O actual Presidente angolano conseguiu esta semana uma importante vitória na sua luta contra a corrupção: recuperou mais de 3 mil milhões de euros do chamado Fundo Soberano, que tinha caído nas mãos de alguns gestores que gozavam de uma forte cobertura política nas altas esferas do MPLA.
A verba recuperada é da mesma dimensão daquela que o FMI emprestou ao Estado Angolano, só para se ter a noção da sua importância.
João Lourenço prossegue a sua campanha para romper com as prácticas de confisco do Estado e das suas riquezas, em benefício da família do anterior Presidente e dos seus amigos. Trata-se de uma tarefa hercúlea já que a oligarquia que dominava o poder era constituída pelos seus camaradas de partido, muitos dos quais partilharam com ele o período que se iniciou antes da independência e se prolongou - com uma colossal acumulação de fortuna pessoal nas mãos de alguns oligarcas - até aos nossos dias.
Não há muitos processos de mudança com estas características na África de expressão portuguesa. Também é verdade que nenhum país lusófono é tão rico como Angola e em nenhum a corrupção assumiu tão descaradamente a dimensão de uma Política de Estado.
01/04/19
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