O SPD obteve o seu pior resultado de sempre em eleições legislativas. Mesmo tendo recorrido a Martim Schulz, que aparentava representar a ala esquerda do partido, o resultado foi a perda de 20% dos votos. Os partidos socialistas prosseguem a via-sacra para a irrelevância, com excepção do PS português, revigorado pela geringonça.
A senhora Merkell vence pela quarta vez as eleições, com um dos piores resultados do seu partido. Os alemães assistem à ascensão da extrema-direita, com simpatias nazis indisfarçadas. Extrema-direita que beneficiou da contestação da politica de apoio aos refugiados, contestação simpática aos olhos de muitos alemães. Recorde-se que a Alemanha é, apesar de tudo, um país em que a desigualdade cresceu e no qual ocorreu uma perda efectiva do poder de compra de vários sectores. Um campo propício para a expansão do discurso e do pensamento xenófobos. A esquerda, à esquerda do SPD, continua longe de poder influenciar a politica alemã.
A queda do SPD é a queda de um partido que optou pela sua própria inutilidade, colando-se à politica da senhora Merkel e abdicando dos seus princípios políticos. Resta-lhe ir para a oposição e construir a partir daí uma alternativa, ou continuar a caminhar para o desaparecimento. O problema do SPD é que escolha quem escolher para líder, o partido não faz mais do que defender no essencial as mesmas politicas que a direita de Merkell. Naturalmente entre o original (Merkell) e a cópia (Schulz) os alemães optam pelo original.
25/09/17
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
creio k Shultz não foi mais valia,
pelo contrário...sem carisma, sem capacidade de liderança. sem ideias sem projetos
apenas beneficiou da simpatia que todos os presidentes de assembleias têm....se não forem brutos, agressivos ríspidos no cargo
aliás, era isso k se dizia dele....muito simpático, mas...........
O meio fracasso eleitoral de Merkel , e da direita democrática alemä, pode permitir
que avance a propalada descolagem da Alemanha do sensaboräo e inoperativo modelo integrado actual da U.E.? Merkel fartou-se na noite televisiva eleitoral de mandar mensagens para que o SPD reconsidere na sua recusa em formar de novo governo. Martin Schultz nesse mesmo programa da ARD- Anne Will teve a coragem de revelar conversas telefónicas sobre a vontade de cisäo. Ontem Merkel via Imprensa re-ensaiou a tese que tem que " ouvir " o SPD. Os liberais do FDP näo säo flores que se cheirem e os Verdes querem poder e...fantasias muito pouco heterodoxas. O SPD como o PSF, o PSOE, os " irmäos " gregos e italianos atingiram o grau zero do cretinismo e inoperância.De tal forma é grave a situacao no contexto europeu, que contrariamente à tese da retirada do espaco governamental cara a Schültz, talvez fosse melhor negociarem com Merkel um novo projecto de coligacäo para salvarem o que resta do partido e obviar, num compasso de espera masoquista,a que se prefigure um novo figurino para a governance da Europa a várias velocidades... Niet
Enviar um comentário