26/09/15

Fuga de capitais na Grécia.

É hoje notícia que, pela primeira vez em quase um ano, os depósitos nos bancos gregos aumentaram. Isto depois de terem "desaparecido" 43 mil milhões de euros o que, trocando por miúdos, corresponde a metade do valor do resgate negociado por Tsipras.  Ter permitido esta colossal fuga de capitais, é disso que se tratou,  terá sido um dos erros crassos do Governo do Syriza e dá, por certo, uma dimensão exacta da sua impreparação para lidar com a questão da governação,  num contexto político hostil, para quem defendia políticas anti-austeritárias.

2 comentários:

Miguel Madeira disse...

Será boa notícia?

Eu mantenho-me na minha opinião que, se a estratégia do governo grego for reestruturar a dívida mantendo-se no euro, o ideal é os gregos terem o mínimo de dinheiro possível nos bancos gregos.

Levando ao extremo - se em junho passado, quando o BCE fechou o financimento à banca grega, os gregos já tivessem todo o dinheiro no colchão, a estratégia do governo teria sido vitoriosa: o que é que as instituições europeias e o FMI lhes poderiam fazer (a arma que usaram - cortar a liquidez aos bancos - já não faria efeito).

José Guinote disse...

Viva Miguel, não contexto a tua tese. Parece-me no entanto, que a fuga de capitais que se verificou ao longo de meses não estava ao serviço dessa estratégia. Antes pelo contrário, visou potenciar a pressão/chantagem que os "parceiros" exerceram sobre o Governo com os resultados que se conhecem.