02/07/15

Proposta: Uma Conferência Europeia sobre as Dívidas Públicas

Da entrevista de Piketti ao Le Monde resultam um conjunto de boas ideias e bem explicadas. Uma das mais tentadoras é a realização de um Conferência Europeia sobre as Dívidas Públicas.Não apenas a Grega, mas também a Portuguesa, a Irlandesa, a Espanhola, a Italiana, etc. Objectivo? Repetir o que se passou em 1945, libertando todos estes países do fardo que representa o pagamento dessa dívida e permitindo às economias crescerem.
Mas, ao mesmo tempo a criação de uma Cãmara Europeia em que os países estivessem representados em função da sua população e que tivesse a responsabilidade de fazer a gestão da dívida europeia.
Interessante.

3 comentários:

Anónimo disse...

Talvez também importe sinalizar directamente o essencial da entrevista de Michel Rocard a La Tribune, referência La Tribune.fr/opinions-tribunes/michel-rocard-479945.html. " A Alemanha, a Austria, os Paises Baixos e,curiosamente, a Finlândia defendem violentamente o monetarismo. A Comissão Europeia reflecte essa tendência. Mas os primentos defensores dessa doutrina são os agentes financeiros, os banqueiros que, por todos os meios, quer em França quer noutro sitio qualquer, contribuem para a disseminar no espirito dos governantes"(...) Talvez demore ainda 5 ou 6 anos, mas os governos e a Comissão Europeia acabarão por pôr em causa o monetarismo ".(...) Já o presidente do BCE, Mário Draghi, converteu-se intelectualmente às teses de um Stiglitz ou de um Krugman, estou convencido. Trata-se de um pensamento de um grande rigor, mas perfeitamente keynesiano(..." "Evitar sobretudo o argumento do déficite para agravar a retirada do Estado do espaço macro-económico. Tudo isso, M. Draghi o pensa, mas não o pode dizer ".( ...) uma vez posto de lado o bloqueio do pensamento monetarista e com a saida do maior defensor da economia monetarista na Europa, a Inglaterra ", haverá condições, a médio prazo, para estabelecer" um governo económico da Europa ". N.

José Guinote disse...

Eu duvido a bom duvidar de que Draghi pense esse tipo de coisas. Draghi é um homem que frequentou com distinção a madrassa do neoconservadorismo, a Goldman Sachs, e que em Fevereiro de 2012, declarou numa entrevista ao Wall Street Journal, que "o contrato social na Europa está acabado. Como refere Noam Chomsky o que isto quer dizer é que eles, os Draghis, estão a acabar com ele, o tal contrato social. A Grécia exemplifica isso com toda a clareza.

Anónimo disse...

J. Guinote, Rocard é uma das velhas reliquias da classe politica europeia de primeira categoria. As suas opiniões têem um valor imenso.Isso está escrito num diário económico da praça de Paris, atenção !. Salut! N.