a seguinte observação, que é uma resposta definitiva aos comentários assinados nesta caixa por João Pedro e por André Sarmento. Aqui fica:
"Tal como para o PCP, para a CGTP manifestações e acontecimentos de que não sejam o líder são "contrários" aos interesses dos trabalhadores. Para a CGTP, o direito de manifestação em dia de Greve Geral é só dela. Lamentável!" (cf. http://suitedeideias.blogspot.pt/2013/06/cronica-de-um-sequestro-nao-anunciado.html)
msp
Paula Cabeçadas e outros atribuem à CGTP e ao PCP o que não disseram.Não é sério, não é honesto e não é decente.
Jamais alguém pretendeu impedir outras manifestações que não as da CGTP num dia de greve geral. Os que as querem fazer só tem de assumir a sua responsabilidade e comunicá-las e ao seu trajecto às autoridades.
Se, como é seu direito, têm objectivos próprios assumam-nos, dêem a cara por eles, mobilizem autonomamente para eles e não tenham a pretensão de arrastar atrás de si a CGTP, julgando-se «vanguarda» da greve geral.
Está visto que o aproveitamento mediático das pedradas e da carga opolicial na AR não ensinaram nada
A CERTAS PESSOAS.
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