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02/06/11

O que eu não perdoo a Sócrates e seus muchachos

O meu coração bate à esquerda desde pequenina. Resultado também, com certeza, de ter nascido numa terra de marítimos que, no dizer de Raul Brandão, (…) são generosos, imprevidentes e comunistas.
É por isso que não perdoo a Sócrates ter subvertido todas as boas ideias que, nascidas na esquerda, se viram transformadas em operações de marketing, esvaziadas de sentido e convertidas a mero negócio.
Igualdade na educação, novas oportunidades, energias alternativas, democratização tecnológica, parcerias público-privadas, avaliação de desempenhos… Acrescente-se-lhe o rol de negociatas, o trabalhar para as estatísticas, o roubo descarado (em alguns casos), o fanatismo, a intolerância, a ignorância, o modernismo para pacóvio ver (o que foi o acordo ortográfico se não uma forma de vender dicionários?), a demagogia a roçar o delírio, a promoção e enriquecimento ilícito de gente inclassificável, parasitas de um Estado que se deixa à beira da bancarrota mas com os bolsos (de alguns) bem recheados… é tudo isso que eu não perdoo a Sócrates.
E, sobretudo, não lhe perdoo que, com tudo isso, nos entregue de bandeja à direita.
Vá-se lixar senhor engenheiro!

25/03/11

A Queda de Um Anjo

Sócrates, atacado de amnésia retrógrada, interroga-se em Bruxelas como é que foi possível fazerem isto ao país.
Conta-se pelos corredores que, ao ouvir o pungente desabafo, a senhora Merkel, num momento raro de comoção maternal, limpou-lhe uma lágrima ao canto do olho e... deu-lhe mais um beijinho.

24/03/11

21/02/11

Mais um amigo de Sócrates em maus lençóis (AQUI)

E já agora convinha não esquecer.
Ou como dizia Woody Allen (Alvy Singer) no já longínquo Annie Hall (acerca dos políticos): You know the ethics those guys have. It's like a notch underneath child molester.

14/02/11

Basicamente acho que é isto: quem lhe comeu a carne que nos roa os ossos

Os egípcios encheram a Praça Tahrir até Mubarak partir para as termas. Os italianos, num processo de imitação a que Berlusconi chamou «subversivo», saíram para a rua este fim-de-semana. Em Portugal discutem-se “moções de censura”.
O BE avançou com uma, em nome, diz o partido de Louçã, da “violação de contrato, perda de palavra, da quebra de confiança” (tudo coisas um bocado antigas, digo eu, mas sem com isto pretender comparar-me com o QI da malta citada no post abaixo).
O Portas, eterno líder do CDS, emergiu logo para dizer que a moção de censura do BE pode ser um favor a Sócrates.
No PSD, enquanto Passos Coelho cavaquisticamente “não comenta”, alguns militantes do Partido, como, por exemplo, Marques Mendes, afirmam mais ou menos o mesmo do que Portas: a moção de censura é um frete monumental ao primeiro-ministro.
O PCP, como habitualmente, reflecte em segredo numa moção de censura que seja minha, minha e só minha.
Quanto ao próprio Sócrates, eterno líder do PS, diz que a moção de censura do BE só serve os interesses da direita, transmitindo mensagens erradas aos mercados (os mercados tornaram-se assim numa espécie de papão omnipresente e omnipotente, pior do que "o homem do saco" da minha infância ….).
Nenhuma novidade, portanto, no reino da fantochada. Ou apenas uma: depois do Simplex, dos painéis solares diurnos e nocturnos, dos moinhos de vento e do Magalhães, parece que finalmente vamos ser salvos pelos carros eléctricos e os árabes que metam o petróleo naquele sítio
A acreditar no Teixeira dos Santos — e como não acreditar? — é o delírio!

18/01/11

Estamos condenados ao kitsch [ou devia dizer antes piroseira prontos e deixar o kitsch para os especialistas?]

