A revista alemã Der Spiegel diz saber que Schäuble já propôs as parceiros do euro um sistema para isolar as economias em perigo e criar um mecanismo de expulsão da moeda única, caso os países não cumpram as regras da união económica e monetária.
A ser verdadeira esta notícia, as declarações de Schäuble confirmam a estranha identidade de objectivos — a Grécia fora da UE — […] que se desenha […] entre a esquerda anti-europeísta grega e europeia e o bloco mais reaccionário dos tecnocratas, apegado a uma concepção da UE como concerto de Estados-nação liderado pelos Estados mais ricos e hostil à perspectiva de uma integração orçamental, fiscal e política pós-nacional.
10/07/15
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3 comentários:
Hoje a imprensa internacional está a difundir a informação de que o ministro alemão defende uma saída da Grécia do Euro por um período mínimo de 5 anos. Afinal o pacote de austeridade aprovado pelos gregos talvez não seja suficiente. O Eurogrupo começou com um número inusitado de declarações reticentes por parte de países como Portugal que denunciavam ser necessário restabelecer a confiança perdida naos gregos.
Talvez todo este jogo de cedências tenha no fim a virtude de colocar à face a verdadeira intenção dos credores: castigar os gregos pelas escolhas políticas feitas.
Porque não escrever antes: Schauble defende como objectivos o recuo nas privatizações, a manutenção das pensões e da idade de reformas, a reintegração dos trabalhadores despedidos na função pública, uma política orçamental de investimento, uma moratória ao pagamento da dívida tal como a esquerda soberanista. Isto sim, seria objectivos idênticos.
Caro Rui CS,
a identidade de objectivos do título refere-se à questão do euro e dea UE. No post que hoje publiquei, "Alerta máximo", e nos comentários que deixei nouros (do Miguel Madeira e do José Guinote) retomo a mesma ideia.
Saudações democráticas
msp
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