10/08/15
Nada que não se soubesse
por
José Guinote
Esta notícia não acrescenta nada de muito diferente ao que já se sabia. Ou melhor, acrescenta vinte mil milhões de euros aos valores apontados no ínicio de 2014. Nessa altura falava-se de oitenta mil milhões na diminuição dos custos de financiamento da economia alemã. Percebe-se a oposição alemã e do seu ministro das Finanças a soluções justas e solidárias no contexto da União Europeia. O que está em causa, além de tudo o resto que não é pouco , são as condições excepcionais de financiamento da economia alemã. Para que uns ganhem muito tem que haver aqueles que perdem muito. Para os mercados a desigual distribuição dos custos de financiamento é uma irrelevância desde que no final eles, pelo menos, não percam. Esta notícia tem a particularidade, não dispicienda, de ter como base uma instituição alemã.
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1 comentários:
Caro,
isto também não é propriamente novo, mas parece-me que se está a tornar mais explícito:
"Alemanha quer que os europeus sofram as perdas em vez do FMI caso a Grécia não pague.
Imprensa alemã explica porquê: o FMI só entra no terceiro resgate se houver reestruturação da dívida grega, mas o governo de Merkel quer afastar essa exigência. Para isso, quer salvaguardar o FMI de eventuais perdas, mas serão os europeus a pagar caso corra mal". ( http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-08-12-Alemanha-quer-que-os-europeus-sofram-as-perdas-em-vez-do-FMI-caso-a-Grecia-nao-pague- ).
Tudo indica que estamos perante uma declarada iniciativa por parte do governo alemão de “constitucionalizar” a formação de compromisso, impossível de manter por muito tempo, do actual regime de funcionamento da UE.
Abraço
miguel(sp)
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