13/02/13
Os teatros do tempo político. I: o cão que ladra ao chão que treme
por
João Valente Aguiar
«Um dos maiores despoletadores e um dos factores que mais contribuíram para a expansão da crise na zona euro relacionou-se com o facto de que há três anos atrás o BCE não actuava como credor de última instância. Ora, o que estas emissões da dívida pública portuguesa e irlandesa demonstram é que o BCE paulatinamente vai assumindo esse papel de credor de última instância. O que por outras palavras significa que a União Europeia vai assumindo contornos de uma gradual federalização e unificação política, fiscal e monetária. Demorará anos, mas a não ser que aconteça um cataclismo esse será o caminho que os capitalistas europeus estão a tomar. E este caminho está hoje a ser tomado a contragosto mesmo para alguns sectores, nomeadamente ligados ao Bundesbank [banco central alemão] que até há um ano se consideravam contrários ao aprofundamento da federalização. O que só demonstra que os capitalistas actuam muito para além dos processos eleitorais. Não que os desprezem, mas não é aí que a classe dominante decide sobre os desafios e as contradições que a evolução do modo de produção capitalista lhe coloca. Por cada minuto que a esquerda se baba de ética e aponta forças ao diploma de Relvas ou à maior ou menor idoneidade de Franquelim não sei das quantas, o zeloso gestor Vítor Gaspar e os seus colegas tecnocratas de longa data do BCE e da Comissão Europeia continuarão a resolver os impasses e contradições que a construção capitalista europeia lhes tem colocado. Como sempre, à custa dos trabalhadores. Mas isso pouco parece interessar à esquerda ético-revolucionária portuguesa. O circuito facebook-São Bento-telejornais das dez da noite continuará a rolar como até aqui.»
Excerto da primeira parte do artigo "Os teatros do tempo político" publicado no Passa Palavra. A segunda parte será publicada na próxima semana.
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16 comentários:
Base monetária (moeda e notas em circulação, mais depósitos no banco central) versus agregado monetário M2 para os Estados Unidos. O Banco Central apenas controla o primeiro, pelo que um desvio entre os dois indicadores sinaliza (ou pode sinalizar) a incapacidade da autoridade monetária de manter tracção à economia real.
Caro João,
creio que este teu novo texto documenta bem as posições do PCP e esclarece ou reforça outras coisas que já escreveste sobre o assunto. Mas estou curioso de ver a segunda parte. Há dois riscos que corremos neste momento: subestimar a ameaça de implosão da UE, subestimar a emergência de um “europeísmo autoritário” a partir de uma versão austeritária do federalismo. Com isto, não tiro uma vírgula às posições que tenho assumido, solidárias no essencial das tuas e das do Passa Palavra, sobre a questão europeia. Mas talvez fosse bom sublinharmos que não separamos a defesa do federalismo da de uma perspectiva anticapitalista porque democrática, que pode e deve informar desde já os modos e formas de acção e luta políticas.
Assim saúdo muito especialmente o que me parece ser no teu texto - e que a segunda parte tornará, sem dúvida, ainda mais claro, segundo espero) a ideia do combate em duas frentes: contra o federalismo autoritário (afinal de contas, houve também quem fosse fascista por “europeísmo” ou aderisse ao fascismo entendido, num primeiro momento, como Realpolitik europeísta…) e contra o nacionalismo e o soberanismo (é claro que, à esquerda, a ameaça autoritária vem fundamentalmente da segunda corrente).
E, já agora, outro perigo que não devemos subestimar: a fascização pela direita, ainda que facilitada pelo PCP, que seria traído pelo seu próprio jogo e o pagaria muito caro, e acompanhada de uma deserção de umas quantas fracções da área da esquerda nacionalista para a “direita revolucionária” ou populista. Por mim, embora subscreva fundamentalmente todas as análises que tu e o Passa Palavra têm feito sobre os riscos de fascização e o papel criador do PCP na matéria, não tenho a certeza que, a haver fascização, na sequência de uma saída do euro e novos avanços na direcção de uma implosão da UE, o mais provável não seja que esta se faça à direita - ou, o que é a mesma coisa, mas dita em termos nacional-populistas, “para além da esquerda e da direita”…
Abraço
miguel(sp)
We've built a world based on the assumption that we will have endless energy to subsidize endless economic expansion, which was supposed to magically produce justice. That world is over, both in reality and in dreams. Either we begin to build a different world, or there will be no world capable of sustaining a large-scale human presence.
