Diz respeito à
edição dos três panfletos anti-semitas de L-F Céline, cuja publicação nunca foi
proibida, e continua hoje autorizada, o que ninguém põe em causa, mas à qual a
família do escritor (a viúva, hoje com 105 anos de idade) se opunha até muito recentemente,
tendo mudado de opinião.
Não tenho coisas muito
interessantes a dizer sobre a polémica em si, editorialo-comercialona, mas se
estiverem interessados em poupar umas horas, posso informar-vos que eu, que sou
admirador incondicional do escritor (apesar do filho-da-puta que foi enquanto
pessoa), li dois dos três panfletos há mais de vinte anos atrás e achei-os tão
insonsos e desprovidos de qualquer relevo que nem procurei ler o terceiro.
Portanto se querem um bom conselho, poupem o tempo que poderiam gastar com a polémica
e utilizem-no para ler ou para reler o Voyage
au bout de la nuit, Mort à crédit,
D’un château l’autre ou o magnífico Nord. Se não souberem francês, leiam a
impecável tradução de Morte a crédito
da grande Luíza Neto Jorge.
0 comentários:
Enviar um comentário