16/12/14
Requisição civil na TAP?
por
Miguel Madeira
Consta que o governo está a ponderar declarar a requisição civil na TAP; mas pensemos um pouco nas implicações lógicas disso: a requisição civil só poderia ser justificada argumentado que é de importância vital para o país que a TAP esteja em funcionamento (e note-se que o que está em causa é uma greve apenas da TAP, não do sector da aviação comercial no seu conjunto) - mas se a TAP é uma empresa assim tão vital e estratégica, isso não será um argumento decisivo contra a sua privatização?
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3 comentários:
Claramente que ser vital e estratégico ja deixou há muito de ser argumento para não privatizar.
E os supermercados e mercearias? DEveriam ser nacionalizados?
Josand, repare na minha referência "e note-se que o que está em causa é uma greve apenas da TAP, não do sector da aviação comercial no seu conjunto" - mesmo que o sector da distribuição seja vital e estratégico no seu conjunto, isso não quer dizer que cada uma das suas empresas seja vital e estratégica (a questão aqui é uma - e aqui uso "uma" como numeral, não como artigo indefinido - empresa dominar uma atividade considerada bastante importante, o que dará um poder disproporcionado a quem a possuir).
Claro que se pode argumentar que, individualmente, a TAP não domina nada - o que mais à para aí são empresas de aviação, e quem não tiver voo na TAP pode voar noutra (mais vital e estratégica seria a ANA, por exemplo), mas assim evapora-se o argumento pela requisição civil (e se a resposta for "há determinadas linhas, com importância social, que só a TAP assegura" voltamos à conclusão que, numa atividade específica considerada importante, a TAP será dominante).
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