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15/11/11

Para isto, minhas senhoras e meus senhores, é preciso coragem e o resto é conversa

Chama-se Aliaa Elmahdy e é egípcia. A poucas semanas das eleições, publicou uma série de fotografias no seu blogue que a fizeram tornar-se notícia em todo o mundo. Não faltará quem ache que a jovem quer é visibilidade, quiçá ganhar uns dólares. A esses, recordo apenas que há países onde toda a nudez será castigada. A sério.

28/12/10

Hipótese bondosa: os tipos da Ensitel são uns otários apesar de terem como lema "a tecnologia nas suas mãos"

A novela pode ser lida aqui take por take. Pormenores à parte, na conclusão está tudo: depois de um tribunal ter dado razão à Ensitel, a empresa vem exigir em acrescento que a cliente apague do blogue as suas queixas.
Cá para mim na Ensitel deve viver-se ainda na época dos Flintstones e sem mirrors.

12/12/10

Zé Manel Fernandes: toma, embrulha e esforça-te um bocadinho mais


Os convertidos são sempre os piores. Por isso, ao contrário do Zé Manel Fernandes, o congressista republicano Ron Paul faz as perguntas certas.

E fá-las no pressuposto — não negociável — de que in a free society, we are supposed to know the truth. In a society where truth becomes treason, we are in big trouble (e esta também podia ser para o Pacheco Pereira).

DAQUI.

10/12/10

Enquanto não mando imprimir a T-shirt com os dizeres surprise me! [if you know what I mean] deixo-vos com a Morgada de V. que ficam muito bem

ESTE POST, PARECENDO QUE NÃO, É POLÍTICO

“But the Almighty Lord hath struck him,
and hath delivered him into the hands of
a woman.” — The Vulgate, Judith, xvi. 7


Nietzsche dizia que a prova da inferioridade das mulheres se via no facto de terem passado milénios na cozinha sem terem desenvolvido uma teoria geral da nutrição, mas isso foi porque levou tampa da Lou Salomé e da Cosima e por causa de umas sanchas que lhe caíram mal.
Ceci dit, há que reconhecer que nem sempre usámos os ingredientes ao nosso dispor para cozinhar a revolução. Exemplos históricos da união feminina em prol da mudança social? Lísistrata & as Mães de Bragança.
Dir-me-ão que o primeiro caso é de ordem ficcional, e o segundo é mau demais para ser verdade, mas é não ter em conta o poder dos arquétipos na conformação da realidade. Em ambos os casos, as mulheres usam o sexo com a mesma extensão dos poderes do Presidente da República: vetam. Dar o corpo ao manifesto, que é bom, népias.
O que faz o mulherio, nomeadamente de esquerda, perante o cerco à liberdade de expressão que nos preocupa a todas? Googla fotos do Assange e suspira (...). Ora os tempos que atravessamos exigem novas formas de luta, formas criativas de luta. Quando alguém é vítima de uma acusação caluniosa, não falta quem venha dizer “somos todos vítimas-de-manobras-caluniosas”, numa espécie de “je m’accuse” solidário; como não podemos ser o Assange, resta-nos o “queremos todas ser surpreendidas pelo Assange”.
Enfim, para quando um movimento “Surprise me”? Seria uma espécie de let’s call the girls bluff of, porque ninguém ignora que a acusação de violação – mesmo a violação between consenting adults, como parece ter sido o caso – tem o poder de uma mancha de crude a alastrar pelo oceano, indeferindo liminarmente o contraditório e levando ao arquivamento do sentido crítico da opinião pública internacional.
Mulheres de todo o mundo, uni-vos! Não é só a liberdade das sociedades ocidentais ou a reputação do Assange que justifica o apelo às armas, é também a reputação feminina que está em causa: aquela loira gira que acusa o Assange e a outra que não aparece nas fotos mas também não deve ser má são as últimas de uma longa lista de castradoras sexy encabeçadas por Salomé, Judite e Dalila, o mito da mulher que faz perder a cabeça ao desprotegido sexo forte.
Urge demarcarmo-nos destes baixos agissements. Acredito que nem todas achem o Assange simpático, que haja quem prefira homens mais baixos ou mais gordos, ou que agora não lhes apeteça; mas a causa da liberdade exige sacrifícios e abnegação, e as refractárias podem sempre seguir os conselhos das Braganza mothers’ mums: lie back and think of Sweden.
Lido AQUI, e juro que a oferta de uma batedeira não tem nada que ver com o link.