Reparem na boquinha. Reparem nas mãozinhas. Reparem na inclinação da cabecinha.
[Portantos estamos assim: isto no governo, e o que se sabe na presidência.
Morte aos feios, pois, como diria o Boris]
*e agora vou voltar para o meu interregno.
Imagem encontrada aqui

25/12/10

As almas gémeas

"Por que o fundo da questão, a saber, será sempre perceber como é que a laboriosa providência indígena nos foi, uma vez mais, madraça & vassala. Explicar como, num único momento, decerto por um formidável e raro prodígio do éter universal, se encontraram essas duas almas gêmeas — o sr. Sócrates & o dr. Cavaco —, será sempre um fenômeno pouco luminoso, mesmo que passional seja."
LER O RESTO S.F.F. AQUI

16/12/10

Não é Catarina Eufémia nem Teresa de Calcutá: é a Padeira de Aljubarrota que eles invocam [eles é o Câmara Corporativa]

Enquanto dormis o sono dos justos, nas calles madrilenas forjam-se ataques soezes ao berço do condestável e às probas carcaças do panteão. Mas lede, lede o João Magalhães; observai como o El Pais escarnece de mais um ditoso filho da pátria e enlameia Portugal:

O El Pais garante, em título, que “Sócrates aprovou em segredo os voos a partir de Guantanamo”. E escreve, no texto, que tal autorização seria feita “caso por caso en determinadas circunstancias”. (…) Se o El Pais quisesse fazer jornalismo – e não apenas atirar lama sobre Portugal (…) – era esta a história que contaria.

Não é Sócrates que se conspurca, leitores — não é o Governo, não é o PS, não é o Estado, não são as instituições: é o povo, é a raça, é a nação.

Ah, canalha de Aragões. Nada aprendestes com Aljubarrota.
Lido AQUI (no intervalo da canasta)

Oh no, not again: Amado diz que Sócrates está a ser alvo de um "ataque pessoalizado"

Há muito tempo que não ouvíamos falar de uma "campanha negra" contra o grande timoneiro.
Vão-se catar!

O senhor da direita, se a democracia fosse a sério, seria julgado por crimes de guerra, o outro por aldrabão compulsivo

"Nenhum membro deste Governo, nunca este Governo foi informado ou recebeu qualquer espécie de pedido de autorização para sobrevoo do nosso espaço aéreo, ou para aterragem na Base das Lajes, de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros. Nunca aconteceu neste Governo, nem temos no Ministério dos Negócios Estrangeiros registo que possa indiciar que essa consulta existiu no passado. Quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que o relatório recentemente divulgado não ajuda à verdade e é profundamente mistificador, porque rejeito e refuto, em absoluto, a acusação infundada que é dirigida ao nosso país de que Portugal ajudou, ou apoiou, alguma transferência de prisioneiros..." , José Sócrates na AR, Maio de 2008.

13/12/10

... e até os americanos comentam o inglês do sócrates [e quem os pode censurar]

Socrates is a telegenic and charismatic leader, who worked hard to improve his English in advance of the EU presidency.

Se bem se lembram, o hard work deu nisto [o que só prova que a embaixada norte-americana em lisboa, contrariando o habitual realismo dos states, deixou-se levar, ao menos neste caso, pelo wishful thinking]

16/11/10

A minha tia raquel e os estados de alma do ministro

A minha tia Raquel tinha achaques. No tempo quente não saía de casa, no tempo frio também não. Nas estações intermédias, que as havia, melhorava. Ainda assim, pelo menos uma vez por semana era certo e sabido que a iríamos encontrar, ora suspirando melancolicamente pelos cantos, ora guinchando esdruxulamente com a vizinhança. Os estados de alma da minha tia era incompreensíveis.
Podia agora continuar a falar-vos da minha tia Raquel, mas como ela própria me diria "não maces as pessoas e vem para dentro".
Já o Amado é outro assunto. Disse o próprio, a propósito das suas declarações ao Expresso este fim-de-semana, que aquelas não passaram de "desabafos sobre estados de alma".
Confesso que não li a entrevista. Contaram-me que a dada altura Amado apelava a um governo de salvação nacional ou coisa parecida. Vou deixar de lado o que eu acho sobre isto não ter salvação possível que ninguém me perguntou. Mas "os estados de alma" ficaram-me atravessados.
Ou seja, quer dizer, um simples diplomata não pode ter um achaque em privado mas já o ministro pode desabafar em público e não lhe acontece nada?! Nem sequer o convidam para o lugar do Sócrates?

