Há já muito tempo que comemoramos o 25 de Abril como um evento longínquo, distante dos nossos quotidianos, do qual apenas retiramos canções e palavras de ordem e não formas de viver e de estar. Há quem fique muito tranquilo quando nos vê passar nostálgicos e saudosos de um passado que não vivemos. Talvez fique menos tranquilo quando perceber que nos interessamos mais por colectivizar enxadas do que por usar flores ao peito. Este ano não queremos só os cravos e as belíssimas canções do Zeca. Queremos também falar da invasão das ruas e dos espaços do poder, das ocupações de campos e de casas, da explosão de uma potência colectiva que reconfigurou de modo inédito o mapa da política e do possível. Queremos viver essa potência enquanto nossa, enquanto algo que podemos ensaiar aqui e agora sem pedir qualquer autorização. Abril foi uma explosão de vontades e vidas onde uma série de pessoas percebeu que não tinha de pedir a ninguém para ser o que queria ser com quem queria ser. Comemorar esse momento significa assumir esse desafio. Dia 24 vamos encontrar-nos com uma série de amigos no jardim do Príncipe Real às 21h e vamos tomar as ruas em festa até ao Largo do Carmo – Onde muitas outras pessoas marcaram um encontro para celebrar Abril fora das horas dos patrões e fora dos corredores do poder.
24 Abril - 21H - Jardim Principe Real - Dress Code: Punk Rock / Mad Max / Não importa - Traz instrumentos, espadas, a tua avó. 24/04/14
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1 comentários:
As Avós precisam de ser avisadas com muita antecedência. Assim não da........
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