07/04/14

A lei eleitoral húngara

A respeito das eleições húngaras, Luis Nave (via O Insurgente) escreve que "a nova lei eleitoral traduz a vontade do eleitorado e não beneficia o Fidesz, mas sim os dois maiores partidos".

Vamos então ver os resultados:

Partidosvotosdeputados% deputadosdif
FIDESZ-KDNP44,36%13366,83%+22,47
MSZP-EGYÜTT-DK-PM-MLP25,89%3819,10%-6,79
JOBBIK20,46%2311,56%-8,90
LMP5,24%52,51%-2,73
Outros4,04%00,00%-4,04

Parece-me díficil dizer que uma lei eleitoral que dá a um partido uma representação parlamentar superior em mais de 20 pontos percentuais à sua votação (e permitindo-lhe continuar a ter uma maioria de 2/3 suficiente para alterar a constituição) não beneficia esse partido; e ainda me parece mais díficil dizer, como Luis Nave diz, que beneficia os dois maiores partidos, quando o segundo maior partido, com 25,89% dos votos, elege apenas 19,10% dos deputados (embora é verdade que a extrema-direita do Jobbik é ainda mais prejudicada).

1 comentários:

Luis naves disse...

A minha frase devia ser favorece os dois maiores partidos se estes estiverem próximos em votos. O problema desta eleição foi a diferença abissal e a derrota estrondosa da esquerda pelas razoes que apontei no meu post.
A anterior lei eleitoral nao teria mudado a vitoria dos conservadores.