26/09/15
Fuga de capitais na Grécia.
por
José Guinote
É hoje notícia que, pela primeira vez em quase um ano, os depósitos nos bancos gregos aumentaram. Isto depois de terem "desaparecido" 43 mil milhões de euros o que, trocando por miúdos, corresponde a metade do valor do resgate negociado por Tsipras. Ter permitido esta colossal fuga de capitais, é disso que se tratou, terá sido um dos erros crassos do Governo do Syriza e dá, por certo, uma dimensão exacta da sua impreparação para lidar com a questão da governação, num contexto político hostil, para quem defendia políticas anti-austeritárias.
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2 comentários:
Será boa notícia?
Eu mantenho-me na minha opinião que, se a estratégia do governo grego for reestruturar a dívida mantendo-se no euro, o ideal é os gregos terem o mínimo de dinheiro possível nos bancos gregos.
Levando ao extremo - se em junho passado, quando o BCE fechou o financimento à banca grega, os gregos já tivessem todo o dinheiro no colchão, a estratégia do governo teria sido vitoriosa: o que é que as instituições europeias e o FMI lhes poderiam fazer (a arma que usaram - cortar a liquidez aos bancos - já não faria efeito).
Viva Miguel, não contexto a tua tese. Parece-me no entanto, que a fuga de capitais que se verificou ao longo de meses não estava ao serviço dessa estratégia. Antes pelo contrário, visou potenciar a pressão/chantagem que os "parceiros" exerceram sobre o Governo com os resultados que se conhecem.
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