Este post do Miguel Serras Pereira (e sobretudo o comentário do João Valente Aguiar) fez-me lembrar de uma questão - que enquanto nos blogues, artigos de opinião, etc. se discute, à esquerda, avidamente a questão europeia (e sobretudo a questão "sair ou ficar no euro?"), esse debate parece estar totalmente ausente do processo de recomposição política (com criação de novos partidos e realinhamentos dentro dos já existentes) que está a ocorrer na esquerda. Dois exemplos:
No Bloco de Esquerda, a maioria que o dirigia desde a fundação quebrou-se, mas entre as duas facções principais (ou mesmo entre as 5 facções todas) é díficil descortinar uma diferença de política europeia (na verdade, eu desconfio que uma das duas grandes facções é mais "eurocética" - ou pelo menos tem elementos mais "eurocéticos" - do que a outra, mas nada permite ver isso nas proclamações doutrinárias que são feitas).
Já o Livre/Tempo de Avançar parace-me uma fusão entre um núcleo original que era provavelmente o defensor mais entusiasta do "europeísmo de esquerda" em Portugal com o que até então era o sector mais abertamente eurocético do Bloco de Esquerda.
[Tanto o BE como o L/TdA parecem-me muito mais preocupados com o que fazer com um governo PS do que com o que fazer a respeito da UE e do euro]
Apenas o PCP e pequenos grupos como o MRPP ou o MAS parecem ter uma posição sobre o assunto (no sentido da saída, embora mais explicitamente no caso do MRPP e do MAS do que do PC).
31/07/15
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1 comentários:
As palavras da Catarina Martins na SIC pareceram-me claras: ou há mudanças a bem ou economicamente temos que sair rapidamente.
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