20/08/12
Cristo Rei
por
Miguel Serras Pereira
O Cristo Rei — a concepção da realeza de Cristo e de Cristo como rei, da divindade como poder soberano do alto comando e do comando do alto — não glorifica Deus, senão na medida em que consagra primeiro a ordem "monárquica", a legitimidade de chefes e legítimos superiores. Do mesmo modo, o propósito da condenação à evolução na continuidade do gulag de uma banda de garinas russas, é a criminalização do desrespeito que a blasfémia acarreta pela legitimidade das relações de poder vigentes e pelos seus representantes e aparelhos institucionais. A criminalização da blasfémia é a sacralização ou divinização da hierarquia e da sua necessidade. É por isso, sem dúvida, que também as oligarquias ocidentais tentam reinstaurar o dever infame do respeito pelas "ideias dos outros" e pelo bom nome dos deuses contra a impiedade do livre-exame e da liberdade da sua expressão.
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