11/02/17

Austeridade. A questão das Reformas.

A líder do Bloco diz coisas acertadas sobre a necessidade de rever a questão das reformas. Mas não fala claro, infelizmente. Precisam [o BE] de gastar menos dinheiro em cartazes auto- elogiosos e investirem mais tempo e dinheiro no estudo e na divulgação de propostas integradas e viáveis. Depois de ter sido celebrado o acordo politico que em boa hora permitiu esta solução governativa já passou tempo suficiente para que os diferentes partidos clarificassem as suas posições sobre esta e outras questões. Infelizmente isso não aconteceu.
A situação existente é um mecanismo legal que permite ao Estado sacar aos pensionistas parte significativa da reforma a que teriam direito, tendo presentes os descontos efectuados ao longo da vida. Muitos portugueses foram ao longo dos últimos anos espoliados de parte dos seus rendimentos. Grande parte - a parte mais danosa para os reformados - destas medidas foram introduzidas pelo PS, quando Vieira da Silva já era ministro, em 2006.
O factor de sustentabilidade é um roubo aos pensionistas. O desconto de 6% da reforma por cada ano de antecipação é outro. Impede a renovação dos quadros e coloca uma pessoa que se reforma 5 anos antes do tempo - as razões pelas quais isso acontece é outra discussão -  a receber menos 43,88% da reforma a que teria direito. Um gamanço imoral como todos eles.
Na segurança social encontramos  o estado autoritário e impune que todos detestamos. Precisávamos de um outro estado para o qual a justiça social  e redistribuição da riqueza não fossem apenas figuras retóricas.

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