13/11/10

Discurso de José Sócrates em Macau: primeiro-ministro fala em chinês durante uma visita ao Mercado e Centro de Comidas Iao Hon

"Eu conheço os mercados e centros de comida de todo o mundo. Sempre adorei mercados e centros de comida. Gosto da atmosfera dos mercados e dos centros de comida. Gosto de visitar mercados e centros de comida. Os mercados e os centros de comida para mim são e sempre foram uma inspiração para a aventura e como todos os portugueses sempre adorei a atmosfera dos mercados e dos centros de comida. Sempre adorei mercados e centros de comida. Gosto da atmosfera dos mercados e dos centros de comida. Gosto de visitar mercados e centros de comida. Sempre adorei mercados e centros de comida. Gosto da atmosfera dos mercados e dos centros de comida. Gosto de visitar mercados e centros de comida.
E, já agora, aproveito para acrescentar que também gosto muito de portos e de andar de metro, OBLIGADO!"

08/11/10

A merda das elites e porque o homem sempre me provocou urticária o Sócrates como arquétipo dos políticos farinha amparo [e estou a ser delicada]

Numa entrevista ao João Lisboa, o Caetano usou a expressão. “Merda das elites”. Pois merda das elites é o que para aí mais há. Tanta, tanta merda, que um dia destes mesmo com baixa mar vamos ficar atolados.
Vou dar um exemplo. Há umas semanas fui ouvir o Eduardo Lourenço. O senhor já passou a barreira dos 80 e era o melhor da sala. Humana e intelectualmente, nenhum dos presentes lhe chegava sequer aos calcanhares. Não acham assustador? Pois eu acho. E tanto mais assustador quanto o resultado deste vazio de ideias é a multiplicação de pinhos, linos e socretinos que nos rodeiam por todos os lados (à esquerda, à direita e ao centro).
Eu sou do tempo (e não sou assim tão antiga...) em que uma pessoa ouvia um político e, descontada a demagogia inerente à actividade, podia-se concordar ou discordar. Podia-se até ter vontade de o esganar. Hoje? Hoje perdeu-se o mínimo denominador comum. Como discutir com cavalgaduras que acreditam em painéis solares que funcionam com sol, céu nublado, chuva e até noite cerrada?!
O caso do Sócrates é, neste sentido, paradigmático. O homem não tem uma Ideia. Na realidade, nem sequer uma sombra de uma Ideia. Limita-se a adoptar a última novidade, trocando as casas de pato-bravo pelo kitsch envidraçado, os fatos da Maconde pela corte à House of Bijan.
O fitness é o que está a dar? Tirem-se muitas fotografias em calções para emoldurar nos jornais.
As alternativas é o que está a dar? Encha-se o país de moinhos de vento e o consumidor que pague a factura.
A informática é o que está a dar? Distribuam-se Magalhães e dividendos pela JP Sá Couto e o desenvolvimento do raciocínio das criancinhas que se dane.
A causa gay é o que está a dar? Entretenha-se o pagode com o casamento homossexual enquanto o Vara oferece robalos.
O digital é o que está a dar? Invente-se um Simplex e mantenham-se as moscas.
A China é o que está a dar? Lamba-se o cu aos chineses e que se lixe a hipoteca mais os direitos humanos.
Pragmático? Não, um imbecil robótico. E dada a velocidade da sua reprodução das ervas talvez o futuro lhe pertença. Em versão Xerox.
Fake por fake Que Viva Las Vegas!