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31/01/12

Ainda o Cavaco e não se fala mais nisso

A minha professora de História do antigo 4º ano (hoje, 8º) chamava-se Helena Balsa.
Mais tarde jornalista da RTP, desaparecida prematuramente em 2006, Helena chegou-nos como uma lufada de ar fresco. Depressa, porém, as luminárias rançosas que dominavam, então, o Liceu de Cascais (e o país, cela va de soi…) a classificariam como persona non grata.
Motivos? As suas ultra-hiper-justas calças à boca-de-sino e o recurso ao materialismo histórico como grelha pedagógica.

Conceitos como “infra” e “superestrutura”, com a infraestrutura a determinar em “última instância” a super, lançavam uma nova luz sobre, por exemplo, a crise de 1383/85 que deixava de se resumir a uma confusa novela recheada de casamentos e traições, na qual, to make a long story short, o Conde Andeiro e a Leonor Teles representavam os maus da fita.

Lembro-me muitas vezes dessas aulas. No outro dia, ao ver citado um excerto do livro de Álvaro Santos Pereira, O Medo do Insucesso Nacional, onde o actual ministro explicava o declínio da “indústria de produção de padres” (bracarense) pelos elevados “custos de produção de novos sacerdotes”, senti-me teletransportada a esses tempos – sombrios e, ao mesmo tempo, felizes, parafraseando Kertész em Sem Destino – nos quais a economia era a explicação de tudo, pelo menos em “última instância” (embora definir “última instância” fosse e, creio, continua a ser, o cargo dos trabalhos).

Ainda não refeita do retorno ao materialismo dialéctico via Álvaro, ouço Cavaco Silva ”indignar-se” publicamente. E eis que, irmanados, eu e a Presidência, pela crise, é Marx quem se desmorona de novo. Pois se até Cavaco Silva se queixa, o que fazer da “luta de classes” como motor da História?
Acho que a Esquerda devia reflectir sobre isto (de preferência, sem abdicar do c).

07/11/11

Ele há lendas e ele há narrativas, ele há poços e ele há fontes...

«Para esse Moiral, que conduzia ao longo dos séculos os seus rebanhos para as terras altas, não havia fim-de-semana, não havia férias, não havia feriados, não havia tão pouco pontes em nenhumas circunstâncias», lembrou o Presidente da República.

15/03/11

No tempo do ultramar é que havia hinos de jeito


Cavaco Silva dixit: Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar.
Descoberto aqui (com banda-sonora e tudo)

30/12/10

Não vi o debate entre o bardo e o montanheiro mas só queria dizer uma coisa

Esta campanha presidencial terá dado sono a muitos portugueses, eu incluída.
A coisa provou-se tão pobrezinha que, não fora os monárquicos terem a representá-los aquela figura patética e abigodada que dá pelo nome de Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança ("estou muito optimista porque finalmente os governantes decidiram tomar as medidas necessárias", disse recentemente Sua Alteza), a República teria corrido perigo e logo no centenário.
Ceci dit, apenas lamento não ter conhecido Maria Mendes Vieira, a segunda mulher do sogro de Cavaco e que este bufou à PIDE.
Não sei bem porquê, fiquei a simpatizar com a senhora. Talvez até votasse nela. Tal não sendo possível, estou com o Quincas Borba, "ao vencedor, as batatas".

25/12/10

As almas gémeas

"Por que o fundo da questão, a saber, será sempre perceber como é que a laboriosa providência indígena nos foi, uma vez mais, madraça & vassala. Explicar como, num único momento, decerto por um formidável e raro prodígio do éter universal, se encontraram essas duas almas gêmeas — o sr. Sócrates & o dr. Cavaco —, será sempre um fenômeno pouco luminoso, mesmo que passional seja."
LER O RESTO S.F.F. AQUI

21/11/10

Das diferenças entre Portugal e a Irlanda ou já vou dormir mais descansada

Cavaco Silva terá esclarecido muito bem a Obama que entre nós e a pátria de Joyce não existe comparação possível.
Portugal não tem qualquer crise no sistema bancário, não teve nenhuma bolha imobiliária e o nível de endividamento público está na média da União Europeia, resumiu o presidente português perante os jornalistas, no que foi um resumo dos seus esclarecimentos ao presidente americano.
Não sei se perante este quadro tão idílico, Obama se terá dado ao trabalho de perguntar então de quem é a culpa da crise mas eu teria. E se Cavaco me respondesse que era do capitalismo o Alegre ficava com um problema acrescido.

07/11/10

Reabertura de restaurantes chineses encerrados pela ASAE na agenda de Hu Jintao

Fontes bem informadas garantem-nos que foi por pouco que a visita do presidente chinês a Portugal não azedou logo no primeiro dia.
Na ementa do banquete do Palácio da Ajuda, por cortesia, constava uma sopa tipicamente chinesa.
A dada altura, Cavaco Silva, que é muito esquisito com a comida, disse em voz baixa para a Maria que a sopa de ninho de andorinhas lhe sabia ligeiramente a merda.
Um chinês ouviu, não gostou, e estava já a dívida pública a ir pelo cano quando o aparecimento providencial de Luís Amado conseguiu apaziguar os ânimos.
Amado, após explicar ao presidente português, e esposa, que aquele era o sabor normal da sopa (bastando pensar nos seus ingredientes e blábláblá...), prometeu interceder diplomaticamente junto da ASAE para que todos os restaurantes chineses fechados nos últimos anos voltassem a abrir as portas, incluindo os que se tinham, entretanto, convertido ao sushi take away que ficariam com direito de opção.
O incidente ficou por aí mas, já no final da noite, houve quem ouvisse Cavaco insistir com a Maria: Estou-te a dizer que a sopa sabia a merda...