«Neste artigo em seis partes pretendo discutir a tensão entre um vector emancipatório, anticapitalista e internacionalista e um vector nacionalista e estatista nas obras políticas de Marx. Ao contrário da esmagadora maioria da esquerda, que tende a santificar as suas figuras, por mais geniais que tenham sido, o objectivo deste artigo será dar conta de alguns aspectos do nascimento e desenvolvimento do nacionalismo à esquerda. Apresentar-se-ão algumas pistas visando a relação entre o desenvolvimento de vectores antagónicos na obra teórica marxiana e de como estes traduzem conexões com aspectos relacionados com a evolução das lutas sociais no século XIX.
Assim sendo, na primeira parte deste artigo procurarei discutir uma definição minimalista mas abrangente do conceito de nacionalismo. Após essa introdução, na segunda parte, analiso a tensão entre o grito de revolta internacionalista e a solução política nacional que Marx e Engels prescreveram para a mobilização da classe trabalhadora no Manifesto Comunista. Na terceira parte, contextualizo o Manifesto no quadro da sua época, debatendo algumas das suas omissões políticas estratégicas. De seguida, na quarta parte, abordo resumidamente as contradições entre o estatismo e o controlo político do proletariado na Comuna de Paris, conforme Marx o concebeu à época. Por último, nas duas partes finais, o artigo centra-se na análise da formação de duas esquerdas dos gestores. Ali procura-se debater a tensão entre os contributos teóricos de Marx para a compreensão do capitalismo e os seus contributos para a construção de uma plataforma política e organizativa de gestores.»
«Se o internacionalismo veicula o princípio da dissolvência das fronteiras, do Estado e da exploração, "o modo nacional do poder valoriza forçosamente uma outra concepção. Porque quer mobilizar o todo nacional, o modo nacional valoriza o poder representante, particular, territorializado e centralizado que é o do estado nacional, sendo através deste que ele pretende constituir-se parte do mundo" (Neves 2008: 398).Por outras palavras, o nacionalismo desenha uma unificação entre trabalhadores e capitalistas do mesmo país, ao mesmo tempo que recorta em pedaços nacionais a transversalidade global da condição proletária/assalariada. Separam-se assim trabalhadores na mesma exacta medida em que se unificam ideologicamente membros de classes sociais antagónicas. No dizer de um especialista, o nacionalismo é um "processo que cria um universal sobre a dualidade social" (Trindade 2008: 44)».
O resto da primeira parte (de seis) do meu artigo sobre a tensão entre o internacionalismo e o nacionalismo na obra do Marx pode ser lido aqui no Passa Palavra.
5 comentários:
-> Qualquer pessoa que fale no (legítimo) Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones… é logo… acusada pelos Media (nota: São controlados pela alta finança – capital global) de ser racista, etc.
-> Os nazis que procuram pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones… contrariamente… recebem 'palmadinhas nas costas' pelos Media.
-> Mais, igrejas cristãs são incendiadas por pessoal que anda numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios… e os Media… népia!...
etc.
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Mais, qualquer pessoa que não ande a 'dormir' sabe muito bem qual é o objectivo da superclasse (alta finança – capital global):
- UMA NOVA ORDEM A SEGUIR AO CAOS: UMA ORDEM MERCENÁRIA.
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-> Um caos organizado por alguns - a superclasse pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse {nota: a superclasse não só pretende conduzir os países à implosão da sua Identidade (dividir/dissolver identidades para reinar)... como também... pretende conduzir os países à implosão económica/financeira}:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse: emissão de dívida e mais dívida, implosão da identidade autóctone, etc...}
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P.S.