If that's not clear: When we take seriously what physics, chemistry and biology tell us about the health of the living world on which we depend, we all should be thinking apocalyptically. Look at any crucial measure of the ecosphere - groundwater depletion; topsoil loss; chemical contamination; increased toxicity in our own bodies; the number and size of "dead zones" in the oceans, accelerating extinction of species and reduction of biodiversity; and the ultimate game-changer of climate disruption - and ask a simple question: Where we are heading? Scientists these days are talking about tipping points and planetary boundaries, about how human activity is pushing the planet beyond its limits.
If we look honestly at the state of the world, it is difficult not to conclude that we are in end times of sorts - not the end of the physical world, but the end of the First-World way of living and the end of the systems on which that life is based.
http://www.resilience.org/stories/2013-02-11/rationally-speaking-we-are-all-apocalyptic-now
Miguel,
Sobre o PC e o fascismo. A questão é que como felizmente em Portugal não há extrema-direita organizada e numerosa (ao contrário da Grécia ou da França, por exemplo), a única organização política disciplinada, organizada, numerosa e nacionalista que teria alguma capacidade para mobilizar gente para uma saída autoritária é o PCP. O fascismo necessita sempre da conjugação entre eixos militar e político-sindical. Numa saída do euro, o primeiro provavelmente passado algum tempo acabaria por aniquilar o segundo, mas quem teria dado respaldo de rua para o avanço do primeiro teria sido o PC e a CGTP. Não estou a ver o PCP com força para avançar sozinho e ainda com maior dificuldade a hegemonizar a situação. A questão é que a analogia entre o PC e as forças armadas permitem que numa fase de repressão a tumultos o primeiro teria o seu papel. Até porque teria um complementar papel político de atirar o país para fora do euro, ou seja, para o abismo. Em suma, o PC com a sua proposta nacionalista abriria uma caixa de pandora do qual até poderia ser uma vítima. Mas antes e muito mais importante do que ele teriam ido para o fosso o conjunto dos trabalhadores. Não só em Portugal, pois uma saída do euro faria com que os capitalistas não tivessem outra solução do que ceder espaço a avanços fascistas e nacionalistas por toda a Europa.
Um abraço!
As «análises» do colectivo Passa a Palavra estão a se tornar cada vez mais delirantes. Em vez de fazerem com raão a crítica das velhas concepções nacionalistas e estatiantes do PC derivam para análises fantasiosas sobre fascização e as ameaças representadas pelos comunistas portugueses no Poder em resultado da actual crise. Devem estar a confundir os cenários e a época...
Uma questão bem típica da nossa esquerda que passou pelo PCP é que até hoje tem um problema sério não resolvido com o pai, embora o pai já esteja morto. O curioso é que são os mesmos que não conseguem digerir o anarquismo, e a sua crítica ao Estado e ao Poder, e os novos movimento sociais em particular tudo que tenha a ver com a ecologia, que também são apelidados de fascistas...
