24/05/13

O campo libertário, hoje

Apareceu, hoje, no Passa Palavra, um artigo interessante (O campo libertário, hoje) que tenta enquadrar as várias declinações, incluindo anarquistas e autonomistas, que se podem encontrar no seio da Esquerda libertária ou anti-autoritária.

"É bem verdade que vários debates vêm acontecendo, mas ainda falta muito para que certos dilemas e certos limites sejam enfrentados, entre os quais a persistente fragmentação do campo libertário, cujas fraturas não raro são realimentadas por intolerância, exclusivismo e sectarismo"

4 comentários:

Anónimo disse...

" Toda a acção exige em permanencia uma luta espiritual das massas tendo em vista chegar`a lucidez; luta realizada sob a forma de um combate teorico e programado opondo partidos e tendencias sem excepção "- A. Pannekoek. O texto do Passa Palavra revela a excepcional vitalidade do movimento social e politico no Brasil. E onde aparece cada vez mais em relevo o pensamento autonomista de Castoriadis, de forma muito reconfortante. De realçar que Castoriadis nunca se serviu dos anatemas referidos pelo Pedro Viana -" intolerancia,exclusivismo e sectarismo " - nas suas divergencias tacticas maiores com Claude Lefort e J-F. Lyotard. E existe um texto-radio dele famoso da epoca do Coloquio Mundial da Alter-Mundialização de Porto Alegre, Brazil, 1991, ainda inedito, sobre " O futuro do socialismo ", que actualiza a sua visão profunda sobre a qualidade da opção autonomista por ele elaborada ao longo de mais de 45 anos, completando o testemunho incontornavel legado por Pannekoek e Mattick, como Philippe Bourinnet o indica no seu pave celeberrimo sobre " A esquerda comunista germano-holandesa: das origens a Maio 68". C. Bourseiller, na sua " Historia Geral da Ultra-Gauche " tambem fornece lances muito profundos sobre a "agilidade " revolucionaria dinamizada nos anos 60 por M. Rubel, Debord, Vienet na releitura de Lukacs e Korsch. Como gostava muito de sublinhar Victor Serge, " o que existe de terrivel quando procuramos a verdade, e´ quando porventura a encontramos...". Salut! Niet

Anónimo disse...

OH.Pedro Viana: Enviei comentario bastante documentado ontem.O que se passa? Salut! Niet

Pedro Viana disse...

Olá Niet,

Dado que já tinha passado bastante tempo desde a publicação do post, e não havia comentários, acabei por me esquecer de verificar se algum tinha chegado entretanto, de modo a aprová-lo. As minhas desculpas.

Um abraço,

Pedro

Libertário disse...

"É bem verdade que vários debates vêm acontecendo, mas ainda falta muito para que certos dilemas e certos limites sejam enfrentados, entre os quais a persistente fragmentação do campo libertário, cujas fraturas não raro são realimentadas por intolerância, exclusivismo e sectarismo"

Um texto interessante, com alguns aspectos polémicos, mas onde um comentário de João Bernardo (mais uma vez...) dá um bom panorama da arrogância sectária, e da tal intolerância e sectarismo, com que os «marxistas» continuam a tratar o tema do anarquismo e dos movimentos libertários. E já passaram 150 anos...