«Actualmente a ciência da bolsa
e das finanças tornou-se um jogo com valores fictícios, um mágico ilusionismo de
números, com que certos meios provocam uma distorção sistemática na passagem da
produção para a comercialização. Os donos da bolsa recorrem hoje à hipnose de
massas, adulterando as notícias, para gerar reacções de pânico. Excitam
deliberadamente todos os impulsos patológicos, e a vida económica, que era uma
actividade saudável de trocas, deu lugar a uma arbitrariedade e uma decomposição
generalizadas. [...] As perturbações económicas sofridas por todos os povos
nórdicos resultam das tentativas de subordinar o seu modo de vida a estas
manipulações [...] contranatura, baseadas em instintos meramente parasitários. Se
acabar por ter êxito, este processo há-de destruir completamente todas as
nossas condições naturais de vida».
27/12/12
A finança contra a economia...
por
João Valente Aguiar
Está a ter uma grande repercussão na Alemanha a obra de um arquitecto e engenheiro estónio, em que a situação económica é analisada numa perspectiva semelhante à da maioria dos sectores patrióticos e anti-imperialistas do sul da Europa. Parece-nos que basta esta passagem para chamar a atenção, mas se os leitores estiverem interessados forneceremos o link para a obra completa.
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6 comentários:
patrióticos y anti-imperialistas?
ora dois pontinhos
foi essa economia de casino não baseada em valores reais que desde nixon sustentou o estado social...
e manteve uma sociedade de serviços competitiva num mundo em industrialização rápida
claro crer em contos de carochinha num sistema em colapso é mais bonitinho
a política e a economia da fé...
O Estado Social é sustentável, desde que haja uma equitativa redistribuição de riqueza e dos eventuais ganhos de produtividade
(A novidade ao tempo de Nixon é que o aumento de rendimento dos trabalhadores estagnou e os ganhos de produtividade passaram quase todos para os patrões/accionistas, até aí desde que se mede, rendimento e produtividade tinham andado a par e passo).
Ola,
A esquerda sempre correu, e continua a correr todos os dias, o risco de ficar paralisada por aqueles que confundem "combater o que esta mal" com "combater o mal"...
Isto sucede, não porque os arautos do apocalipse e das lutas redentoras de carnaval sejam eficazes, ou sequer consequentes, mas porque eles são apoiados pelos seus aliados objectivos, que não são (contrariamente ao que se pensa) os que pretendem "combater o bem", mas antes aqueles que acham que estamos bem como estamos...
E o tramado, é que estes ultimos são verdadeiros realistas, consequentes, e (infelizmente) eficazes.
Boas festas para o Vias de Facto !
É premente uma campanha de desparasitação a nível mundial. Mas essa campanha não se pode limitar a manifestações, cartazes e palavras de ordem. Estamos a falar de assassinos e são assassinos que teremos de exterminar. Sem contemplações! Em nosso nome, em nome dos nossos filhos e dos nossos pais.
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