10/02/13

Zico e os comunistas: da sedução pelo capitalismo de Estado

«Qualquer que seja o cenário mais verosímil, temos apontado em sucessivos artigos os perigos de um capitalismo de Estado resultante do abandono da zona euro, que consideramos uma eventualidade possível, embora não sendo de imediato a mais provável. E existe uma única maneira de diminuir essa probabilidade, que é a de incansavelmente desvendarmos as suas implicações práticas. Tê-mo-lo feito e continuaremos a fazê-lo. E é precisamente disso que nos acusam aqueles que consideram a nossa posição exclusivamente negativa e desprovida de repercussões práticas. Estas são as pessoas para quem tudo o que é importante sucede no Estado. É uma deformação do pescoço, não olham para o que lhes está debaixo dos pés. E agora, vislumbrando no horizonte um capitalismo de Estado que os abranja a eles também, abanam a cauda de satisfação e chamam-nos desmancha prazeres.

Num artigo publicado no início de Dezembro do ano passado observámos que «mesmo para a maioria dos intelectuais de esquerda instruídos e cosmopolitas, o capitalismo de Estado, que eles podem desprezar em teoria, não é repulsivo na prática. Até os regimes políticos mais delirantes precisam de uma tecnocracia sensata, senão não se aguentariam nem uma semana. E assim, nos corredores dos ministérios e nos gabinetes ao lado, estes tecnocratas inteligentes e cépticos irão atenuando os efeitos piores das medidas mais nocivas, enquanto dizem ironias no intervalo». Acham que lhes vale mais um lugar secundário e obediente numa secretaria de Estado do que o inglório papel de blogueiros, e quem somos nós para dizer que não têm razão!»

O restante artigo do Passa Palavra pode ser encontrado aqui.

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