-> Nazismo não é o ser 'alto e louro'... quando a esquerda universalista aparece com o seu ar de pseudosuperioridade moral, a resposta dos separatistas-50-50 é/será óbvia: nazis são, ISSO SIM, todos aqueles que andam por aí numa busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
-> Mais, os separatistas-50-50 não só não têm um discurso de negação do Direito à sobrevivência de outros... como também, não são anti-imigração -> os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade!... Leia-se: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
NOTA: antes que seja tarde demais, há que mobilizar aqueles nativos europeus que possuem disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!
[uma obs: se os autóctones europeus não estiverem dotados duma Coligação Defensiva (do tipo NATO)… os nazis made-in-USA aplicarão aos autóctones europeus o mesmo 'tratamento' que foi aplicado aos autóctones norte-americanos]
[obs 2: armas convencionais não irá ser suficiente… serão necessárias armas de alta tecnologia… leia-se: a Rússia será um aliado estratégico da máxima importância]
[obs 3: a Coligação Defensiva (do tipo NATO)… não será uma coligação europeia… leia-se, deverá ser uma Coligação de Identidades Autóctones (europeias e não só) que estão em risco de sobrevivência face ao comportamento dos 'globalization-lovers' nazis (procuram pretextos para negar o direito à sobrevivência de outros); um exemplo: a Identidade Portuguesa está em risco de sobrevivência]
Exactamente, o nacionalismo, e näo o patriotismo, é o que faz os pobres de um país matarem os pobres de outro país para benefício dos ricos dos dois países.
Patriotismo é amar o próprio país.
Nacionalismo é odiar o país alheio.
Querem exemplo prático?
Os partizans jugoslavos eram patriotas.
Os chetniks e ustashas eram nacionalistas.
Sou patriota, muito obrigado, e desprezo qualquer nacionalista!
"Patriotismo é amar o próprio país"
CORRECTO.
"Nacionalismo é odiar o país alheio."
Nacionalismo é odiar aqueles que fazem mal ao próprio pais, quer os traidores internos quer os invasores externos.
O Globalismo é que está a matar os povos, não é o nacionalismo.
No globalismo só vai haver lugar para os gigantes das multinacionais, e para os donos do dinheiro. Os povos e a suas culturas e tradições, bem como a economia local e regional estão a morrer e vão desaparecer para sempre.
E passaremos ao mundo Orweliano que muitos já previam.
A Revolta Nacionalista é a única forma de combate digno.
Maquiavel,
escrevi o seguinte: «o nacionalismo desenha uma unificação entre trabalhadores e capitalistas do mesmo país, ao mesmo tempo que recorta em pedaços nacionais a transversalidade global da condição proletária/assalariada». Este é o seu patriotismo: agregar pequenos e médios patrões com trabalhadores de um mesmo país; dividir trabalhadores de diferentes países. Daqui pode surgir toda e qualquer forma mais belicista e violenta do nacionalismo. O belicismo é uma consequência do que você chama de patriotismo mas que, na realidade, é o elemento de base de todo e qualquer nacionalismo. O belicismo amplifica o núcleo do nacionalismo, não o apaga, ao contrário do que você quer fazer crer.
"Patriotismo é amar o próprio país"
Das duas umas, ou esse amor ao próprio país é acompanhado por amor aos outros países (e aí não significa grande coisa - b qual é a relevância de se "amar" Portugal quando também se "ama" a Jamaica? E qual é a diferença prática entre esse "patriotismo" e o não-patriotismo?), ou então significa "amar o próprio país mais que aos outros países", e nesse caso não é assim tão diferente de "odiar o pais alheio" (aliás, duvido que algum auto-proclamado "nacionalista" se veja como "odiando o país alheio" - quando os nacionalista da nação A atacam a nação B, é sempre por causa de algum "mal" - real ou imaginário - que a nação B fez à nação A; ou seja, a defesa da nação A é sempre o ponto fundamental).
Afinal, quer a pessoa que odeia os outros países, quer a que ama mais o seu país que aos outros, seguem o critério "em caso de diferendo entre o meu país e outro, tomar o partido do meu" - na prática as duas atitudes dão no mesmo,
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