Libertário,
então a combinação entre nacionalismo e estatismo não abre portas ao fascismo, mesmo que esse não seja concretizado pelo PCP? O Partido Comunista Alemão também queria ultrapassar o partido nazi pela direita (em termos da propaganda nacionalista) e quem é que, entre outros aspectos, ajudou a difundir o nacionalismo proto-fascista nos trabalhadores alemães? Não se trata de identificar o PC como fascista mas de ver como a partilha de um ideário nacionalista permite a circulação de temas, de práticas e de massas de um ponto do espectro político para outro oposto? Ou você acha perfeitamente aleatório que, em Portugal, as únicas organizações que defendem uma via nacionalista de saída do euro sejam precisamente o PNR e o PCP(e outros agrupamentos da esquerda marxista portuguesa)? Ou os únicos que defendem uma aliança entre os capitalistas "produtivos" e os trabalhadores em nome do "interesse nacional" sejam precisamente os marxistas-leninistas de variado tipo e os fascistas? Repito. Não se trata de os considerar da mesma forma ou que ambos são idênticos mas que a partilha de elementos entre a esquerda nacionalista e a extrema-direita (ainda por cima quando os temas centrais de ambas as correntes são os "nacionais") justifica apreensões pois sempre que isso sucedeu no passado foi a própria esquerda nacionalista que alimentou o crescimento de alguns fenómenos fascistas.
Para terminar. Não entendo a sua boca relativamente ao anarquismo quando o que se defende é uma articulação entre a análise marxista da exploração económica e a análise libertária da opressão política...
Caro Libertário,
se me permites que intervenha na discussão, gostaria de dizer o seguinte: parece-me indubitável que uma implosão/desagregação da UE na encruzilhada presente levaria processos de balcanização e recrudescimento dos nacionalismos, que abririam as portas à militarização e a formas populistas de tipo fascista - ou em relação às quais o fascismo é um símile adequado.
Parece-me também evidente que o nacionalismo do PCP, a sua aposta na desagregação da UE, coerentes de resto com as suas aberrantes apostas geoestratégicas, contribui para o adensamento desta ameaça - além de facilitar, no plano ideológico, a recomposição de uma "direita revolucionária" ou de um populismo "para além da esquerda e da direita", de tradição fascista (Cf. a este propósito o recente post do Jorge Valadas sobre o PCP francês de entre as duas guerras).
Dito isto, é decisivo que saibamos opor e promover movimentos que combatam em termos efectivamente libertários (radicalmente democráticos, a começar pelo plano de organização das acções e da luta) o "europeísmo austeritário" hegemónico (mais austeritário do que europeísta, de resto) - em vez de lhe respondermos pela via de um soberanismo populista e reactivo.
Daí que este teu comentário me surpreenda. Mas, enfim, talvez tu possas esclarecer melhor a questão, explicitando um pouco mais as tuas razões.
Abraço
msp
Esperava que o Passa a Palavra desse uma contribuição significativa para entender a actual crise e as mudanças que se estão a dar no capitalismo mundial, isso foi o que de melhor fez o João Bernardo nos últimos anos.
Em vez disso, insisto, estão fixados em cenários políticos inverosímeis, para não dizer delirantes. O «tempo» dos PC passou e não parece que tenham agora uma segunda oportunidade em termos da conquista do Poder, tirando a possibilidade, a médio prazo, de vermos o PC e o BE a apoiar um governo de «esquerda» do PS...
Podemos, e devemos, fazer a crítica do «socialismo de Estado» e do nacionalismo dos velhos PCs, e devemos necessariamente pensar qual seria a alternativa libertária e autogestionária ao capitalismo. Quanto a dedicar o tempo a cenários do tipo dos elaborados no Passa a Palavra mais vale assistir ao jurista Rebelo a falar das curiosidades políticas é mais divertido.
Quanto às tais «bocas», o que disse sobre anarquismo e ecologismo, pode ser lido nos artigos do João Bernardo e talvez tenha razão, sem querer, em as classificar como bocas...
Diz o Libertário,
«possibilidade, a médio prazo, de vermos o PC e o BE a apoiar um governo de «esquerda» do PS».
Aqui é que o Libertário estabelece claramente um ponto em comum com quem criticado o papel do PC e do seu nacionalismo no accionar de um autoritarismo, fascismo, etc. chame-se o que se lhe quiser. Alguém acha racionalmente que um partido que defende abertamente a ruptura com a zona euro estaria num governo quietinho? O BE é eleitoralista mas o PCP vai mto além do eleitoralismo comum pois tem um vector muitíssimo pior e mais perigoso o nacionalismo. O PC num governo de esquerda estaria no gabinete ao lado e nas ruas a fazer campanha para boicotar qualquer renegociação do memorando ou qualquer reorganização minimamente integradora do espaço económico e político europeu.