09/12/10

Ainda a prisão preventiva de Julian Assange por causa do sex by surprise [que, aqui para nós, dito assim até parece uma coisa boa]

A justiça inglesa deixa ir em liberdade Abdelbaset al-Megrahi, o bombista de Lockerbie, (para fazer um jeitinho à BP), o Pinochet (porque "era um filho da puta mas era o nosso filho da puta") e o Vale e Azevedo (para ir burlando uns ingleses), mas com loiras e sem camisa de vénus não se brinca no reino de Her Majesty.
Recebido na caixa de comentários deste post [mais coisa menos coisa]

07/12/10

A maior ironia disto é que num filme americano Assange seria o herói


O cinema americano gosta de heróis solitários. É por isso que assistir ao vivo à perseguição do australiano Julian Assange tem um certo sabor a sétima-arte. Com todos os ingredientes. O "fugitivo" tem atrás de si os bancos, os governos, as polícias, as grandes empresas e mais duas duas louras loucas que o acusam de "sex by surprise" (o que prova desde logo que a ginástica sueca foi claramente destronada pelo Pilates). E qualquer semelhança com uma história de Phillip K. Dick não será mera coincidência.

06/12/10

Como multiplicar a WikiLeaks e mandá-los para um sítio que eu cá sei

AQUI.

A propósito da fatwa contra Julian Assange

"Freedom of information and speach are part of the fundamental values of the democratic and free world. Trying to limit them is fighting against the free world.
Blocking the Wikileaks account is participating in such a limitation and, therefore, I quit being a PayPal customer." *
[É só fazer copy-paste e mandar para a Paypal]
Recebido na caixa de comentários, aqui.

05/12/10

Estar com ou contra Julian Assange [porque há coisas que são mesmo assim: ou preto ou branco]


Uns querem vê-lo morto. Outros querem vê-lo preso. Há quem lhe chame anarquista e há quem lhe chame embusteiro. Para mim, Julian Assange é um herói.
Eu sei que a palavra não faz as delícias de uma certa esquerda (a luta de classes como motor da história e tal…), e que a direita, tradicionalmente, embora aprecie o termo neste caso não o adopta.
Dito isto: as últimas revelações da WikiLeaks não são sobre o botox do Muammar al-Gaddafi, como alguns pensam ou pensaram. A prova está na escala da perseguição a que se viu sujeito Assange desde que os telegramas diplomáticos começaram a vir a público.
A coisa foi em crescendo. Com os pretos do Quénia, claro, ninguém se importou muito. A guerra no Afeganistão e no Iraque fez mossa, mas quem no seu juízo perfeito ainda acredita na treta do War on Terror?
Quando se chegou à diplomacia, o que aconteceu foi que os EUA foram expostos ao ridículo (e também, precisamente, por causa do botox do outro). A ameaça pende agora sobre um Banco e sobre a Indústria Farmacêutica e com esses não se brinca. Mesmo.
Aos que duvidam da idoneidade da WikiLeaks ou defendem o secretismo estatal (muito ou só um bocadinho…) apenas queria dizer isto: tivesse existido a WikiLeaks há mais tempo e coisas como as sanguinárias ditaduras latino-americanas (diplomaticamente preparadas pelos EUA) não teriam existido. Resta-nos o consolo de que, no futuro, talvez os militares dos Apache comecem a ter mais cuidado quando brincam ao tiro ao alvo.
*O vídeo acima não é para Pessoas Sensíveis.

04/12/10

Sinais dos tempos: Estados Unidos e China, o mesmo combate

A Casa Branca acaba de proibir o acesso dos seus funcionários ao site da WikiLeaks. Os chineses, mais eficientes, bloqueram o site, tout court (não sei dizer tout court em chinês).
O mundo aproxima-se perigosamente de uma ficção do Orwell.

19/11/10

"Tarjas e T-shirts" apreendidas na fronteira: e o cão do Obama, pôde entrar?

Não sei se vieram da Finlândia mas eram finlandeses. O seu objectivo era manifestar-se em Lisboa durante a cimeira da NATO. Traziam "tarjas e T-shirts".
As "tarjas e T-shirts" ficaram apreendidas. Os finlandeses ficaram em Espanha.
A não ser que alguém me explique desde quando o direito de manifestação foi suspenso na Europa, e a não ser que alguém me explique como é que se produzem explosivos ou armas de arremesso a partir de tarjas e T-shirts, fico na minha: vão para o caralho, que agora até já se pode dizer!

15/11/10