04/07/15

A forma como a opinião dominante descreve a situação na Grécia

Até há uns dias:
O governo grego armou-se em forte, dizendo que ia acabar com a austeridade, mas não conseguiu nada. Em pouco tempo, confrontados com a realidade, já estavam a propor medidas de austeridade das mais duras da Europa.

De há uns dias par cá:
Os parceiros da UE e do FMI estavam cheios de boa vontade para com o governo do Syriza e (mesmo correndo o risco de contrariar as suas opiniões públicas) aceitaram fazer muitas concessões à Grécia - até já estava mais ou menos apalavrada uma futura reestruturação da dívida. Mas o Tsipras rejeitou tudo.

1 comentários:

Anónimo disse...

O Tarik Ali,o editor da prestigiadissima revista New Left Review, disse numa entrevista anteontem que o Syriza não foi opfensivo na comunicação ao povo dos meandros da negociação longa e sinuosa com a Troika, preferindo ocultar dados essenciais e criando, evidentemente, umm refluxo de combatividade estrutural na defesa das suas posições. Vincou mesmo que Vafourakis remeteu-se a uma ausência de estratégia, " o que foi muito triste ", pontuou. De modo que , sugere, de tombo em percalços inibitórios acabou por se ter rendido e concordar com as principais exigências da élite negocial da U. Europeia. " Não concordei com nenhuma das medidas " propostas pelo Syriza, realçando a " fixação mórbida " do governo grego em levar por diante o plano de privatizações da coligação de direita a que sucedeu..." A opção agora consiste na capitulação, na rendição, ou bancarrota e lutar por um combate a partir do zéro ", salientou. N.