08/11/19

O novo partido da burguesia alemã?

Ou talvez seja a demonstração de uma ideia que me ocorreu há uns dias (a respeito de uma discussão no Facebook - motivada por um artigo de opinião no Obervador - sobre se hoje em dia os "betos" eram "o sistema" ou "anti-sistema") - que existe uma divisão política entre duas facções da classe dominante: aqueles cuja riqueza atual é o resultado de rendimentos ocorridos no passado (isto é, são ricos porque acumularam o dinheiro que - eles mesmos ou os seus antepassados - foram ganhado) e aqueles que é o resultado de rendimentos previstos para o futuro (isto é, são ricos porque o valor de mercado das suas empresas já reflete, não apenas o seu stock de capital, mas sobretudo as expetativas de lucros futuros). O primeiro grupo tende a alinhar-se com uma direita liberal na economia e conservadora nos costumes; já entre o segundo grupo (onde se incluem os fundadores de start-ups) se calhar há um núcleo significativo alinhado com um centro-esquerda centrista na economia e progressista nos costumes.

Mas não sei se esta intuição é testável ou sequer explicável.

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