Em vários países fala-se (ou já existe mesmo essa possibilidade) em confiscar os passaportes a pessoas que se suspeita poderem ir alistar-se nas fileiras do "Estado Islâmico" ou organizações similares.
Ou seja, está-se a discutir a possibilidade de proibir inocentes de sair do país; "inocentes" porque a questão só se põe para pessoas que ainda não tenham cometido nenhum crime provado em tribunal (porque esses em principio estarão presos, logo não iriam sair do país de qualquer maneira); e "sair do país" porque é para isso que serve um passaporte (bem, eu suspeito que em rigor o passaporte não é necessário para saír de um país, mas para entrar noutro país, mas se alguém não pode entrar noutro país, também dificilmente pode saír do seu) - eu pertenço à última geração da "Guerra Fria" e ainda sou do tempo em que os países ocidentais criticavam os "de Leste" por não deixarem os seus cidadãos sair...
E, mesmo deixando de lado as questões de liberdade civís, do ponto de vista puramente prático será assim tão necessário impedir os candidatos a jihadistas de vijarem para o "Levante"? Pondo a coisa de outra maneira - pelos vistos há vários portugueses que se converteram ao islamismo e estão cheios de vontade de decapitar "infiéis" e "hereges"; virá algum mal ao mundo (ou pelo menos a Portugal...) que eles estejam em Raqqa, Síria em vez de em Mem Martins, Portugal?
23/09/14
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1 comentários:
Sou completamente contra esse ataque às liberdades civis, mas imagino que o receio que o tenta justificar seja que as pessoas em causa voltem depois de ter contactado directamente com essas organizações militantes (ISIS, etc) no terreno e possam depois agir nos países de origem de forma algo coordenada. Pelo menos foi esse o receio que imaginei como motivando esta política.
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