Pelo contrário, se o PCP estivesse no governo (em coligação pois sozinho é praticamente impossível) ele não desenvolveria uma política reformista comum (que, por si só e apenas num único espaço nacional, teria muito pouco espaço de manobra). Pelo contrário, o PCP seria uma alavanca motriz no accionamento de um processo isolacionista. Este é o seu perigo. Perigo contra o qual forças mais à direita ou os militares poderiam cavalgar no espaço que o nacionalismo cavaria no seu avanço.
Outra questão. A primeira parte deste artigo refere-se até muito mais à maneira como a esquerda institucional se tem comportado relativamente a aspectos mais concretos e actualmente existentes: o papel do BCE, a ida do Estado português aos mercados de dívida, etc. Ora, se nós que somos de uma vinculação política libertária (apesar de diferenças nalguns assuntos) não criticamos os aspectos mais nocivos da esquerda - TANTO no concreto actual como na POTENCIALIDADE autoritária inscrita nalgumas correntes - o que andamos aqui a fazer?
Caros João e Libertário,
Vamos lá ver se conseguimos avançar um pouco mais.
Se bem li o post do João, o cenário mais provável - pelo menos, direi eu, no sentido em que tem a seu favor a força da inércia e da continuidade - é o de uma tentativa de consolidação e integração federal da gestão oligárquica da UE. Compete à esquerda democrática e autogestionária, não combater o federalismo enquanto tal, mas impedir a sua utilização como via de reforço do austeritarismo e do cerceamento das liberdades e direitos dos cidadãos. Federar os movimentos de democratização contra a lógica autoritária e austeritária da reciclagem em curso do poder governante do capitalismo (poder de Estado propriamente dito e poder cada vez mais "constitucional" dos aparelhos de direcção da economia).
Mas isto não quer dizer que o federalismo austeritário e antidemocrático não possa falhar, resultando numa reemergência dos nacionalismos belicistas e populistas decorrente da implosão da UE. E é aqui que a canalização em termos nacionalistas e soberanistas, antiferalistas, que o PCP procura operar constitui uma ameaça maior, ao mesmo tempo que um obstáculo enorme à afirmação de alternativas igualitárias aos actuais regimes oligárquicos e à divisão hierárquica do trabalho político. Mas creio que já deixei claro este ponto no que escrevi ainda há pouco.
Assim, concluo retomando o que afirmei há dias, no primeiro comentário que escrevi na caixa deste post: a necessidade do "combate em duas frentes: contra o federalismo autoritário (afinal de contas, houve também quem fosse fascista por 'europeísmo' ou aderisse ao fascismo entendido, num primeiro momento, como Realpolitik europeísta…) e contra o nacionalismo e o soberanismo (é claro que, à esquerda, a ameaça autoritária vem fundamentalmente da segunda corrente)".
Abraço
msp
Caros amigos,
Devemos viver em mundos diferentes no meu valerá a pena discutir a questão da evolução federalista da Europa e a estratégia libertária e radicalmente democrática do Miguel Serras Pereira, mas não cabe essa «ameaça» fascista que tira o sono ao Passa a Palavra, de que cor for...
Os nossos inimigos são estes capitalistas democráticos, seus gestores, empresas e instituições, que nos querem domesticar num mundo que mistura 1984 com o Admirável Mundo Novo. Será esse mundo um «fascismo»?
Miguel,
subscrevo por inteiro o teu comentário. Não o diria melhor.
Um abraço!
