Manuel António Pina, no JN:
(…) em Portugal, no Ano Europeu do Combate à Pobreza, o risco de pobreza, em vez de diminuir, aumentou de 18 para 23%, atingindo sobretudo os mais vulneráveis, crianças, jovens e velhos . E que, em contrapartida, os nossos ricos enriqueceram ainda mais, ocupando agora Portugal (onde os 20% mais ricos auferem rendimentos 6 vezes mais altos do que os 20% mais pobres) o 2º lugar no ignóbil pódio europeu da desigualdade, só ultrapassado pela Letónia e ex-aequo com a Roménia e a Bulgária.
Eram objectivos Ano Europeu do Combate à Pobreza, com que os governos europeus se comprometeram, o reconhecimento do direito a uma vida digna dos que vivem em pobreza e o "empenho politico e acções concretas para erradicar a pobreza". Em Portugal, tal "empenho" traduziu-se em políticas anti-crise assentes quase exclusivamente em cortes nos apoios sociais e no desmantelamento do modelo de Estado Social. Por imposição da mesma Europa...
(publicado também aqui)
01/01/11
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