Um milhão de pessoas em Portugal não encontra trabalho. Muito menos são necessários para começar uma revolução.
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Ora, disse a Morsa ao Carpinteiro
vamos ter muito que falar:
de botas, e lacre, e veleiros,
de reis, e couves da casa,
de saber porque ferve o mar,
ou se há porcos com asas.
vamos ter muito que falar:
de botas, e lacre, e veleiros,
de reis, e couves da casa,
de saber porque ferve o mar,
ou se há porcos com asas.
Lewis Carroll
Alice do outro lado do espelho, cap. IV
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6 comentários:
Incrível a imagem, quando foi tirada? É de 25 abril, na Almirante Reis?
Não posso deixar de dizer que estás a assumir que, com uma revolução, esse milhão deixaria de estar desempregado...
E sabendo que a polícia e os militares estão tão contentes com este governo como os civis, julgo que a revolução encontraria pouca resistência...
A imagem mostra a manifestação que teve lugar em Lisboa no 1o de Maio logo após o 25 de Abril.
Nada assumo. Apenas sei que quanto mais trabalho faltar maior será o descontentamento e a vontade de mudar radicalmente o sistema sócio-económico.
.... mas serão precisos muitos mais para a concretizar e, ainda, outro tanto, para torná-la sustentável. Um abraço
Fernando Lacerda
"Um milhão de pessoas em Portugal não encontra trabalho. Muito menos são necessários para começar uma revolução."
Talvez seja verdade que cheguem para começar...No entanto, como sabemos pelo desastre que foram as chamadas revoluções sociais do século XX, uma revolução não pode ser produto da mera vontade de uma vanguarda iluminada. Por isso mesmo a revolução social tem que resultar das necessidades, vontade e desejo da absoluta maioria de uma sociedade. Caso contrário tudo acabará numa ditadura de uma minoria que tratará de impor pela força à sociedade o seu projecto, que rapidamente se transformará num programa contra-revolucionário de uma nova classe no poder...
Meus caros
Podem esperar sentados, enquanto o zé povinho tiver:
- futebol
- fados
- fátima
- novelas do tipo morango com merda
"Eles" não se vão mexer .............
Um abraço a todos.
Ramiro Lopes Andrade
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