Libertário,
claro que o principal inimigo neste momento são os capitalistas e os gestores. Mas as lutas sociais não foram derrotadas apenas pelos adversários clássicos da classe dominante e suas organizações políticas. Ora, o fascismo e o autoritarismo burocrático surgiram precisamente dos recuos e das burocratizações das lutas sociais. Ou seja, para além da classe dominante, também tivemos sempre os processos de renovação e de cristalização de novas hierarquias a partir das derrotas das lutas dos explorados e oprimidos. Ora, essas novas hierarquias - sejam elas de que corrente forem - vieram de dentro de organizações tidas como do movimento operário. E isso vai do caso extremo e obscenamente repressor dos bolcheviques, aos casos da CNT na Guerra Civil de Espanha ou das lideranças estudantis do Maio de 68 que se reconstituíram em novos gestores.
Como também foi alimentar no outro extremo do espectro político as alas sociais/sindicais dos movimentos fascistas. Um site nazi reproduz uma citação do Hitler onde ele afirma que os seus seguidores (votantes, militantes, etc.) eram fundamentalmente de esquerda. E, de facto, ele demonstra a tragédia da esquerda e da burocratização das organizações de origem no movimento operário: o de serem reservatórios ideológicos ou mesmo de homens (dezenas de milhares de militantes do PC alemão que passaram para as SA; passagem de uns poucos de milhões de votantes do PCF para a Frente Nacional; transformação de uma experiência revolucionária inicial de conselhos operários numa federação capitalista de estado (a URSS) e, com a sua queda, num dos maiores focos mundiais de neo-nazismo, etc.).
Enquanto os explorados e os oprimidos não realizarem simultaneamente a crítica dos capitalistas e a crítica das potencialidades de remodelação de hierarquias provenientes (pelo menos nominalmente) do movimento operário, estaremos a desguarnecer um dos dois vectores fundamentais com que as lutas sociais de base são derrotadas.
" Para lutar contra o capital, a classe operária deve lutar contra si própria em tanto que capital. Luta operária contra o trabalho, luta do operário contra si próprio ",in M. Tronti," Operários e Capital". Bom debate aberto pela atitude corajosa de JV Aguiar; mas, urge fugir aos engodos mistificatórios da fundação racional quer da verdade quer da liberdade, como Castoriadis chama especialmente à atenção.Por outro, lado, existe no mais recente opus de de Negri/Hardt- Commonwealth - um conjunto de teses muito dinâmicas: " As politicas de classes revolucionárias devem destruir as estruturas e as instituições da subordinação operária e deste modo abolir a própria identidade do operário, colocando em marcha a produção de subjectividade bem como um processo de inovação social e institucional". Os p"c"´s entricheiraram-se numa perversão politica escandalosa que coopera intimamente com a estratégia capitalista dominante que torna a dominação e a hierarquia invisiveis.Salut! Niet
II comentário(que se tinha escapulido no éter...) .(...)E ai se pode engajar aquele núcleo muito dinâmico de teses de Negri/Hardt expostas na Commonwealth:" Dever-se-à destacar os importantes avanços estratégicos revelados pelas formas de organização democrática contemporânea em relação às organizações de vanguarda. Historicamente, a vanguarda devia desestabilizar o sistema capitalista para colocar em movimento o processo revolucionário. Nos anos 70, os movimentos comunistas e autonomistas da Europa Ocidental que eram os dois anti-estalinistas e opostos aos partidos comunistas parlamentares nacionais reformularam e estenderam esta proposição: finalizar as tácticas de desestabilização do capitalismo por uma estratégia de destruição profunda e radical da sociedade capitalista, desmantelar as suas configurações de hierarquia e de autoridade. As formas de organização democráticas sugeridas pelo trabalho biopolitico acrescentam um outro elemento à definição da actividade revolucionária: alimentam o fogo da táctica de desestabilização e da estratégia de desestruturação nelas incorporando a construção de um novo tipo de poder que permitirá à multitude gerir o comum ". A deconstrução do carácter contra-revolucionário dos PC´s em movimento acelerado deve incluir aquelas teses da terceira geração da Escola de Frankfurt, com Axel Honneth e Trent Schroyer a dobrarem Marcuse e Adorno. Salut! Niet
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